terça-feira, 5 de novembro de 2013

A bênção de um compromisso absoluto - 2



A bênção de um compromisso absoluto

Há dois relacionamentos em vida nos quais Deus exige compromisso absoluto: o relacionamento do cristão com Cristo e o relacionamento da pessoa casada com seu companheiro.

Uma pessoa pode trocar sua cidadania por outra, pode mudar de emprego ou de casa ou de congregação. Mas, os compromissos com Cristo e com o companheiro de casamento são para a vida toda. Abandono de qualquer dos dois traz o desprezo de Deus.

Quando uma pessoa se torna cristã, ela promete sua lealdade a Cristo como seu Senhor e Rei. Perseguições podem vir, ou desânimo, ou tentações ou problemas na igreja, mas ela promete ser fiel, fiel até a morte. Semelhantemente, quando alguém se casa, ele promete à companheira seu amor e fidelidade enquanto os dois viverem.

Problemas podem surgir, ou doença, ou dificuldades financeiras, ou pressão dos membros da família, ou mal-entendidos, mas ele promete ser fiel. Ele não a deixará. Ele nem pensa em divórcio. Ele tem um compromisso com ela — ele pertence a ela e ela a ele — e o compromisso é absoluto.

A vontade de Deus em relação à permanência do casamento é claramente revelada.

  • No casamento, um homem deixa seu pai e sua mãe e se une à sua esposa (Gênesis 2:24 – “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”.) DEUS presenteou Adão e Eva com o matrimônio. Eles foram criados perfeitos um para o outro. O casamento não foi uma conveniência, tampouco foi criado por qualquer cultura. Ele foi instituído po DEUS e possui três aspectos básicos:

1.     O homem deixa seus pais e, em ato público, promete-se a si memso à sua esposa;

2.     O homem e a mulher são unidos, assumindo responsabilidades pelo bem estar mútuo e amando um ao outro antes das outras pessoas;

3.     Ambos tornam-se um na intimidade e no comprometimento de união sexual que são reservados para o casamento.

Casamentos sólidos incluem estes três aspectos.

  • São ligados (Romanos 7:2-3 – “Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido”.) Paulo usou o casamento para ilustrar nosso relacionamento com a lei. Quando um dos cônjuges morre, o contrato de casamento fica anulado. Ao morrermos com CRISTO, a lei não pode nos condenar; estando unidos a CRISTO, seu Espírito nos capacita a praticar as boas obras para DEUS. Então, servimos ao SENHOR não porque obedecemos a um conjunto de regras, mas porque nosso renovado coração e mente transbordam de amor por ELE.
  • São ajuntados por Deus e não devem ser separados (Mateus 19:6b – “......... Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”.)
  • Eles se tornam uma só carne (Mateus 19:6a – “Assim não são mais dois, mas uma só carne ...........”.)

Por causa de uma situação de casamento e divórcio é que João Batista foi aprisionado e morto, exatamente por manifestar sua opinião sobre casamento e divórcio de forma fiel à Palavra de DEUS. Os fariseus esperavam apanhar JESUS na mesma armadilha. Tentaram fazer com que o MESTRE fosse apanhado em controvérsias teológicas. Duas escolas de pensamento apresentavam diferentes opiniões sobre o divórcio. Um grupo apoiava o divórcio por qualquer razão, enquanto o outro acreditava que só deveria ser permitido em caso de infidelidade conjugal. Esse conflito tinha sua origem em diferentes interpretações do texto em Deuteronômio 24.1-4 – Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio e lha dará na mão, e a despedirá de sua casa. Se ela, pois, saindo da casa dele, for e se casar com outro homem, e este também a desprezar e, fazendo-lhe carta de divórcio, lha der na mão, e a despedir de sua casa; ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer; então seu primeiro marido que a despedira, não poderá tornar a tomá-la por mulher, depois que foi contaminada; pois isso é abominação perante o Senhor. Não farás pecar a terra que o Senhor teu Deus te dá por herança”. Entretanto, a resposta de JESUS deu mais ênfase ao casamento do que ao divórcio; ELE afirmou que DEUS desejava que o casamento fosse permanente e deu quatro razões que justificam a importância do matrimônio. Mateus 19.4-6 – “Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne? Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem”.

