Tempos de Apostasia
Pr. JACIR AILTON
DA SILVEIRA – MEMBRO DO CFP SOB O Nº C-1280, DESDE 07/2010
Texto base: II
Timóteo 3:1-5
“Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois
os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores,
desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis,
caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos,
enfatuados, antes amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de
piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes”.
Introdução
Apostasia é
muito mais do que a deserção de uma corporação da qual se pertencia. É o
abandono da fé cristã depois de haver crido. É a profanação das coisas
sagradas. É a irreverência contra a pessoa do trino Deus, que é digno de todo o
respeito, todo o louvor, toda a adoração, toda honra e toda glória.
Em constantes
viagens por várias cidades em diversos estados brasileiros, nesses últimos 20
anos; tenho visto como tem crescido as denominações evangélicas. Cada dia surge
ali ou acolá uma nova placa de igreja, uma nova denominação, uma nova
instituição religiosa, com os nomes mais exóticos. São igrejas independentes, e
a maioria delas age com frieza e indiferença entre as demais. Além do mais, os
frutos dessas igrejas são apenas numéricos e materiais. Geralmente, a maioria
dos membros dessas novas igrejas é de dissidentes de outros grupos, e de outras
denominações. Nada mais, nada menos, são de apóstatas de corporações
religiosas.
Ministério
Pastoral Moderno
“E ele mesmo
concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e
outros para pastores e mestres”- Efésios 4:11.
O que tem de
apóstolos, bispos e pastores “auto
ungidos” e “autoconsagrados” na
maioria das denominações evangélicas, é de causar admiração! Sem dúvida, dentro
de pouco tempo surgirão os arcebispos, os cardeais, os papas, e quem sabe até
os vices-deus; nesta incansável corrida por posições eclesiásticas mais
elevadas. É uma loucura!!!
Esses
obreiros “auto ungidos” não têm o
direito de se intitularem ministros de Cristo, e muito menos ainda de bispos e
apóstolos, ou enviados especiais de Deus; porquanto, muitos deles exercem
influências deletérias nas igrejas, corrompendo os fiéis, desviando-os da
singeleza do Evangelho, atraindo-os para o cerimonialismo e legalismo
intolerante. Muitos desses pastores “auto
ungidos” são impostores, porque não possuem nenhuma qualificação para serem
ministros. São semelhantes aos que existiam no tempo de Paulo: “Porque os tais
são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de
Cristo”- II Coríntios 11:13.
Conta-se a
história de um bode empregado por uma companhia alimentícia de Nova Iorque,
conhecido pelo nome de “Bode Judas”.
Seu trabalho era o de escoltar as ovelhas que os barcos deixavam à beira do rio
até ao matadouro. Esse bode trabalhava durante o dia enquanto houvesse ovelhas
para serem conduzidas ao lugar da matança. Fazia nada menos do que dez viagens
por dia. Calcula-se que durante a sua carreira conduziu quatro milhões e meio
de ovelhas à morte. Era um bode branco, imponente, de boa aparência, que
realizava com habilidade a sua macabra tarefa. QUALQUER COINCIDÊNCIA É MERA SEMELHANÇA.
Os falsos
bispos, apóstolos e pastores, por semelhante modo, são homens de boa aparência,
atraentes, inteligentes, eloqüentes, encantadores, que poderão enganar com
muita facilidade as ovelhas desprevenidas. A Escritura nos adverte a tomarmos
cuidado com certos obreiros, porque muitos deles são fraudulentos, enganadores,
falsos e traiçoeiros, que usam do Evangelho em busca de interesses pessoais e
não a salvação dos pecadores.
