terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

O PIOR DE TODOS OS PECADOS

 

“saiba qual é, de que maneira se

manifesta e como vencê-lo”

“A soberba precede a ruína, e a

altivez do espírito precede a queda”

Provérbios 16:18

 

Introdução –

 

            Por que falar sobre o pecado?

            Não seria melhor falar uma mensagem de conforto em vez de uma mensagem de confronto?

            Não seríamos mais aceitos se exaltássemos as virtudes das pessoas ao invés de condenarmos os seus vícios?

            Prefiro deixar de ser bem-sucedido em meu ministério para pode ser bem-aventurado nele!

 

                        A primeira razão para falarmos sobre o pecado é porque apesar dele nos dar prazer, nunca nos dará alegria – o pecado nos garante muito prazer e pouca satisfação e no final nos deixa sem nenhum prazer e com uma imensa angústia, afinal não há como comer o fruto de dois sabores sem ter indigestão! (Gênesis 3:6 - "Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também").

            A segunda razão é para que entendamos que mais que uma mudança de comportamento, precisamos de uma mudança de coração – nosso problema não está no que fazemos, mas no que somos! O coração do problema é o problema do coração! Não são nossas ações o problema, mas nossas intenções!

 

            A terceira razão é para que aprendamos que não basta evitar o mal, é preciso detestar o mal – repudiamos o fruto, mas regamos as sementes! Abominamos o adultério, mas agasalhamos pensamentos impuros em nossa mente! Enquanto não amarmos o que Deus ama jamais odiaremos o que Ele odeia!

 

            A quarta razão é para que entendamos que é melhor confessarmos nossas inclinações do que nossas transgressões – é melhor que com esta exposição as escamas dos nossos olhos caiam e vejamos o quanto somos pecadores, antes de nós mesmos cairmos e os outros verem o quanto fomos pecaminosos! É melhor remover sementes do que arrancar árvores!

 

            A quinta razão é para que deixemos de ser um juiz severo com os outros e um advogado tolerante conosco – lembram-se de João 8 e o episódio da mulher adúltera? Pois é, naquela ocasião os acusadores voltaram acusados e a acusada voltou perdoada! Chega de ver o cisco no olho do outro e permanecer cego para com a trave em nossa vista! Não precisamos de um autoexame, mas sim de um exame do Alto! Com o autoexame corremos o risco de não enxergar o quão pecadores somos e consequentemente nos tornemos complacentes ou em vendo isso, entremos em desespero. Somente com a luz divina podemos dissipar as sombras e as trevas em nosso coração!

 

            Achei por bem trazer aqui O PIOR DOS PECADOS, em vez de começar com os sete pecados capitais, cuja lista não se encontra na Bíblia, embora todos os sete pecados sejam citados e condenados nela, mas que de certa forma é um bom ponto de partida para entendermos o que somos para só então chegarmos a desejar quem precisamos ser.

 

            Há várias outras listas de pecados na Bíblia, contendo muito mais do que sete pecados, e elas nunca tiverem a pretensão de serem exaustivas, mas servem como alerta para aqueles que buscam mais do que serem boas pessoas, porque querem ser novas criaturas!

            Veja algumas dessas listas em:

·         Provérbios 6:16-19

"Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, O coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, A testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos".

·         Gálatas 5:19-21

"Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus".

·         I Coríntios 6:10-13

"Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a fornicação, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo".

·         Apocalipse 21:8

"Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos — o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte".

 

            Os sete pecados capitais, portanto, nasceram com o cristianismo (romano). Eles são considerados aqueles males maiores de um homem, que podem despertar vários problemas. Apesar disso, eles só foram formalizados no século 6, quando o papa Gregório Magno, tomando por base as Epístolas de São Paulo, definiu como sendo sete os principais vícios de conduta.

