A
QUEM DAREI O MEU CORAÇÃO?
Pr.
JACIR AILTON DA SILVEIRA –CFP - C-1280
Provérbios
23:26-28 – “Filho meu, dá-me o teu
coração; e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos. Porque cova profunda é a prostituta; e poço estreito é a aventureira.
Também ela, como o salteador, se põe a espreitar; e multiplica entre os homens
os prevaricadores”.
Cova profunda é a boca da mulher
estranha; aquele contra quem o SENHOR se irar cairá nela. A mulher estranha é
descrita como sedutora e adúltera. Dos pecados mais difíceis de resistir são: o
orgulho e a imoralidade sexual. Ambos são atraentes.
O orgulho diz: “EU MEREÇO ISTO”.
O desejo sexual diz: “EU PRECISO DISTO”.
A combinação desses dois apelos é
mortal. Salomão disse que só podemos superá-los com o PODER DE DEUS.
O orgulho se poderá de uma mente
vazia; a intenção sexual, do coração vazio. Olhando para DEUS podemos preencher
nossa mente com sua sabedoria e nosso coração com o SEU AMOR.
Não se engane, lembre-se daquilo
que DEUS disse quem você é e quem deveria ser. Peça-lhe forças para resistir às
tentações.
A QUEM
DAREI O MEU CORAÇÃO?
QUEM É
DIGNO DE RECEBER NOSSO CORAÇÃO?
QUEM IRÁ
CUIDAR DELE?
A QUEM
PODEREMOS ENTREGÁ-LO, TENDO UMA PROFUNDA TRANQÜILIDADE E PAZ, AO SABERMOS QUE
JAMAIS VIRIA A MACHUCÁ-LO?
Vejamos alguns personagens
bíblicos, encontrados em alguns relatos no Novo Testamento que entregaram seus
corações.
1. A samaritana deu seu coração a relacionamentos passageiros.
1. Jesus oferece um relacionamento eterno:
João
4:13-15 “Replicou-lhe Jesus: Todo o que
beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe
der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma
fonte de água que jorre para a vida eterna. Disse-lhe a mulher:
Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la”.
Muitas funções espirituais se
assemelham às funções físicas. Nosso corpo sente fome e sede; o mesmo ocorre à
nossa alma. A diferença é que a nossa alma precisa de comida e bebida
espiritual.
A mulher não entendeu imediatamente
o que JESUS disse. É necessário algum tempo para que aceitemos algo que muda os
fundamentos de nossa vida.
JESUS permitiu que a mulher
tivesse tempo para fazer perguntas e entender as respostas por si mesma.
Compartilhar as BOAS NOVAS nem
sempre trará resultados imediatos. Ao aconselhar as pessoas a permitirem que
JESUS mude a vida delas, dê-lhes tempo para que examinem a questão.
A mulher confundiu os dois tipos
de água, talvez porque ninguém lhe tivesse falado sobre a fome e a sede
espirituais. Não pensamos em privar nosso corpo de comida e água quando este
sente fome ou sede.
Por que então privaríamos a nossa
alma?
A Palavra Viva, JESUS CRISTO, e a
PALAVRA escrita, a Bíblia Sagrada, podem satisfazer a nossa alma faminta e
sedenta.
2. Jesus levou a considerar seu estado irregular:
CINCO
MARIDOS
“Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido e vem cá. Respondeu a mulher: Não
tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; porque cinco maridos
tiveste, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade.” (João 4:16-18).
Quando aquela mulher descobriu
que JESUS sabia tudo a respeito da vida particular dela, rapidamente mudou de
assunto.
Muitas vezes, as pessoas se
incomodam quando a conversa se aproxima dos assuntos mais pessoais, e tentam
falar sobre qualquer outra coisa.
À medida que testificamos,
devemos gentilmente levar a conversa de volta a CRISTO. A presença de CRISTO
expõe o pecado e faz as pessoas de aborrecerem, mas somente o SENHOR JESUS pode
perdoar os pecados e dar uma vida nova.
3. Jesus a levou a um relacionamento com Deus:
“Mas a
hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é
Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em
verdade.” (João 4:23,24).