A maioria dos
ministros modernos assume o pastorado por interesse próprio, por dinheiro,
visando fama e promoção pessoal. A sugestiva descrição metafórica de Judas 12-13
a respeito dos falsos obreiros, merece destaque: “Rochas submersas” – indica o perigo disfarçado que eles
representam para a sociedade, assim como os recifes traiçoeiros cobertos pelas
águas oferecem perigo para os navegantes. “Nuvens
sem água” – denota vida de aparência, de hipocrisia, sem conteúdo,
desprovida da palavra de Deus. “Árvores
em plena estação de frutos, destes desprovidas” – demonstra mensagem
enganosa, vazia e infrutífera. “Ondas
bravias que espumam sujidades” – revela muita movimentação religiosa, muita
correria, muito barulho, muito “fogo”,
muito reteté, mas sem pureza, sem paz e sem frutos. “Estrelas errantes” – significa fora de órbita, afastado do
caminho, longe da verdade, lâmpadas apagadas.
Mercadejando
a Palavra de Deus
“Porque nós
não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em
Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade, e da parte do
próprio Deus”- II Coríntios 2:17.
Esses
mercadejadores da Palavra de Deus são comparados por Paulo com os negociantes
desonestos, os quais mediante truques e técnicas de venda tomam o dinheiro dos
fregueses. São laboratórios que fazem pílulas de farinha de trigo; são
fazendeiros que misturam água no leite; são comerciantes que possuem balanças
falsas; são vendedores de rua que vendem frutas numa lata de 900ml amassada,
como se fosse de um litro.
A Escritura
diz: “Não cometereis injustiça no juízo, nem na vara, nem no peso, nem na
medida. Balanças justas, pesos justos, efa justo, e justo him tereis: Eu sou o
Senhor vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito” - Levítico 19:35-36.
E Salomão
concluiu: “Balança enganosa é abominação para o Senhor; mas o peso justo é o
seu prazer”- Provérbios 11:1.
Paulo não
costumava expor os melhores morangos na camada de cima a fim de esconder os
piores nas camadas inferiores. Não exagerava o valor de sua mensagem, e nem
degradava qualquer de suas verdades. Por semelhante modo, não usava o
ministério como pretexto para ganhar dinheiro, nem para buscar prestígio,
reputação e fama pessoal. Mas, unicamente para divulgar toda a verdade: “Porque
jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus”- Atos 20:27.
A
globalização do comércio pervertido e corrupto do mundo, influenciou as
instituições religiosas com suas negociatas e seus novos métodos de fazer “crescer” a Igreja.
Muito pastor
vão a outros países, a fim de buscarem novidades religiosas para serem
aplicadas nas suas igrejas, na esperança de obter melhor crescimento
espiritual. Depois dizem: “O evangelho
está crescendo”. Mas, é um crescimento ilusório. O progresso evangélico que
estamos vendo por aí, é material, comercial e numérico. Esse tipo de progresso
nas igrejas não produz frutos para Deus.
Além do mais,
impede as pessoas de verem a multiforme graça de Deus agindo no mundo.
Parafraseando o SENHOR JESUS, em Mateus 23: 13, poderíamos dizer: “Ai de vós, pastores e bispos hipócritas!
Fechais o reino dos céus aos homens; vós não entrais, nem deixais que os outros
entrem”.
O que o
Pastor Batista, John F. MacArthur afirmou a respeito da pregação moderna é pura
verdade: “O que os pregadores estão
oferecendo aos seus ouvintes é felicidade, gozo, senso de realização e de tudo
o que é positivo. Esse tipo de pregação encontra grande aceitação, pois as
pessoas estão atrás de soluções rápidas para os seus problemas”.
É de causar
espanto a teodiceia que se vê nas pregações modernas. Os disparates, os
absurdos, os desvarios, os desatinos, as tolices, são aterrorizantes.
Muitos
pregadores pós-modernidade acham que o Evangelho do SENHOR JESUS CRISTO é
mutável com o tempo; que deve sofrer evoluções dentro do que é conceituado
pelas eras. A Bíblia nos convida a nos voltarmos para o velho amor – ou seja,
para a prática original dos mandamentos do SENHOR JESUS CRISTO. Toda pessoa que
cuida ser verdadeiramente cristão deveria conhecer e praticar plenamente os
mandamentos do SENHOR JESUS – Leiam Mateus 5 a 7.
O SENHOR
JESUS deixou bem claro: “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de
Deus” - Mateus 22: 29.