Não conseguimos imaginar termos mais fortes para descrever a permanência do relacionamento. Não é de admirar que Malaquias disse que Deus odeia o divórcio (Malaquias 2:16 – “Porque o SENHOR, o Deus de Israel diz que odeia o repúdio, e aquele que encobre a violência com a sua roupa, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais desleais”.)

O judeus tornaram-se infiéis. Embora não dissessem abertamente que rejeitavam a DEUS, viviam como se ELE não existisse. Os homens casavam-se com mulheres que adoravam ídolos. O divórcio era comum e acontecia sem razão alguma que não fosse um desejo de mudança. O povo agia como se fosse permitido fazer qualquer coisa, sem sofrer qualquer punição. E questionava por que DEUS se recusava a aceitar suas ofertas e abençoa-lo (Malaquias 2.13 – inda fazeis isto: cobris o altar do Senhor de lágrimas, de choros e de gemidos, porque ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão”). Não podemos ser bem sucedidos, se separarmos de nossa comunhão com DEUS do restante de nossa existência. Ele deve ser o SENHOR de tudo.

A frase do v. 15 de Malaquias 2 – “E não fez ele somente um, ainda que lhe sobejava espírito? E por que somente um? Não é que buscava descendência piedosa? Portanto guardai-vos em vosso espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade” – friso o seguinte: “e que ninguém seja infiel (desleal) para com a mulher da sua mocidade” significa estabelecer com o casamento o mesmo compromisso que DEUS tem com suas promessas para o seu povo. Nosso amor conjugal deve ser exclusivamente reservado ao nosso cônjuge.

A maior alegria que o homem pode realizar na terra se encontra nesses dois relacionamentos de compromisso absoluto. A alegria não é encontrada no meio compromisso. Um homem que está sempre considerando outros empregos, nunca se comprometendo com seu atual emprego, é um homem instável, dividido entre duas opções.

É assim com a pessoa que tenta servir ao Senhor com meio compromisso. Ele anda entediado e desinteressado, com apenas a religião suficiente para ficar infeliz. Ele procura segurar o mundo com uma mão e o Senhor com a outra, e não acha a felicidade em nenhum dos dois.

Por outro lado, precisamos olhar para os apóstolos e os primeiros discípulos para ver que o compromisso absoluto, o tipo de compromisso que aceita perseguição e faz sacrifício, é um elemento básico da felicidade no Senhor (Atos 2:41-47 – De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos”; 5:40-42 – Concordaram, pois, com ele, e tendo chamado os apóstolos, açoitaram-nos e mandaram que não falassem em nome de Jesus, e os soltaram. Retiraram-se pois da presença do sinédrio, regozijando-se de terem sido julgados dignos de sofrer afronta pelo nome de Jesus. E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo”; 16:25 – Pela meia-noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os presos os escutavam”).

É assim com o casamento. Deus sabia que a alegria no casamento seria encontrada somente no compromisso absoluto. Portanto, ele ordenou pelo apóstolo Paulo: "...cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido" (1 Coríntios 7:2 – “Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido”.) Os cristãos de Coríntios estavam cercados pela tentação sexual. Até em meio aos pagãos, a cidade tinha reputação de imoralidade sexual e prostituição religiosa. Foi para esse tipo de sociedade que Paulo proferiu essas instruções referente ao sexo e ao casamento – não é diferente hoje em nossos dias e em qualquer lugar, inclusive dentro de algumas igrejas. Os coríntios precisavam de instruções específicas, especiais, por causa dos padrões imorais de sua cultura.