            A lista se tornou  realmente oficial dentro da Igreja Católica no século 13, com a Suma Teológica, documento publicado pelo teólogo são Tomás de Aquino. O santo explica o que os sete pecados têm que os outros não têm, falando sobre o fato de serem capitais, por isso, os piores.

            A propósito, os sete pecados mencionados ganharam o “capital” no nome por serem os principais. Ou seja, aqueles que podem despertar todos os outros tipos de pecado.

            Veja a definição de cada um.

  • Gula -             A gula, em suma, é um desejo insaciável, muito mais do que aquilo que é necessário. Este pecado também está relacionado ao egoísmo humano, como, por exemplo, querer sempre mais e mais. A propósito, ele seria controlado pelo uso da virtude da temperança.
  • Avareza - Este significa o apego excessivo por bens materiais e por dinheiro, por exemplo. Ou seja, quando se prioriza o material, deixando todo o resto em segundo plano. O pecado da avareza, aliás, conduz à idolatria. Ou seja, o ato de tratar algo, que não é Deus, como se fosse Deus.

§  Luxúria - A luxúria, portanto, é o desejo passional e egoísta por prazer sensual e material. Também pode ser entendido em seu sentido original: “deixar-se dominar pelas paixões”.

§  Ira - A Ira é o intenso e descontrolado sentimento de raiva, ódio e rancor. Sobretudo, pode gerar sentimento de vingança. A ira, portanto, desperta o desejo de destruir aquilo que provocou sua ira. Inclusive, ela não atenta apenas contra os outros, mas pode voltar-se contra aquele que o sente.

§  Inveja - Uma pessoa invejosa ignora suas próprias bênçãos e prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio. O invejoso ignora tudo o que é e possui para cobiçar o que é do próximo.

§  Preguiça - É caracterizado pela pessoa que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza, de causa orgânica ou psíquica, que a leva à inatividade acentuada; o preguiçoso é sempre procrastinador.

§  Vaidade - A vaidade é associada à orgulho excessivo, arrogância e vaidade. Ela constantemente é considerada a mais perigosa de todas, por se manifestar aos poucos, sem parecer algo que possa realmente fazer mal.

            Para contrapor os pecados, e analisar uma forma de lidar com eles, foram criados as sete virtudes, que são:

  • humildade
  • disciplina
  • caridade
  • castidade
  • paciência
  • generosidade
  • temperança

 

            O pior de todos os pecados – o orgulho!

 

            Analisando o que é, porque ele é o pior de todos, de que maneira ele se manifesta e como podemos vencê-lo.

 

            I. O QUE É O ORGULHO –

            Lembre-se que no que se refere ao pecado não é tão importante saber o que ele é, mas sim o que ele é capaz de fazer! A Bíblia nuca se ocupou em tentar definir o que é pecado, mas ela é pródiga em mostrar o que ele faz, pois ele simplesmente é capaz de nos separar de Deus! (Isaías 59:2).

“Se eu tivesse apenas um sermão para pregar, seria um sermão contra a soberba” - G. K. Chesterton

  1. O orgulho não é o mesmo que vaidade – a vaidade é uma variação do orgulho, sua versão menor, mas não menos perigoso. O orgulhoso ignora a opinião dos outros acerca de si mesmo por estar convicto de sua superioridade, já o vaidoso precisa muito da opinião alheia para se sentir seguro acerca de si mesmo. A vaidade é o principio da corrupção, já orgulho é a própria corrupção em seu estado último. O vaidoso se centra no que os outros pensam acerca dele, já o orgulhoso se concentra no que ele pensa acerca de si mesmo!
  2. O orgulho não é o desejo de ter mais, mas o desejo de ser mais – a avareza é o desejo de ter mais que os outros, mas o orgulho é o desejo de ser mais que os outros! O orgulhoso é por natureza competidor! Ele não se importa em ser o primeiro, basta que seja o penúltimo, isto é, o que importa não é tanto quem está acima dele, desde que haja alguém abaixo dele!
  3. O orgulho não é apenas uma admiração desmedida por si mesmo, mas também pode se manifestar numa forte depreciação acerca de si – existem pessoas tão orgulhosas que chegam ao ponto de se desprezarem por não serem tudo aquilo que gostariam de ser. Tem gente que se ama tanto, que chega a se odiar por não conseguir ser tudo o que almeja! Essa é a pior forma de manifestação do pior tipo de pecado!
  4. O orgulho é transformar dádivas em conquistas – tudo o que somos, fazemos e temos vem do Pai das luzes; o Deus Eterno e Criador de tudo e de todos; e nunca foram produzidos por nós mesmos! Tudo que você tem, com exceção do pecado, foi dado por Deus por pura graça e nunca por algum mérito que você pudesse ter!

