domingo, 16 de março de 2014

A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO



A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO
Introdução

• Todos nós, como seres humanos, temos direitos e deveres. Quase sempre, há a tendência de reivindicarmos os nossos direitos sem uma disposição correspondente para o cumprimento os nossos deveres. Daí as dificuldades que as pessoas enfrentam tanto na vida pessoal quanto nas relações com a Sociedade.

• Na vida cristã a ênfase recai no cumprimento dos deveres. Dentre os deveres da vida cristã, a oração é o mais importante (Lucas 18.1 –
Contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer”), porque direciona a nossa vida nos caminhos de Deus. A felicidade e a sabedoria consistem em tornar prazeroso o cumprimento do dever! Exemplo: a alimentação é um dever. Mas quando nos alimentamos só pelo prazer, podemos arruinar nossa saúde e nossa vida. No entanto, quando tomamos consciência da nossa responsabilidade na preservação e/ou recuperação da saúde, podemos educar o nosso paladar para sentirmos prazer numa alimentação saudável! O cumprimento do dever torna-se prazeroso!

• Orar nem sempre é gratificante para a natureza humana, para a carne. Há coisas que nos dão mais prazer do que orar. Mas a oração é um dever. O não cumprimento desse dever causa danos irreparáveis na vida cristã. A pergunta é esta: Como tornar prazeroso o cumprimento do dever da oração? Cremos que a prática da oração se torna prazerosa quando temos consciência da sua importância.
A ORAÇÃO É IMPORTANTE PORQUE ELA SE FUNDAMENTA NA NOSSA COMUNHÃO COM O DEUS TRINO.

1º – A ORAÇÃO SE FUNDAMENTA NO AMOR DO PAI

1. O Pai nos recebe na sala do trono (Hebreus 10.19-22 –
Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa”). Seria uma honra para qualquer brasileiro ser recebido em audiência pelo Presidente da República. No entanto, o cristão mais humilde pode chegar à presença do Rei dos reis e do Senhor dos senhores pela mediação de Jesus para:
(a) agradecer,
(b) confessar os pecados,
(c) adorar,
(d) suplicar e
(e) interceder.
Quando tudo o que nos preocupa é colocado diante de Deus em oração (Filipenses 4.6 – Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças”); a nossa mente e o nosso coração são guardados e protegidos pela paz de Deus que excede toda a compreensão humana (Filipenses 4.7 – e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”).

2. O Pai dá boas coisas aos seus filhos (Mateus 7.7-11 –
Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?”). As boas coisas que Deus nos dá pode às vezes contrariar o nosso egoísmo, mas podemos ter certeza de que ele dá sempre o melhor para os seus filhos! Os pais humanos podem falhar, mas o Pai celestial jamais falha!

3. O Pai quer que os seus filhos experimentem a sua vontade que é boa, perfeita e agradável (Romanos 12.1-2 –
Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”; 1 João 5.14-15 – E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. e, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos as coisas que lhe temos pedido”). A oração deve ser feita em harmonia com essa vontade de Deus porque o nosso Pai é soberano e sabe o que é melhor para nós e quando deve responder nossas orações. A fé nos sustenta na fase da espera (Lucas 18.8 – Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”) e quando perseveramos podemos dar testemunho (Salmo 40.1-3 – Esperei com paciência pelo Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor. Também me tirou duma cova de destruição, dum charco de lodo; pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos. Pôs na minha boca um cântico novo, um hino ao nosso Deus; muitos verão isso e temerão, e confiarão no Senhor”).

2º – A ORAÇÃO FUNDAMENTA-SE NA GRAÇA DO FILHO

1. Deus vem a nós através do Filho (João 1.14 –
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai”). A religião é o esforço feito pelo homem para chegar até Deus; mas a graça é Deus vindo até nós através do seu Filho (Apocalipse 3.20 – Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”). É Jesus quem diz: “Eis que estou à porta e bato”. Em Jesus, Deus vem ao nosso encontro. Isto é pura graça! Para que possamos orar, é necessário abrir o coração e receber Jesus. Oramos quando temos comunhão íntima com o Pai através do Filho. Orar é conversar com o Deus que habita em nós.