O lugar da adoração não é tão
importante quanto a atitude dos adoradores. DEUS é Espírito, isso mostra que
ELE não é um ser físico, limitado a tempo e espaço. ELE está presente em todos
os lugares e pode ser adorado em qualquer local e a qualquer tempo.
O mais importante não é onde
adoramos, mas como adoramos o SENHOR.
A SUA
ADORAÇÃO É GENUÍNA E VERDADEIRA?
VOCÊ TEM
A AJUDA DO ESPÍRITO SANTO?
COMO O
ESPÍRITO NOS AJUDA A ADORAR?
1 – Ele
ora por nós
Romanos 8: 26 e 27 – “Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não
sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por
nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é
a intenção do Espírito: que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos
santos”
Como cristão você não depende de seus recursos para lidar com
os problemas. Mesmo quando não souber as palavras certas para orar, o ESPÍRITO
SANTO ora com e por você, e DEUS responde.
Com o ESPÍRITO SANTO ajudando a orar, você não precisa ter
receito de aproximar-se de DEUS. Peça ao ESPÍRITO SANTO para interceder por
você segundo a vontade de DEUS. Então, quando levar seus pedido ao PAI, confie
que ELE sempre faz o melhor.
2 – Ensina-nos as
palavras de CRISTO
João 14:26 – “Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o
Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar
de tudo quanto eu vos tenho dito”.
JESUS prometeu aos discípulos que o ESPÍRITO SANTO
os ajudaria a lembrar do que ELE lhes havia ensinado, sem tirar-lhes as
perspectivas individuais. Podemos estar certos de que os EVANGELHOS registram
com precisão o que JESUS ensinou e fez.
Da mesma forma, o ESPÍRITO SANTO pode nos ajudar. À
medida que estudamos a BÍBLIA, podemos confiar que ELE plantará a verdade em
nossa mente. Nos convencerá da vontade de DEUS e nos alertará nas ocasiões em
que nos desviarmos do caminho correto.
3 – Garante-nos que
somos amados
Romanos 5:5 – “... porquanto o amor de Deus está
derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.
Os três membros da DIVINDADE TRINA E ETERNA estão envolvidos
na salvação. O PAI amou tanto que enviou seu FILHO para preencher a lacuna
existente entre nós e ELE.
O PAI o FILHO e o ESPÍRITO SANTO para encher nossa
vida de amor e capacitar-nos para viver pelo seu poder.
Com todo esse amoroso cuidado, nada mais nos resta
a não ser servir a DEUS completamente!
Temos relacionamentos
passageiros.
E O
RELACIONAMENTO ETERNO?
Damos nosso coração a quem passa velozmente
pela vida.
E AO QUE
VIVE PARA SEMPRE?
2. O jovem rico entregou seu coração às riquezas. (Mateus 19)
1. Desejava a vida eterna, mas também os bens terrenos:
“E eis
que se aproximou dele um jovem, e lhe disse: Mestre, que bem farei para
conseguir a vida eterna?” (Mateus 19:16).
A esse homem que procurava a
garantia de uma vida eterna, JESUS mostrou que a salvação não vem por meio de
boas obras, se estas não forem acompanhadas pela fé e pelo amor a DEUS.
O homem precisava de um novo
ponto de partida. O jovem, precisava submeter-se humildemente à sabedoria de
CRISTO, em vez de receber um outro mandamento a ser obedecido ou outra obra a
ser praticada.
2. Sua religiosidade era limitada:
“Tudo
isso tenho guardado; que me falta ainda?” (Mateus 19:20).
Quando o jovem respondeu que
havia obedecido a todos os mandamentos, JESUS observou que ainda restava algo a
fazer: vender tudo o que tinha e distribuir o dinheiro aos pobres.
Essa afirmação de JESUS foi
suficiente para expor a fraqueza desse homem. Na verdade, a riqueza era seu
deus, seu ídolo, ele não desistiria dela. Dessa forma, o homem transgrediu o
primeiro e maior dos mandamentos.
“Não terás outros deuses diante de mim”. (Êxodo 20:3).
“Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás
ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu
entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a
este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos
dependem toda a lei e os profetas”. (Mateus 22:36-40).
Considerava que tão somente a
guarda (e não principalmente a observância e prática) dos mandamentos e leis
bastava.
Observe bem que ele não citou “Não cobiçarás”.
Porque
teria sido?