 

            II. PORQUE O ORGULHO É O PIOR DE TODOS OS PECADOS –

            Se orgulho foi capaz de transformar um anjo de luz no príncipe das trevas e o maior dos reis num jumento, o que ele não é capaz de fazer com pessoas como nós?

“O orgulho consiste em ocultar o quanto pensamos em nós mesmos e o quão pouco pensamos nos outros” - Mark Twain

  1. É pior de todos os pecados porque é um vício que pode se confundir com as melhores virtudes – o orgulho pode ser confundido com honra, auto-estima, personalidade forte, dignidade própria, brio etc. Quanto melhor um pecado se disfarça, pior o estrago que ele provoca!
  2. É pior de todos os pecados porque além de corromper outras virtudes, ele também é capaz de inflamar outros vícios – o orgulho é capaz de transformar a virtude da coragem em simples atrevimento, a virtude humildade em falsa modéstia, a virtude da perseverança em teimosia. Também agrava outros vícios, fazendo com que avarentos se tornem também roubadores, irascíveis se tornem assassinos etc.
  3. É pior de todos os pecados porque é usado pelo Diabo para vencer vícios menores – muitas vezes evitamos um pecado ou abandonamos um pecado, não por uma virtude, mas por esse que é o pior dos vícios. Deixamos de pecar, não porque tememos a Deus, mas porque tememos ser envergonhados. Não pecamos porque não queremos ser expostos ao ridículo e não porque não queremos ofender a Deus. O diabo fica feliz quando ele cura um resfriado nos dando como remédio um câncer!
  4. É pior de todos os pecados porque nos impede de cumprir o maior de todos os mandamentos – como podemos amar a Deus acima de todas as coisas se nos ocupamos em nos amar acima de qualquer coisa! Como podemos amar o próximo se o vemos como um inimigo com o qual competimos para alcançar algo, uma coisa a qual usamos para alcançar algo ou um nada que não pode nos dar algo!

 

            III. DE QUE MANEIRA O ORGULHO SE MANIFESTA –

            O fato do orgulho estar oculto, não significa que ele está ausente!

“Quanto mais detestamos o orgulho nos outros, mas o temos em nós mesmos” - C. S. Lewis

