quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

A BENEVOLÊNCIA É UMA DÍVIDA....

 A BENEVOLÊNCIA É UMA DÍVIDA....

Não pagar é defraudar = Furtar o outro; cometer pecado da desobediência a Deus.
1 Coríntios 7:3-5
3 O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido.
4 A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.
5 Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.
Não ter sexo no casamento (sob as circunstâncias ordinárias) também é pecado; talvez nem todos estejam cientes disso. De acordo com 1 Coríntios 7:3-5, sexo no casamento é uma dívida. Negligenciar ou recusar fazer sexo com o seu cônjuge é roubo; é defraudar; uma quebra do oitavo mandamento: “Não furtarás”.
Jesus Cristo é Senhor, e isso significa que Ele é Senhor do casamento e do lar do casal também. Ele tem coisas a dizer aqui. Assim, nosso objetivo é a glória de Deus em Jesus Cristo e a edificação dos santos. Dentro dessa estrutura e com esse espírito, consideremos o dever do sexo no casamento.
1 Coríntios 7 fala de marido e esposa dando a “devida benevolência” um ao outro. “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido”.
“Devida benevolência” aqui não significa que marido e esposa devem mostrar um ao outro apenas bondade em geral. Considere o contexto. Um propósito do casamento é “evitar a fornicação” (2). É evitar também o adultério, que têm sido o principal motivo das separações.
No casamento, seu cônjuge tem autoridade sobre o seu corpo; tal como Cristo tem sobre a Igreja; especialmente no leito matrimonial (4). A “incontinência” no versículo 5 refere-se a falta de auto-controle sexual. Assim, “devida benevolência” em 1 Coríntios 7:3 refere- se especificamente à bondade devida ao cônjuge na relação sexual.
Essa “benevolência” sexual é “devida” ao seu cônjuge. É uma dívida, algo que a esposa deve ao seu marido e o marido deve a esposa. Não é meramente um favor que você faz caso seu cônjuge tenha sido bom.
Obviamente alguns, por causa da idade avançada ou debilidade, etc., são incapazes de cumprir essa dívida, mas cônjuges cristãos normais e saudáveis devem pagar esse débito.
Você está pagando esse débito ao seu marido ou esposa?
Se não está pagando, você está roubando, cometendo o pecado que consta o oitavo mandamento.
Estamos agora numa posição mais adequada para analisar o pecado de um casamento sem sexo (assumindo que o sexo é fisicamente possível). É roubo não entregar o que é devido. É roubar o seu próximo mais chegado, a saber, o seu próprio cônjuge. É defraudar ele ou ela (5). Isso introduz a idéia de engano e fraude.
O casamento, por definição, inclui dar-se ao seu cônjuge. Ao recusar se entregar sexualmente, como prometeu, você comete traição, adultério da aliança que fizeram diante de Deus.
Isso está fundamentado no egoísmo, o desejo de fazer o que quiser com o seu corpo e não o que o seu cônjuge quer. Esse egoísmo brota da incredulidade, a falta de fé na união vital e espiritual entre Cristo e a Sua igreja que o seu casamento e relação sexual deveriam retratar; o casamento é um protótipo da relação entre Cristo e a Igreja.
O pecado tem conseqüências. Deus julgará e castigará você por ele. Seu cônjuge será ferido, seriamente ferido. Recusar seus desejos sexuais é algo cruel. Ignorar ou ser indiferente para com ele ou ela é impiedade.
Cristo não trata assim a Sua esposa! Seu cônjuge se sentirá insatisfeito, trapaceado e provavelmente se tornará (pecaminosamente) amargo e ressentido. Assim, seu casamento sofrerá. A intimidade física de todos os tipos se secará e você perderá a intimidade emocional e espiritual também. O casamento é o protótipo da relação entre Cristo e a Igreja.
Pecados maritais impendem as suas orações (1 Pedro 3:7). As orações nas devoções em família se tornam difíceis; as orações ficam sem resposta. A leitura da Escritura também se torna um dever árduo. Eventualmente isso pode levar a devoções em família infreqüentes ou à completa negligência.
Nenhuma relação sexual no casamento também torna o seu cônjuge mais vulnerável ao pecado de adultério. Lembre-se: um dos propósitos do casamento é evitar a fornicação (2; cf. Pv. 5:18-20). Satanás tem um interesse no seu leito matrimonial. Ele anda em derredor, “buscando a quem possa tragar” (1 Pedro 5:8). Não vos defraudeis!
1 Coríntios 7:3-5 ensina parte do chamado de maridos e esposas. Eles não devem permitir que se tornem sexualmente indiferentes para com seus cônjuges. Não há lugar para escusas mentirosas.