O divisionismo, o egoísmo, o egocentrismo, o
personalismo, o oportunismo, o exibicionismo, e as rivalidades evidentes dentro
da maioria das igrejas modernas, são sinais de apostasia. Muitos ainda não
conhecem as verdades sobre Cristo, sobre a cruz, sobre a Graça e sobre a Igreja,
conforme está nas Escrituras.
A falta de conhecimento da verdade resulta em
emocionalismo e superficialidade religiosa. A busca de novidades resulta em
descaso para com as Escrituras, e falta de compromisso com a obra missionária.
Salomão escreveu o seguinte: Provérbios 9: “9 Instrui ao sábio, e ele se fará
mais, sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento. 10 O temor do Senhor é o princípio
sabedoria; e o conhecimento do Santo é o entendimento. 11 Porque por mim se multiplicam os teus dias, e anos de vida se
te acrescentarão”.
Mas, o pior
de tudo, é a degradação dos valores éticos, no que diz respeito à conduta
humana, do ponto de vista cristão. Existe ainda nos meios evangélicos, muita
falta de sinceridade, de honestidade, de humildade, de moralidade, e de
conversão autêntica.
Não estou
fazendo nenhum juízo temerário; os próprios frutos negativos dos pastores e
membros dessas igrejas comprovam o que a Escritura diz: “Ou fazei a árvore boa
e o seu fruto bom, ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se
conhece a árvore” - Mateus 12:33.
Últimos
Tempos
“Ora, o Espírito afirma
expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem
a espíritos enganadores, e a ensinos de demônios” - I Timóteo 4:1.
O texto Paulo
nos mostra a verdadeira fonte da apostasia: Os espíritos enganadores, os
ensinos de demônios, os falsos pastores, a má influência de pessoas da
comunidade, os interesses secundários, a incredulidade, e a falta de
perseverança na Palavra. O falso mestre não é aquele que fala mentiras; o falso
mestre é aquele que fala meias verdades; ocultando aquelas que podem
denunciá-lo.
O apóstata
não terá nenhuma desculpa diante do tribunal de Cristo, porque em todo o Novo
Testamento temos repetidas advertências inconfundíveis contra a apostasia e a
deserção: “Tende cuidado irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós,
perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo” – Hebreus 3:12.
Esta confusão
religiosa dos dias atuais, este tumulto de crenças fervorosas, esta barafunda
de igrejas, esta falta de clareza e incapacidade de fazer diferença entre o que
é falso e o que é verdadeiro, é o que denomino de: “Tempos de Apostasia”, que já foi profetizado por Daniel - Daniel 7: 25; por JESUS CRISTO
- Mateus 24: 11; por Paulo - II
Tessalonicenses 2:3; por Pedro - II
Pedro 3:3; por João - Apocalipse
2:14-15.
No Novo
Testamento contém mais exortações a perseverar na fé, do que apelos à fé. Em
cada página, com as expressões mais variadas, e as figuras mais diversas,
rememora que a vida cristã é uma condição de perseverança na Palavra.
Jesus
expressou esta verdade com muita clareza: “Vós sois verdadeiramente meus
discípulos, se permanecerdes na minha palavra” - João 8: 31. O “permanecer na fé” é a perseverança na
Palavra: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, no partir do
pão e nas orações” - Atos 2: 42.
Este texto
diz que a vida cristã se resume em quatro pontos específicos:
1.
A perseverança na palavra;
2.
A comunhão com o Pai e com os irmãos;
3.
O partir do pão; e
4.
Nas orações.
O abandono da
fé em Cristo, que chamamos de apostasia, não pode ocorrer com aquele que tem
uma experiência real de crucificação, morte e ressurreição em Cristo.
O Senhor da
Igreja
“Ele é ante
de todas as coisas. Nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da Igreja” -
Colossenses 1: 17-18ª.