  1. O orgulho se manifesta não na maneira como tratamos os que estão ao nosso lado, mas em como tratamos os que estão abaixo de nós – pense em como você tem tratado aqueles que pensam diferente de você, possuem menos recursos que você, não estão dotados do mesmo conhecimento que o seu. Você os trata com compaixão ou desprezo? Os eleva acima de você ou os mantém abaixo de você?
  2. O orgulho se manifesta não apenas quando recebemos elogios, mas também quando outros recebem elogios – Certa vez quando foram elogiar Spurgeon sobre sua excelente mensagem, ele respondeu dizendo que o Diabo já o tinha elogiado antes de descer do púlpito! Mas, não é só quando somos elogiados que o orgulho se manifesta ou desperta em nós, ele também costuma surgir quando vemos outros sendo elogiados. Lembram-se de Saul quando ouviu a cantiga que dizia que se ele havia matado milhares, Davi havia matado dez milhares? Pois é, naquela ocasião o orgulho se manifestou na forma de inveja!
  3. O orgulho se manifesta não só quando todos concordam com o que dissemos, mas também quando alguns contrariam o que dissemos – em geral quando dizemos algumas coisas coerentes e as pessoas passam a concordar com a gente ao ponto de nem pensarem mais no que falamos, desde que tenha a nossa assinatura, podemos nos tornar orgulhosos. Porém, a pior forma de orgulho se mostra quando alguns nos contrariam, discordam do que argumentamos, e pior quando nos mostram que estávamos errados! Como o orgulhoso tem dificuldade em admitir erros, ele se manifesta quando contrariado na forma de ira! Quando se acabam os argumentos numa conversa, se começa o orgulho numa discussão!
  4. O orgulho se manifesta não quando não conseguimos ser humildes, mas quando tomamos consciência de que temos sido humildes – por incrível que pareça o orgulho surge na hora em que tomamos conhecimento de que temos sido humildes, portanto não deixe que seus olhos saibam o que suas mãos tem feito de bom. Podemos se orgulhar de sermos humildes!

 

            IV. COMO VENCER O ORGULHO –

            Um bom começo para vencer o orgulho é admitir que temos sido orgulhosos, pois a pessoa que até agora não assumiu que é orgulhosa, essa é sem dúvida a mais orgulhosa de todas! Agradeça a Deus por suas fraquezas, imperfeições, faltas e dificuldades, pois eles são mensageiros de Satanás esbofeteando você para mantê-lo humilde!

“Deus criou tudo do nada, e tudo o que Deus usa, primeiro Ele reduz a nada” - Soren Kierkegaard

1.      Vencemos o orgulho quando não esquecemos de quem fomos para não deixar de ser quem somos – esquecemos de que um dia fomos pecadores miseráveis, destituídos da glória de Deus! Lembre-se que todo santo teve um passado do qual se envergonhar, e todo pecador tem um futuro no qual se gloriar! Vejam Pedro! Ele era Simão, mas Jesus o tornou Pedro, mas no dia em que ele se esqueceu de que havia sido um Simão, ele deixou de ser Pedro!. Jesus quando o viu pela primeira vez o chamou de Pedro, e o chamou de Pedro desde então até o dia em que ele começou a se engrandecer perante os outros apóstolos, dizendo que era capaz de morrer por Jesus, nessa ocasião Jesus não o chama de Pedro, mas de Simão, para tentar relembrá-lo de quem ele havia sido, pois ele corria o risco de deixar de ser quem ele havia se tornado. O resto da história vocês já sabem … (Lucas 22:31 - "Simão, Simão, Satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos".

2.      Vencemos o orgulho quando o nosso rosto brilha e ao invés de um espelho, usamos um véu – vocês se recordam do dia em que o rosto de Moisés brilhou? Ele fez o que? Usou um espelho para ficar contemplando sua cara de holofote? Não, ele usou um véu para não chamar a atenção para si! (Êxodo 34:29-35).

3.      Vencemos o orgulho quando paramos de nos comparar com os publicanos e passamos a nos comparar com Jesus – somos como fariseu na parábola de Lucas 18, olhamos somente para os publicanos quem estão abaixo de nós e nunca para Aquele que está acima de todos nós! Não basta dizer que não somos tão ruins quanto os publicanos, pois a questão é que nunca seremos tão bons quanto Jesus! Ao olharmos para Ele, caímos sobre o nosso rosto, pois além de ver o quanto Ele é santo, vemos o quanto somos pecadores! Adoração é a resposta para o pecado do orgulho, pois na adoração nasce em nós a virtude da humildade! Não deixe que aquilo que você tem o distraia daquilo que lhe falta! Vejam o exemplo de Paulo, ele começa se considerando o menor dos apóstolos (I Coríntios 15:9), depois passa a se considerar o menor de todos os santos (Efésios 3:8) e chega ao fim da vida se considerando o principal dos pecadores (I Timóteo 1:15). Isso sim é humildade, considerar os outros superiores a si mesmo!