O marido é o cabeça que deve “alimentar” e “sustentar” a sua esposa (Ef. 5:29).
1 Coríntios 7:3-4 enfatiza a igualdade entre marido e mulher: o marido deve dar a “devida benevolência” à sua esposa, e “igualmente” a esposa ao seu marido (3), e o marido tem autoridade sobre o corpo da sua esposa, “também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher” (4).
Assim, no sexo – como em todas as coisas, exceto no pecado – o marido e a esposa cristãos devem procurar agradar um ao outro, e não a si mesmos, pois o amor “não busca os seus interesses” (1Co. 13:5); não age por egoísmo.
A “obrigação marital” (Ex. 21:10”) é a “devida benevolência” (1Co. 7:3), ou seja, a relação sexual. Providenciar comida e roupa para a esposa também é mencionado; é o complemento do dever.
Ainda mais fundamental, os maridos devem amar suas esposas e as esposas devem se submeter aos seus maridos (Ef. 5:22-33). Além do mais, os maridos devem governar suas esposas em amor e elas devem ser auxiliadoras de seus maridos (Ef. 5:22-33; Gn. 2:20s.). Isso envolve 101 deveres de um para com o outro.
Segundo, o sexo não é a principal coisa no casamento. A coisa principal é o relacionamento pactual no Senhor, a obediência do que Deus determinou na Sua Palavra (Ml. 2:14). Aqueles que fazem do sexo a coisa principal no casamento ficarão dolorosamente desapontados; é um conjunto de obrigações inescusáveis.
Terceiro, sexo não é a base para o casamento. A verdade da Palavra de Deus é o fundamento do casamento cristão. A amizade pactual de um pelo outro é baseada sobre essa unidade na doutrina da Palavra de Deus em Cristo.
Ou seja; o sexo é muito mais do que apenas um ato que agrade a ambos, é o obedecer a Deus para serem abençoados por ELE.
Onde então o sexo entra no casamento?
Primeiro, deve haver o amor de Deus em seu coração por seu cônjuge. Fluindo desse amor, e como uma expressão desse amor, está a bênção da relação sexual; não trata de um sentimento; é uma decisão racional de obediência.
Assim, embora o sexo no casamento seja um chamado e um dever, ele é mais que um dever. É uma coisa alegre e prazerosa, deliberada e natural, uma expressão de amor mútuo e um retrato da união de Cristo com a Sua noiva, a igreja.
Há uma exceção ao dever do sexo no casamento (além daquele da impossibilidade física) se três condições forem satisfeitas.
Primeiro, deve ser “por consentimento mútuo” (1Co. 7:5) – não uma decisão unilateral do marido ou da esposa, mas de ambos.
Segundo, deve ser “por algum tempo” (5) – não para o resto de suas vidas, ou por anos, mas por um período específico. Mais tarde eles devem se “ajuntar outra vez” sexualmente (5).
Terceiro, a abstinência sexual deve ser “para vos aplicardes ao jejum e à oração” (5) – não porque eles simplesmente estavam com vontade.
Deus colocou certo peso em seus corações, de forma que os prazeres de comer e ter sexo são postos de lado por um tempo, para que possam se focar melhor em buscar a Deus.
Todas as três condições devem ser satisfeitas – consentimento mútuo, curta duração e propósito religioso (para oração e jejum) – para um período de abstinência sexual.
Onde todas as três condições não são satisfeitas, a “devida benevolência” da relação sexual permanece. Nenhum tem o direito de privar o outro; sob pena de cometer a defraudação e ainda lhes ser imposto o pecado que o outro vir a cometer pela falta de sexo.
1 Coríntios 7 implica que marido e esposa falam sobre assuntos sexuais juntos, pois entram em “consentimento” para se abster por um tempo por razões religiosas (5).
Em geral, os maridos e esposas cristãos devem procurar agradar um ao outro, e viver sob o senhorio de Cristo no casamento e no sexo. Obedecendo isto, estão cumprindo as ordenanças de Deus, fora disto, cometem pecado e expõem o cônjuge ao pecado.
Agora você já sabe sobre uma das razões que certas coisas não rompem em suas vidas; a falta de sexo no casamento é um dos motivos que interrompem as suas orações; acrescenta sofrimentos e faz separação entre você e Deus.
Não esfriem-se para que Deus não distancie de vocês por causa do pecado que é de “desobediência e de roubo”.
Não se preocupe, Deus não dá colheitas do que você não plantou.
O plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória; depois da colheita você terá que digerir o que colheu.
O antídoto para anular as más colheitas é a escolha do que planta.
Deus abençoe a cada casamento.
Deus os perdoe pelo roubo que praticaram até terem o conhecimento da verdade.
Amém!!!
Fonte: Monergismo
Pr. Jacir Ailton da Silveira