O CRISTÃO E OS PROBLEMAS FINANCEIROS
Pr. JACIR AILTONDA SILVEIRA –CFP - C-1280
Você está enfrentando problemas financeiros?
Faturas que você não consegue pagar?
Cheques que você não pode cobrir?
Necessidades que você não tem dinheiro para suprir?
Vergonha?
Frustração?
Excesso de trabalho?
Tensão?
Problemas financeiros são excessivamente preocupantes e conduzem a
muitos pecados: descontentamento, ingratidão, ira, desonestidade, impaciência,
ansiedade e negligência das responsabilidades espirituais.
A Bíblia ensina-nos como enfrentar muitas situações diferentes na vida,
incluindo as dificuldades financeiras. A chave para enfrentar problemas
financeiros está na atitude da pessoa.
Para responder bem precisamos permitir que a palavra de Deus opere em
nosso coração e mude nosso modo de ver as coisas.
ATITUDES
Gratidão: Paulo
insiste em que sejamos gratos. Precisamos estar "... transbordando
de gratidão" (Colossenses 2:7). "Dêem graças em
todas as circunstâncias..." (1 Tessalonicenses 5:18). Não
devemos nos queixar nem sentir pena de nós mesmos, mas antes devemos considerar
cuidadosamente todas as razões que temos para sermos agradecidos e louvar a
Deus por suas bênçãos a nós.
Os israelitas no deserto estavam se queixando constantemente, mas tinham
se esquecido da grande libertação que Deus lhes tinha dado havia apenas pouco
tempo. Temos que atentar para o que o Senhor nos tem dado e não para as coisas
que não temos.
Contentamento: "Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o
que vocês têm, porque Deus mesmo disse: ‘Nunca o deixarei, nunca o
abandonarei’" (Hebreus
13:5).
A
presença de Deus com seu povo deveria dar tanta alegria e segurança que
poderíamos facilmente nos contentar com qualquer padrão de vida. Paulo estava
contente na fome ou na abundância (Filipenses 4:10:13).
Por
outro lado, as Escrituras estão repletas de advertências contra a ganância e a
avareza (veja Lucas 12:15, por exemplo).
Por
qualquer razão, nunca parecemos reconhecer o desejo desordenado por coisas em
nossas próprias vidas. Pensamos que todas as coisas que queremos são
necessidades e que a dívida que acumulamos ao buscar adquiri-las é
perfeitamente aceitável.
Poderia
ser que poucos de nós admitem a ganância em nossas vidas porque nos cegamos e
deixamos de perceber o verdadeiro estado de nosso coração? Paulo exortou: "Por
isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso
satisfeitos" (1 Timóteo 6:8). Estamos satisfeitos somente com
isto?
Sobriedade: Muitos
textos nos exortam a sermos sóbrios (1 Tessalonicenses 5:6, 8; 1 Pedro 1:13;
4:7; 5:8).
A
pessoa sóbria encara os fatos e não deixa seus desejos colorirem sua percepção
da realidade. Muitas pessoas tratam das finanças num mundo de sonho, sempre
imaginando que tudo dará certo magicamente. Mas fugir de um problema ou negá-lo
não ajuda e não está de acordo com o caráter de Cristo.
Temos
que reconhecer nossa situação atual, não importa quão triste seja, e ser "homens
de coragem" (1 Coríntios 16:13). Ignorar os problemas não os
extingue. Lutas financeiras não desvanecem sem mais nada, mas precisam ser
resolvidas por disciplina séria e perseverante.
Honestidade: A
honestidade é parte do caráter cristão (2 Coríntios 8:21; Tito 2:5). Pessoas
honestas aceitam suas limitações financeiras e não tentam ser uma coisa que não
são, vivendo num estilo de vida que suas condições não permitem. Pessoas
honestas admitem que há muitas coisas que outras em torno delas têm ou podem
fazer que elas não podem porque não têm dinheiro suficiente para isso. E
pessoas honestas não fazem dívidas que não têm capacidade para pagar (veja
Romanos 13:8).
Diligência: Algumas
vezes, porém nem sempre, os problemas financeiros resultam da preguiça. "Tirando
uma soneca, cochilando um pouco, cruzando um pouco os braços para descansar, a
sua pobreza o surpreenderá como um assaltante, e a sua necessidade lhe
sobrevirá como um homem armado" (Provérbios 6:10-11). "Por
causa da preguiça, o telhado se enverga; por causa das mãos indolentes, a casa
tem goteiras" (Eclesiastes 10:18).
Problemas
financeiros devem ser esperados quando nos mimamos com descanso e sossego, e
não trabalhamos esforçadamente. Um homem deve sustentar sua família (1 Timóteo
5:8) mesmo que isso possa envolver trabalho difícil ou empregos desagradáveis,
ou mesmo se o trabalho disponível é relativamente mal pago.