3. Seu coração era das riquezas.
Ao ouvir de Jesus que deveria
vender tudo o que tinha e solidarizar-se com os pobres, entristeceu-se. Não
tinha um coração aberto e receptivo, necessário a abrigar e crer em Jesus. O
relato bíblico informa:
“Mas o
jovem, ouvindo essa palavra, retirou-se triste; porque possuía muitos bens.” (Mateus
19:22)
Não podemos amar a DEUS com o
nosso coração e ao mesmo tempo guardar nossa riqueza apenas para nós. Amá-Lo
totalmente significa usar nossos bens de uma forma que lhe seja agradável.
Parece-nos
que eram as riquezas que o possuía.
Entregar seus bens (e isto seria
uma boa obra) não o salvaria, mas seria o exercício de um coração propício e
dependente tão somente de Jesus, e não de seus bens.
Infelizmente este jovem, após o
encontro com a morte, não pode usufruir de seus bens.
E tudo o
que tinha para quem ficou?
Reteve um tesouro na terra, que
se dissipou com o tempo (lembre-se que tudo o que tinha está debaixo de
escombros e ruínas, no passado) e não ajuntou um tesouro no céu, onde a traça
não corroem e o ladrão não rouba.
EM QUE
TEMOS POSTO NOSSO CORAÇÃO?
QUAL
ALCANCE DE NOSSA RELIGIOSIDADE?
DE ONDE,
OU DO QUE VEM NOSSA ALEGRIA?
3. A mulher pecadora derramou seu coração aos pés de Jesus (Lucas 7:37)
Derramou
seu passado:
- um vaso
artesanal de argila de alabastro com ungüento de bálsamo (balsâmico) (v. 37);
Derramou
seu arrependimento:
- as
lágrimas que lavam (v. 38);
Derramou
seu orgulho e vaidade:
- os
cabelos que enxugam (v. 38);
Embora a mulher não fosse
convidada, entrou na casa e ajoelhou-se aos pés de JESUS. Naquela época, era
habitual reclinar-se durante as refeições.
Os convidados para jantar
reclinavam-se em sofás, de modo que, bem próxima à mesa, ficava a cabeça,
apoiada em um dos cotovelos, e o corpo ficava esticado para trás. Assim aquela
mulher poderia facilmente ungir os pés de JESUS sem aproximar-se da mesa.
“Mas de
lá buscarás ao Senhor teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu
coração e de toda a tua alma.” (Deuteronômio 4:29).
DEUS se deixa encontrar e
conhecer, mas precisamos desejar isso. “Ora, sem fé é impossível agradar a
DEUS, porque é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ELE
existe e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).
“O
sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado; ao coração quebrantado e
contrito não desprezarás, ó Deus.” (Salmos 51:17).
DEUS quer um coração quebrantado
e contrito. Ninguém nunca poderá agradar ao SENHOR com suas ações exteriores,
não importa quão boa sejam, se a atitude de seu coração não for correta.
VOCÊ ESTÁ
ARREPENDIDO DE SEUS PECADOS?
VERDADEIRAMENTE
PRETENDE PARAR DE PECAR?
ESTE TIPO
DE ARREPENDIMENTO AGRADA A DEUS!!!
Não só a pessoa recebe nova
valorização, mas também a vida cotidiana ganha nova dignidade:
”Mateus 6:11…….
O pão está entre os direitos da
vida, pois ele é pedido ao Pai, na oração que Cristo ensinou, A dignidade da
vida inclui, para Jesus, a simples amizade-fraternidade que cresce em torno do
pão.
”Mateus 8:11; 26:29……..
A plenitude do Reino é, repetidas
vezes, comparada a uma ceia. Estes traços históricos indicam que a prática de
Jesus valorizava a comunhão fraterna que se desenvolve em volta da mesa.
Pela amizade, pela fraternidade
da mesa e pelo partir diário do pão, no contexto maior do Reino, o convívio humano
passa a ser um bem em si, sem outro objetivo além do prazer da fraternidade.
Comer à mesa e cultivar a amizade cotidiana é expressão de pura compaixão
humana.
Tais episódios nos ajudam a
enxergar na prática de Jesus sua compreensão da importância da vida cotidiana
abundante, plena, como indicação da inauguração do Reino de Deus.