2. Jesus é o nosso mediador (1 Timóteo 2.5 –
Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”). Só através dele podemos chegar ao Pai (João 14.6 – Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”). Portanto, chegamos ao Pai em nome de Jesus (João 14.13-14 – e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei”; 15.16;23; 16.23 – Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda. Aquele que me odeia a mim, odeia também a meu Pai. Naquele dia nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo que tudo quanto pedirdes ao Pai, ele vo-lo concederá em meu nome”). Ele abriu esse caminho de acesso ao Pai através do sacrifício da cruz (Hebreus 10.19-20 – Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne”; 2 Coríntios 5.18-19, 21 – Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação; pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação. Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”). Ele se coloca entre o Deus justo e o homem pecador e intercede com base no que ele fez por nós (Hebreus 7.25 – Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por eles”; 1João 2.1 – Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”). Em João 1.14 está escrito que Ele é cheio de GRAÇA e VERDADE! A graça e a verdade precisam se encontrar (Salmo 85.10 – A benignidade e a fidelidade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram”) para sermos salvos e termos uma vida de oração (1 João 1.8-9 – Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”).

3. Em Cristo somos filhos e temos direito de pedir (João 1.12 –
Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus”; Romanos 8.16-17 – O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus; e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados”). Esse direito é nosso pela graça. Não são nossos méritos que nos dão ousadia para entrar no santo dos santos, mas a graça de Jesus. Portanto, a base da oração é a fé em Jesus e a confiança plena no seu sacrifício por nós. Em nome de Jesus, podemos chegar ao Pai mesmo quando não estamos nos sentindo bem.

3º – A ORAÇÃO FUNDAMENTA-SE NA COMUNHÃO DO ESPÍRITO

1. A comunhão do Espírito envolve a nossa comunhão com o Pai e com o Filho na unidade do Espírito Santo (1 João 1.3 –
sim, o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que vós também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo”; Efésios 4.3 – procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz”). Deus é o nosso Pai e o seu povo é a nossa família. Não é possível comunhão com Deus sem comunhão com os irmãos nem comunhão com os irmãos sem comunhão com Deus (1 João 4.20 – Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem não viu”). Mesmo quando oramos sozinhos, dirigimo-nos a Deus como o Pai nosso e todas as petições são feitas no plural (Mateus 6.9-15 – Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. [Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, Amém.] Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas”)

2. A comunhão com os irmãos é essencial:
a)na oração individual (Mateus 5.23-24 – Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta”). Quando há ofensa, as orações não são ouvidas nem respondidas (1 Pedro 3.7 – Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”);
b) na oração comunitária (Mateus 18.15-20 – Ora, se teu irmão pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, terás ganho teu irmão; mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. Se recusar ouvi-los, dize-o à igreja; e, se também recusar ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo: Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu; e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu. Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”).

3. O auxílio do Espírito Santo. A oração é algo tão sublima que está além da nossa capacidade. Por isso, dependemos ao auxílio do Espírito Santo em nossas fraquezas (Romanos 8.26-27 –
Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito: que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos”). Todos podemos cumprir o dever da oração com o auxílio do Espírito Santo.

Conclusão

Nesta mensagem aprendemos que a oração cristã, de acordo com a Palavra de Deus, é feita ao Pai, em nome de Jesus e com o auxílio do Espírito Santo. Ela está fundamentada no Deus trino: Pai, Filho e Espírito Santo!
Podemos orar diretamente a Jesus e ao Espírito Santo? Sim, em circunstâncias especiais, quando conversamos com Jesus e com o Espírito Santo (Atos 7.59 –
Apedrejavam, pois, a Estêvão que orando, dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito”; Apocalipse 22.17 – E o Espírito e a noiva dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida”). Devemos orar com atenção para não acontecer de invocarmos a Jesus, continuar falando com o Pai e terminando em nome de Jesus.
O essencial é que a oração e a Palavra é o meio de comunicação com Deus. Feita de acordo com a orientação bíblica ela glorifica o Pai, nos edifica, e manifesta no mundo o poder de Deus! Quando oramos de acordo com a Palavra, Deus faz justiça, ele salva, ele age!

Amém!!!
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
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