A bênção
de um compromisso absoluto
Há dois relacionamentos em vida
nos quais Deus exige compromisso absoluto: o relacionamento do cristão com
Cristo e o relacionamento da pessoa casada com seu companheiro.
Uma pessoa pode trocar sua
cidadania por outra, pode mudar de emprego ou de casa ou de congregação. Mas,
os compromissos com Cristo e com o companheiro de casamento são para a vida
toda. Abandono de qualquer dos dois traz o desprezo de Deus.
Quando uma pessoa se torna
cristã, ela promete sua lealdade a Cristo como seu Senhor e Rei. Perseguições
podem vir, ou desânimo, ou tentações ou problemas na igreja, mas ela promete
ser fiel, fiel até a morte. Semelhantemente, quando alguém se casa, ele promete
à companheira seu amor e fidelidade enquanto os dois viverem.
Problemas podem surgir, ou
doença, ou dificuldades financeiras, ou pressão dos membros da família, ou
mal-entendidos, mas ele promete ser fiel. Ele não a deixará. Ele nem pensa em
divórcio. Ele tem um compromisso com ela — ele pertence a ela e ela a ele — e o
compromisso é absoluto.
A vontade de Deus em relação à
permanência do casamento é claramente revelada.
- No casamento, um homem deixa seu pai e sua mãe e se une à sua esposa (Gênesis 2:24 – “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”.) DEUS presenteou Adão e Eva com o matrimônio. Eles foram criados perfeitos um para o outro. O casamento não foi uma conveniência, tampouco foi criado por qualquer cultura. Ele foi instituído po DEUS e possui três aspectos básicos:
1. O homem
deixa seus pais e, em ato público, promete-se a si memso à sua esposa;
2. O homem e
a mulher são unidos, assumindo responsabilidades pelo bem estar mútuo e amando
um ao outro antes das outras pessoas;
3. Ambos
tornam-se um na intimidade e no comprometimento de união sexual que são
reservados para o casamento.
Casamentos sólidos incluem estes
três aspectos.
- São ligados (Romanos 7:2-3 – “Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido”.) Paulo usou o casamento para ilustrar nosso relacionamento com a lei. Quando um dos cônjuges morre, o contrato de casamento fica anulado. Ao morrermos com CRISTO, a lei não pode nos condenar; estando unidos a CRISTO, seu Espírito nos capacita a praticar as boas obras para DEUS. Então, servimos ao SENHOR não porque obedecemos a um conjunto de regras, mas porque nosso renovado coração e mente transbordam de amor por ELE.
- São ajuntados por Deus e não devem ser separados (Mateus 19:6b – “......... Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”.)
- Eles se tornam uma só carne (Mateus 19:6a – “Assim não são mais dois, mas uma só carne ...........”.)
Por causa de uma situação de
casamento e divórcio é que João Batista foi aprisionado e morto, exatamente por
manifestar sua opinião sobre casamento e divórcio de forma fiel à Palavra de
DEUS. Os fariseus esperavam apanhar JESUS na mesma armadilha. Tentaram fazer
com que o MESTRE fosse apanhado em controvérsias teológicas. Duas escolas de
pensamento apresentavam diferentes opiniões sobre o divórcio. Um grupo apoiava
o divórcio por qualquer razão, enquanto o outro acreditava que só deveria ser
permitido em caso de infidelidade conjugal. Esse conflito tinha sua origem em
diferentes interpretações do texto em Deuteronômio 24.1-4 – “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com
ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa
vergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio e lha dará na mão, e a despedirá de
sua casa. Se ela, pois, saindo da casa dele, for e se casar com outro homem, e
este também a desprezar e, fazendo-lhe carta de divórcio, lha der na mão, e a
despedir de sua casa; ou se este último homem, que a tomou para si por mulher,
vier a morrer; então seu primeiro marido que a despedira, não poderá tornar a
tomá-la por mulher, depois que foi contaminada; pois isso é abominação perante
o Senhor. Não farás pecar a terra que o Senhor teu Deus te dá por herança”. Entretanto, a resposta de JESUS deu mais ênfase
ao casamento do que ao divórcio; ELE afirmou que DEUS desejava que o casamento
fosse permanente e deu quatro razões que justificam a importância do
matrimônio. Mateus 19.4-6 – “Respondeu-lhe
Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, e
que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e
serão os dois uma só carne? Assim já não são mais dois, mas um só carne.
Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem”.
Não conseguimos imaginar termos
mais fortes para descrever a permanência do relacionamento. Não é de admirar
que Malaquias disse que Deus odeia o
divórcio (Malaquias 2:16 – “Porque o SENHOR, o Deus de Israel diz que
odeia o repúdio, e aquele que encobre a violência com a sua roupa, diz o SENHOR
dos Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais desleais”.)
O judeus tornaram-se infiéis.
Embora não dissessem abertamente que rejeitavam a DEUS, viviam como se ELE não
existisse. Os homens casavam-se com mulheres que adoravam ídolos. O divórcio era
comum e acontecia sem razão alguma que não fosse um desejo de mudança. O povo
agia como se fosse permitido fazer qualquer coisa, sem sofrer qualquer punição.
E questionava por que DEUS se recusava a aceitar suas ofertas e abençoa-lo
(Malaquias 2.13 – “inda fazeis
isto: cobris o altar do Senhor de lágrimas, de choros e de gemidos, porque ele
não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão”). Não podemos ser bem sucedidos, se separarmos de
nossa comunhão com DEUS do restante de nossa existência. Ele deve ser o SENHOR
de tudo.
A frase do v. 15 de Malaquias 2 – “E
não fez ele somente um, ainda que lhe sobejava espírito? E por que somente um?
Não é que buscava descendência piedosa? Portanto guardai-vos em vosso espírito,
e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade” – friso o
seguinte: “e que ninguém seja infiel
(desleal) para com a mulher da sua mocidade” significa estabelecer com o
casamento o mesmo compromisso que DEUS tem com suas promessas para o seu povo.
Nosso amor conjugal deve ser exclusivamente reservado ao nosso cônjuge.
A maior alegria que o homem pode
realizar na terra se encontra nesses dois relacionamentos de compromisso
absoluto. A alegria não é encontrada no meio compromisso. Um homem que está
sempre considerando outros empregos, nunca se comprometendo com seu atual
emprego, é um homem instável, dividido entre duas opções.
É assim com a pessoa que tenta
servir ao Senhor com meio compromisso. Ele anda entediado e desinteressado, com
apenas a religião suficiente para ficar infeliz. Ele procura segurar o mundo
com uma mão e o Senhor com a outra, e não acha a felicidade em nenhum dos dois.
Por outro lado, precisamos olhar
para os apóstolos e os primeiros discípulos para ver que o compromisso
absoluto, o tipo de compromisso que aceita perseguição e faz sacrifício, é um
elemento básico da felicidade no Senhor (Atos 2:41-47 – “De sorte que foram batizados os que receberam a sua
palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na
doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada
alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos.
Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas
propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um.
E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa,
comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça
de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos”; 5:40-42
– “Concordaram, pois, com ele, e tendo chamado os
apóstolos, açoitaram-nos e mandaram que não falassem em nome de Jesus, e os
soltaram. Retiraram-se pois da presença do sinédrio, regozijando-se de terem
sido julgados dignos de sofrer afronta pelo nome de Jesus. E todos os dias, no
templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o
Cristo”; 16:25 – “Pela
meia-noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os presos os
escutavam”).
É assim com o casamento. Deus
sabia que a alegria no casamento seria encontrada somente no compromisso
absoluto. Portanto, ele ordenou pelo apóstolo Paulo: "...cada um
tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido" (1
Coríntios 7:2 – “Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e
cada uma tenha o seu próprio marido”.) Os cristãos de Coríntios estavam
cercados pela tentação sexual. Até em meio aos pagãos, a cidade tinha reputação
de imoralidade sexual e prostituição religiosa. Foi para esse tipo de sociedade
que Paulo proferiu essas instruções referente ao sexo e ao casamento – não é
diferente hoje em nossos dias e em qualquer lugar, inclusive dentro de algumas
igrejas. Os coríntios precisavam de instruções específicas, especiais, por causa
dos padrões imorais de sua cultura.