4.      Vencemos o orgulho não quando pensamos menos de nós mesmos, mas quando pensamos menos em nós mesmos – humildade não é pensar menos de si mesmo, isso é complexo de inferioridade e não humildade . Humildade é pensar menos em si mesmo e mais em Deus e nos outros. A humildade é uma virtude discreta, quase secreta! Humildade, como já disse alguém, é como roupa íntima, é absolutamente essencial, mas quando aparece é indecente!

 

            CONCLUSÃO –

            Esse foi primeiro dos sete pecados capitais, há outros, como: a inveja, a ira, a luxúria, a gula, a avareza e a preguiça.

            Para pensar –

Você não precisa ser o pior dos pecadores para cometer o pior de todos os pecados!”

 

 

23/02/2021

 

Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA

Teólogo e Pastor

Membro do CFP - Conselho Federal de Pastores

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sábado, 6 de fevereiro de 2021

PLANEJANDO SER PRÓSPERO - DOM DE DEUS

 

                                    A Bíblia fala de prosperidade finanças e riquezas, apesar de algumas pessoas pensarem que não. Do Antigo ao Novo Testamento, mais de quinhentos versículos bíblicos falam especificamente do dinheiro. A falta de entendimento sobre este assunto tem dado espaço a muitas distorções que são ensinadas entre os cristãos. Por isto é fundamental entender o verdadeiro conceito de prosperidade na Bíblia.

                                   O próprio Jesus falou sobre dinheiro ou riquezas durante seu ministério terreno. Quase 1/4 do Sermão do Monte aborda de alguma forma a área financeira. Muitas das parábolas de Jesus também trazem alguma lógica financeira em sua narrativa.

                                   Em primeiro lugar, a Bíblia mostra que a verdadeira prosperidade, em todos os sentidos, é um dom de Deus. Isso significa que Deus é a fonte das riquezas!

                        Moisés afirma que é Deus quem dá a força necessária para que alguém adquira riquezas (Mas, lembrem-se do Senhor, do seu Deus, pois é ele que lhes dá a capacidade de produzir riqueza, confirmando a aliança que jurou aos seus antepassados, conforme hoje se vê. Deuteronômio 8:18).

                        Josué Cumpre a promessa de Deus sobre Calebe:

Por isso naquele dia Moisés me jurou: Certamente a terra em que você pisou será uma herança perpétua para você e para os seus descendentes, porquanto você foi inteiramente fiel ao Senhor, ao meu Deus’.

"Pois bem, o Senhor manteve-me vivo, como prometeu. E foi há quarenta e cinco anos que ele disse isso a Moisés, quando Israel caminhava pelo deserto. Por isso aqui estou hoje, com oitenta e cinco anos de idade! Ainda estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; tenho agora tanto vigor para ir à guerra como naquela época. Dê-me, pois, a região montanhosa que naquela ocasião o Senhor me prometeu. Na época, você ficou sabendo que os enaquins lá viviam com suas cidades grandes e fortificadas; mas, se o Senhor estiver comigo, eu os expulsarei de lá, como ele prometeu".

Então Josué abençoou Calebe, filho de Jefoné, e lhe deu Hebrom por herança.
Por isso, até hoje, Hebrom pertence aos descendentes de Calebe, filho do quenezeu Jefoné, pois ele foi inteiramente fiel ao Senhor, ao Deus de Israel.