Essa declaração pode perturbar aqueles que, no passado, ignoraram o ensinamento dele (as conseqüências do pecado sempre são terríveis - Gálatas 6:7-8 – “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna”.), mas ela é para o benefício do homem, e vem de Deus, o qual manda para o nosso bem.

Certamente você ficaria surpreso se plantasse milho e colhesse abóboras. A lei natural diz que colhemos o que plantamos, e isso também é verdadeira para outras áreas. Aqueles que fazem mexericos a respeito de seus amigos perderão a amizade deles. Toda ação tem uma consequência. Se plantar para satisfazer seus próprios desejos, terá uma colheita de tristezas e pecados. Se plantar para agradar a DEUS, colherá alegria e vida eterna.

Que espécie de sementes você está semeando?

(Deuteronômio 10:13 – “Que guardes os mandamentos do SENHOR, e os seus estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem?”). Costumamos perguntar-nos: “O que DEUS espera de mim?” Aqui Moisés deu uma resposta simples e fácil de lembrar sobre o que DEUS espera de seu povo:

1.     Temor e reverência a ELE;

2.     Uma vida de acordo com a sua vontade;

3.     Amor;

4.     Adoração com todo o coração e a alma;

5.     Obediência a seus mandamentos.

Como costumamos complicar a fé, inventando regras, doutrinas e rituais! Você se sente frustrado e esgotado de tanto tentar agradar a DEUS? Concentre-se em fazer o que DEUS ordena e encontrará a paz. Respeite, siga, ame, adore e obedeça a DEUS!

Razões para o compromisso absoluto:

v Compromisso absoluto cria confiança no casamento. O marido não precisa se preocupar com a fidelidade de sua esposa, nem a esposa precisa se preocupar com a lealdade do marido, pois seu compromisso um com o outro é aberto e óbvio. Devido ao seu compromisso aberto, tentação à infidelidade quase não existe. Por outro lado, aqueles que têm meio compromisso serão frequentemente tentados, pois tentação é inerente ao compromisso parcial.

v Compromisso absoluto cria segurança no casamento. Segurança vem de confiança e permanência. Quando uma pessoa duvida se seu relacionamento com outra pessoa é forte e permanente, ela se sente insegura.

v Compromisso absoluto cria estabilidade no casamento. Já passaram os dias perturbados, instáveis e inseguros do namoro. Agora vem um relacionamento seguro e duradouro com um único parceiro.

v Compromisso absoluto constrói um alicerce sólido como a base do casamento. Sem esse alicerce, nenhuma família de qualidade será construída.

Gus Nichols escreveu uma vez que ele e sua esposa assistiram, no domingo anterior, às aulas bíblicas e dois cultos na congregação. Ele comentou que eles não tomaram a decisão naquele domingo, mas que a tomaram 40 anos antes, quando se tornaram cristãos. Ele disse que, quando apareceram em todas as reuniões da igreja, estavam meramente cumprindo o compromisso que haviam assumido 40 anos antes.

Semelhantemente, eu tenho colocado a minha cabeça no travesseiro todas à noite ao lado da minha esposa, e acordado todos os dias ao lado dela. Se Deus quiser, farei a mesma coisa hoje à noite e todas as noites e continuarei fazendo a mesma coisa enquanto nós dois vivermos. Não é que tomamos essa decisão agora, pois tomamos essa decisão há quase 35 anos. Meramente continuamos cumprindo o compromisso que fizemos muitos anos atrás.

"Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros" (Hebreus 13:4).

O verdadeiro amor aos outros produz ações tangíveis: como por exemplo, o respeito por seus votos de casamento. Certifique-se de que seu amor seja suficientemente profundo, a ponto de afetar sua hospitalidade, empatia, fidelidade e contentamento.

Amém!!!

Nossos contatos: 

Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
Nossos contatos: 
e-mail: prjacirailtonsilveira@gmail.com
Telefones: 0xx44 99900-9947

MATEUS 10·8 – “Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai”.