Espiritualidade: Precisamos
manter nosso foco principal em Cristo, não em coisas materiais. "Ninguém
pode servir a dois senhores: pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a
um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro...
Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas
coisas lhes serão acrescentadas" (Mateus 6:24, 33).
Nossas
posses, nossa posição e nosso sucesso nesta vida são matérias insignificantes
para o verdadeiro cristão. Ele se vê como meramente passando através desta vida
como um peregrino e portanto relativamente desinteressado nas suas condições.
Ele
nunca faz da prosperidade material uma meta séria (veja Lucas 9:57-58). O homem
espiritual percebe que seu dinheiro e sua posição financeira não são as coisas
importantes da vida.
Altruísmo: O servo do
Senhor está sempre buscando dar, em vez de gastar consigo mesmo. Ele vê o
dinheiro que ganha trabalhando como uma bênção que ele pode aplicar servindo a
outros: "O que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo
de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em
necessidade" (Efésios 4:28).
Discípulos
verdadeiros vêem a prosperidade material não tanto como algo para si mesmos,
mas como algo útil para servir outros (2 Coríntios 9:8-11). Enquanto o cristão
for egoísta, ele sempre sentirá frustrações ao lidar com assuntos financeiros.
Humildade: A humildade
para admitir enganos e buscar corrigi-los é básica. Muitos de nós temos tido atitudes
impróprias e não temos administrado bem nosso dinheiro. Nunca mudaremos até que
admitamos que temos estado errados.
Precisamos
também ter a humildade de examinarmo-nos à luz da palavra de Deus e fazer as
coisas que aprendermos (Tiago 1:21-24).
Esta
seria uma boa hora para parar de ler este artigo e rever as oito atitudes que
precisamos ter e tentar honestamente avaliar-nos e resolver mudar nossa atitude
nas áreas necessárias. Como Deus nos vê em cada uma destas atitudes?
MUDANÇAS
ESPECÍFICAS
As
coisas específicas que precisamos fazer ao lidar com problemas financeiros
dependem de nossa mudança e adoção das atitudes mencionadas acima. Sem
perspectivas corretas, os passos seguintes terão pouca validade.
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Avalie honestamente sua situação. Encare os fatos. Talvez ajudasse pegar uma folha de
papel e lançar todas as suas dívidas e anotar os valores de todas. Então,
lançar sua renda e suas despesas mensais. Qual é, exatamente, sua situação
financeira.
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Comece a pagar suas dívidas. "Não devem nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos
outros..." (Romanos 13:8). Calcule quanto dinheiro por mês é
necessário para pagar todos os juros e, também, comece a pagar o principal (o
valor original do empréstimo, antes do acréscimo de juros). Se suas prestações
e obrigações mensais forem mais do que tem disponível no orçamento da família,
ha três coisas que poderia fazer de modo a ter dinheiro para pagar as dívidas:
·
Gastar menos.
Quando for necessário, as despesas podem ser reduzidas às mínimas necessidades
de comida e lugar para viver (veja 1 Timóteo 6:6-10).
·
(b) Ganhar mais. Às vezes há oportunidades para trabalhar mais horas, ter um segundo
emprego, ou encorajar os filhos adolescentes ou adultos que estejam vivendo no
lar a trabalharem.
·
(c) Vender coisas. Os cristãos primitivos vendiam casas e terras para aliviar as
necessidades de seus irmãos (Atos 4:32-37); certamente não é irracional
esperar que um discípulo de Cristo venda coisas para poder pagar o que
deve.0142
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Viva dentro dos limites de seu orçamento. A Bíblia adverte sobre a loucura de fazer dívidas:
"O rico domina sobre o pobre; quem toma emprestado é escravo de quem
empresta" (Provérbios 22:7). A escravidão aos credores é muito
penosa; é melhor esperar pacientemente e comprar somente aquelas coisas que se
pode pagar.
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Comece a aplicar sua renda no sentido de metas espirituais. Temos que chegar a ver tudo o que temos como
pertencendo ao Senhor e começar a usar nossos recursos para servi-lo. O Novo
Testamento exorta-nos a dar generosa e abundantemente (2 Coríntios 8-9).
Conquanto seja verdade que não estamos mais obrigados ao dízimo, não devemos
usar isso como uma desculpa para sovinice. Não devemos permitir que nossa
oferta seja diminuída pela avareza (2 Coríntios 9:5).
CONCLUSÃO
m
todas as áreas da vida, a palavra do Senhor nos fornece a orientação perfeita.
Da mesma maneira, no campo financeiro devemos dar ouvidos à sabedoria de Deus
revelada na Bíblia. Quando obedecemos os mandamentos do Senhor, recebemos tanto
"a promessa da vida presente" como a da vida "futura"
(1 Timóteo 4:8). Que sigamos estas instruções!
Amém!!!
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
Nossos contatos:
e-mail: jacirailtondasilveira@gmail.com
Telefones: 0xx44 99900-9947
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