Hebrom era chamada Quiriate-Arba, em homenagem a Arba, o maior dos enaquins. E a terra teve descanso da guerra. - Josué 14:9-15

                                   O cronista descreve o rei Davi louvando ao Senhor e confessando que todas as riquezas estão sob seu controle (Davi louvou o Senhor na presença de toda a assembléia, dizendo: "Bendito sejas, ó Senhor, Deus de Israel, nosso pai, de eternidade a eternidade. Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás acima de tudo. A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a todos. Agora, nosso Deus, damos-te graças, e louvamos o teu glorioso nome. "Mas quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos contribuir tão generosamente como fizemos? Tudo vem de ti, e nós apenas te demos o que vem das tuas mãos. 1 Crônicas 29:10-14).

                                   Através do ministério do profeta Ageu, o próprio Deus declara: Minha é a prata e meu é o ouro "Tanto a prata quanto o ouro me pertencem", declara o Senhor dos Exércitos. Ageu 2:8).

                        É inegável que faz parte da vida financeira do cristão a contribuição com a obra do Senhor. A verdade de que somos chamados a custear o avanço do reino de Deus na terra com nossos recursos financeiros é muito clara.

                        Na Parábola do Mordomo Infiel Jesus conclui dizendo que o cristão deve fazer amigos para a eternidade usando a riqueza deste mundo. Isto significa que devemos empregar nossos recursos de forma generosa com a finalidade de garantir a proclamação do Evangelho. Um dia aqueles que custearam cada empreendimento missionário, incluindo a manutenção das igrejas locais, se encontrarão nas moradas celestiais com os frutos desse trabalho.

                        O apóstolo Paulo também ensina que os cristãos devem contribuir alegremente, abundantemente e proporcionalmente à sua renda (Quanto à coleta para o povo de Deus, façam como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar. 1 Coríntios 16:1,2).

                        No entanto, toda a contribuição para a obra do Senhor nunca deve ser feita como um tipo de barganha para se ter uma vida financeira próspera. Nossos dízimos e ofertas devem ser um tipo de adoração, um louvor que expressa nossa gratidão pelas bênçãos de Deus.

                        Mesmo no Antigo Testamento quando o povo de Israel enxergava a relação direta entre prosperidade e obediência, o favor de Deus jamais era visto sob a base do mérito humano, mas da graça divina. As bênçãos que Deus derramava sobre seu povo era resultado de um favor imerecido!

                        Portanto, o verdadeiro cristão tem o dever de contribuir com a obra do Senhor. Mas jamais ele deve enxergar essa contribuição como uma moeda de troca para o bem de sua vida financeira.

1.     Planejamento

"Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la?

Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar’.

"Ou, qual é o rei que, pretendendo sair à guerra contra outro rei, primeiro não se assenta e pensa se com dez mil homens é capaz de enfrentar aquele que vem contra ele com vinte mil?

Se não for capaz, enviará uma delegação, enquanto o outro ainda está longe, e pedirá um acordo de paz". Lucas 14:28-32

                        Na Parábola do Construtor da Torre, Jesus supõe a construção de uma torre em uma fazenda. O texto não explica que tipo de torre seria essa. Poderia ser uma torre de vigia para o fazendeiro proteger seu campo, ou uma torre para armazenagem de ferramentas e suprimentos que também poderia ser utilizada como residência temporária.

                        Considerando a ênfase dada por Jesus ao custo da torre, é provável que a última possibilidade seja a mais correta, já que uma simples torre de vigia em uma vinha tinha um custo muito menor do que um tipo de edifício agrícola.

                        O que se sabe é que na época possuir uma torre em sua fazenda representava mais prestigio para o fazendeiro, além de valorizar sua propriedade.

                        Todavia, Jesus ensina que se não for feito um planejamento correto dos custos da construção os recursos poderão acabar antes que o empreendimento esteja completo, então todo o respeito, prestígio e valorização que tal torre poderia trazer ao fazendeiro irão por água a baixo, e em vez disso ele será alvo de chacota e ganhará fama de imprudente.

                        Já na Parábola do Rei Guerreiro, Jesus fala da avaliação estratégica que deve ser feita por um rei antes de entrar em batalha, a fim de analisar se com seu exército de 10 mil soldados poderá enfrentar um exército que possui o dobro do tamanho do seu.