Apesar de
tudo o que está acontecendo no Brasil e no mundo, JESUS CRISTO É O SENHOPR da
História e da Igreja. O derramamento do Espírito Santo não foi invalidado. O
ministério Profético, ainda que na sua minoria, continua existindo. A Verdade
não sofreu nenhuma alteração. O poder da Palavra da Cruz para a salvação dos
que creem, está cada dia mais forte e mais eficaz.
Jamais serão
revogadas as cinco leis da Regeneração:
1.
Cristo me atraiu - João 12:32;
2.
Cristo me crucificou - Romanos 6:6;
3.
Cristo me fez morrer - II Coríntios 5:14;
4.
Cristo me ressuscitou - Efésios 2:6; e
5.
Cristo vive em mim - Gálatas 2:19-20.
Todas as
promessas de Deus nas Escrituras serão integralmente cumpridas: “Passará o céu
e a terra, porém as minhas palavras não passarão” - Mateus 24: 35.
A igreja deve
receber com alegria e total submissão a soberania de Cristo, como presente vindo
de Deus, para benefício dela mesma. As verdades desta metáfora, da “cabeça e do corpo” referindo Cristo e
a Igreja, merecem ser destacadas.
Temos a ideia
de união entre a cabeça e o corpo, que produz amor, paz, alegria, fé e
harmonia. Cristo pertence a nós, e nós pertencemos a Ele, tal como se dá no
caso da cabeça e do corpo.
Destaca-se também
a vida de Cristo que sustenta o corpo; a vida do corpo sem a cabeça é
impossível.
Confirma a
nossa participação da natureza de Cristo - II Pedro 1:4.
Um corpo
precisa ser da mesma natureza que sua cabeça.
Olhando para
o que Paulo escreve a respeito do marido e da esposa; onde ele diz que o marido
é o cabeça da esposa, como o SENHOR JESUS é o cabeça da igreja. Se a esposa é
submissa ao marido, assim a igreja é submissa ao SENHOR JESUS. E ser submissa é
assumir plenamente e completamente a missão do cabeça, este é o papel da
igreja, como o é da esposa. A igreja é a noiva do CORDEIRO, em breve será a
esposa do CORDEIRO, muito em breve.
Este será o
próximo e último evento para a igreja; quem estiver fiel ao seu marido, neste
caso ao noivo – O SENHOR JESUS CRISTO – estará nas bodas do CORDEIRO, que
durará 7 anos; virá após este período com o SENHOR JESUS para reinar.
Conclusão
Cristo é a
cabeça da igreja e preenche todas as coisas. Nada pode estar fora do alcance de
suas operações e do seu poder; como também nada estará além da sua bondade, do
seu amor, e da sua graça. Todo o significado da vida e da existência depende de
Cristo.
Toda a
superioridade, todo o poder, toda a grandeza, toda a proeminência, e todo o dom
perfeito, estão totalmente centralizados nEle. Ele é a fonte do amor, da graça,
da esperança e da vida eterna.
Em Cristo
estão incorporados todos os tesouros da sabedoria e da ciência – Colossenses
2:3.
Cristo é a
fonte da vida eterna. Ele possui a vida necessária e independente. Necessária
porque não pode deixar de existir, independente porque não depende de outra
vida para existir.
Em “tempos de apostasia”, a nossa fé, a
nossa esperança, a nossa perseverança estão totalmente fundamentadas em Cristo
– A ROCHA ETERNA. “Só Ele tem as
palavras de vida eterna; e nós temos crido e conhecido que Ele é o Santo de
Deus” – João 6: 68-69.
“Meu coração
não tem desejo de ficar
Onde surgem
dúvidas e temores desanimadores;
Embora alguns
habitem onde isso abunde,
Minha oração,
meu alvo, é terreno mais alto.
Quero viver
acima do mundo,
Embora
Satanás me lance seus dardos;
Pois a fé já
ouviu o ruído alegre.
Do cântico de
santos em níveis mais altos”.
(Johnson Oatman)
Amém!!!!
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em sua igreja, em seus eventos, fazer um aconselhamento, somente conversar
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Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
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Telefone: 0xx44 99900-9947
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“Curai os enfermos,
ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça
recebestes, de graça dai”. – MATEUS 10·8