A consideração da pessoa humana
como valor absoluto e o convite à antecipação do banquete do Reino no partir
diário do pão, na fraternidade e na comunhão da verdadeira amizade entre irmãos
e companheiros, de alguma forma eleva a dignidade do cotidiano humano.
A pedagogia de Jesus acontece
dentro de uma perspectiva clara direcionada à implantação plena do Reino. E
esta perspectiva se opõe radicalmente à lógica da dominação. Daí seu grande
comprometimento com os desfavorecidos na sociedade. Se queremos praticar a
pedagogia de Cristo não podemos perder de vista esta perspectiva.
4 – A simplicidade
Se quisermos adotar a pedagogia
do Mestre em nossas igrejas e nas instituições paralelas devemos estudar as
lições de Cristo, Seu caráter e Suas práticas. Precisamos nos libertar do
formalismo e da tradição e apreciar a originalidade, a autoridade, a
espiritualidade, a bondade, a humildade, a benevolência e o poder do Seu
ensino.
Jesus é simples, humilde, não há
em Sua instrução nada vago ou difícil de ser entendido. Ele falava e agia com
clareza e ênfase, com força solene e convincente:
Jesus não
tinha um púlpito, ou uma escola.
Ele
ensinava, pregava e curava:
1 - junto
ao mar (Mateus 4:18);
2 - nas
sinagogas (Mateus 4:23);
3 - no
monte (Mateus 5:1);
4 - nas
casas (Mateus 8:14);
5 - cidades
e povoados (Mateus 9:35);
6 - no
campo (Mateus 14:13 e19);
7 - no
caminho (Mateus 20:17 e 29-30);
8 - no
templo (Mateus 21:12,14), etc.
”Seu ensino é ancorado em situações comuns do dia-a-dia das pessoas:
”Seu ensino é ancorado em situações comuns do dia-a-dia das pessoas:
O sal,
A luz,
O
relacionamento senhor X servo,
As aves
do céu,
Os lírios
do campo,
O comer,
O vestir,
A porta
estreita e a porta espaçosa,
A seara,
O
trabalho,
A
semeadura,
O pastoreio,
A árvore
e seus frutos, etc…
”Ele não
escolheu sábios, nobres ou ricos para seus discípulos,
Mas convidou rudes pescadores,
consertadores de redes, um coletor de impostos, etc. (Mateus 4:18-22; 9:9);
Sentou-se à mesa com publicanos e
pecadores (Mateus 9:10).
”Jesus
estabelece um contato muito próximo e íntimo com as pessoas,
Estava sempre no meio do povo,
multidões o acompanhavam, Ele tocava as pessoas, fez questão de impor as mãos
sobre as crianças, etc. (Mateus 5:1; 19:13-15 ).
”As ações
e propostas de Jesus são de uma simplicidade cristalina.
Veja a solução que Jesus deu ao
problema surgido nas bodas em Caná da Galiléia (João 2:5-7).
E também a multiplicação dos pães
(Mateus 14:17-18),
A parábola da dracma perdida (Lucas
15:8) etc.
CONCLUSÃO
Precisamos considerar seriamente
a Pedagogia de Jesus, porque nós como Igreja temos uma vocação divina: “Lutar pelo estabelecimento do Reino de Deus
e anunciar a mensagem de salvação para o homem, que é o próprio Cristo”.
Esta é a razão primária da existência
da Igreja e por isto mesmo toda a sua atividade de pregação e ensino, tem que
perseguir este objetivo com obstinação.
Num processo de pregação e ensino
em que se privilegia a prática, os resultados concretos desta prática, a pessoa
como centro e a simplicidade, a tarefa educacional da Igreja se amplia e
estimula os homens a crescerem juntos, na busca do conhecimento, da reflexão e
da ação que leva a transformações, que é: “A
ENTRTEGA TOTAL DO SEU CORAÇÃO AO SENHOR JESUS”.
Afinal, foi Ele mesmo que disse:
“Aprendei
de mim.” (Mateus 11:29)
e
“Sêde vós perfeitos,
como perfeito é o vosso Pai celeste.” (Mateus 5:48)
Amém!!!
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
Nossos contatos:
e-mail: jacirailtondasilveira@gmail.com
Telefones: 0xx44 99900-9947
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