Essa declaração pode perturbar
aqueles que, no passado, ignoraram o ensinamento dele (as conseqüências do
pecado sempre são terríveis - Gálatas 6:7-8 – “Não erreis: Deus não se deixa
escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que
semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no
Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna”.), mas ela é para o
benefício do homem, e vem de Deus, o qual manda para o nosso bem.
Certamente você ficaria surpreso
se plantasse milho e colhesse abóboras. A lei natural diz que colhemos o que
plantamos, e isso também é verdadeira para outras áreas. Aqueles que fazem
mexericos a respeito de seus amigos perderão a amizade deles. Toda ação tem uma
consequência. Se plantar para satisfazer seus próprios desejos, terá uma
colheita de tristezas e pecados. Se plantar para agradar a DEUS, colherá
alegria e vida eterna.
Que espécie de sementes você está
semeando?
(Deuteronômio 10:13 – “Que
guardes os mandamentos do SENHOR, e os seus estatutos, que hoje te ordeno, para
o teu bem?”). Costumamos perguntar-nos: “O que DEUS espera de mim?” Aqui Moisés deu uma resposta simples e
fácil de lembrar sobre o que DEUS espera de seu povo:
1. Temor e
reverência a ELE;
2. Uma vida
de acordo com a sua vontade;
3. Amor;
4. Adoração
com todo o coração e a alma;
5. Obediência
a seus mandamentos.
Como
costumamos complicar a fé, inventando regras, doutrinas e rituais! Você se
sente frustrado e esgotado de tanto tentar agradar a DEUS? Concentre-se em
fazer o que DEUS ordena e encontrará a paz. Respeite, siga, ame, adore e
obedeça a DEUS!
Razões
para o compromisso absoluto:
v Compromisso
absoluto cria confiança no casamento. O marido não precisa se preocupar com a fidelidade
de sua esposa, nem a esposa precisa se preocupar com a lealdade do marido, pois
seu compromisso um com o outro é aberto e óbvio. Devido ao seu compromisso
aberto, tentação à infidelidade quase não existe. Por outro lado, aqueles que
têm meio compromisso serão frequentemente tentados, pois tentação é inerente ao
compromisso parcial.
v Compromisso
absoluto cria segurança no casamento. Segurança vem de confiança e permanência. Quando
uma pessoa duvida se seu relacionamento com outra pessoa é forte e permanente,
ela se sente insegura.
v Compromisso
absoluto cria estabilidade no casamento. Já passaram os dias perturbados,
instáveis e inseguros do namoro. Agora vem um relacionamento seguro e duradouro
com um único parceiro.
v Compromisso
absoluto constrói um alicerce sólido como a base do casamento. Sem esse
alicerce, nenhuma família de qualidade será construída.
Gus Nichols escreveu uma vez que ele e sua
esposa assistiram, no domingo anterior, às aulas bíblicas e dois cultos na
congregação. Ele comentou que eles não tomaram a decisão naquele domingo, mas
que a tomaram 40 anos antes, quando se tornaram cristãos. Ele disse que, quando
apareceram em todas as reuniões da igreja, estavam meramente cumprindo o
compromisso que haviam assumido 40 anos antes.
Semelhantemente, eu tenho colocado
a minha cabeça no travesseiro todas à noite ao lado da minha esposa, e acordado
todos os dias ao lado dela. Se Deus quiser, farei a mesma coisa hoje à noite e todas
as noites e continuarei fazendo a mesma coisa enquanto nós dois vivermos. Não é
que tomamos essa decisão agora, pois tomamos essa decisão há quase 35 anos.
Meramente continuamos cumprindo o compromisso que fizemos muitos anos atrás.
"Digno
de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque
Deus julgará os impuros e adúlteros" (Hebreus
13:4).
O verdadeiro amor aos outros
produz ações tangíveis: como por exemplo, o respeito por seus votos de
casamento. Certifique-se de que seu amor seja suficientemente profundo, a ponto
de afetar sua hospitalidade, empatia, fidelidade e contentamento.
Amém!!!
Nossos contatos:
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
Nossos contatos:
e-mail: prjacirailtonsilveira@gmail.com
Telefones: 0xx44 99900-9947
Comunidade Cristã de Umuarama
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MATEUS 10·8
– “Curai
os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios;
de graça recebestes, de graça dai”.