                        Essa avaliação precisa ser muito honesta e sincera, para que se caso julgar não ter condições de enfrentar seu oponente, o rei possa enviar uma comissão de embaixadores para apresentar um acordo de paz antes que o exército inimigo venha até ele. Assim não apenas seus recursos serão poupados, mas a vida de seus homens também.

                        As duas parábolas são curtas e objetivas. Na Parábola do Construtor da Torre a lição é bem clara: PLANEJE E AVALIE O CUSTO ANTES DE AGIR.

                        Já na segunda parábola a lição que segue é: AVALIE AS POSSIBILIDADES DE SUCESSO, TOME UMA AÇÃO E ESTEJA DISPOSTO A CEDER.

                        Entretanto, quando colocamos essas duas parábolas como partes de um mesmo ensino, podemos perceber uma importante verdade.

                        Na primeira parábola o fazendeiro precisa tomar uma decisão, isto é, ele pode fazer ou não fazer a torre.

                        Na segunda parábola o rei também precisa tomar uma decisão, porém ele não tem a liberdade do fazendeiro, ele obrigatoriamente precisa fazer alguma coisa, ou seja, ou vai à guerra ou cede um acordo de paz.

                   Tentar construir a torre e não terminá-la traz sérios problemas para o fazendeiro, que se torna objeto do ridículo, como da mesma maneira o prejuízo de uma batalha inconsequente é irreversível.

                        Qual será a motivação principal do que você faz ou pretende fazer?

2.      Motivação Correta

"Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo". Colossenses 3:23,24

                        Tudo o que fazemos deve ser para a sua glória, para exaltar o seu nome e para o crescimento do seu reino. Isso inclui a responsabilidade do cristão para com os empregadores

                        Se levamos a sério viver e andar como Deus deseja, devemos tratar o nosso ambiente de trabalho como um lugar para influenciar a vida daqueles com os quais temos contato.

                        Devemos ter o cuidado de não sermos presunçosos, achando que os colegas de trabalho, os vendedores, supervisores, etc. não se interessam por assuntos espirituais. Vivemos numa época em que as pessoas têm problemas tremendos. Ouvimos gritos de socorro daqueles que nos cercam. Quantas vezes não ouvimos as pessoas dizer: “Parece que falta algo em minha vida”? O povo de Deus tem a resposta. Podemos preencher o vazio!

                        Assim, devemos olhar para o exemplo de Cristo em tudo o que dizemos ou fazemos.

                        O rei Salomão disse: Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças (Eclesiastes 9:10)

                        Ao fazermos esse esforço de darmos ao nosso empregador tudo o que temos, devemos entender as cláusulas do contrato de trabalho. É importante sabermos quando e onde devemos trabalhar; quais os horários que os nossos empregadores querem que estejamos trabalhando. Será que essas horas coincidem com outros compromissos que assumimos (por exemplo: momentos importantes em reunião com a igreja ou com a família)? Será que esse emprego nos afastará da família de tal modo que nos prejudique (p. ex.: muitas viagens ou horas extras demais)? Quanto esse emprego paga? Será que é suficiente para sustentar a minha família? Será que a compensação é bastante justa para o esforço empreendido? Todas essas são perguntas importantes que devemos fazer antes de aceitar um emprego. Muitas vezes essas questões passam despercebidas até o primeiro pagamento ou a primeira viagem de negócios. Isso faz com que alguns negligenciem o trabalho que receberam.

                        Entendemos que servir com fidelidade aos nossos empregadores é agradável ao Senhor. Deus nos disse: Servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre(Efésios 6:5-8).

                        Como os funcionários se esforçam para fazer a vida de modo honesto, vamos buscar as coisas lá do altoe pensar nas coisas lá do alto(Colossenses 3:1-2). O nosso Senhor está sempre com os seus filhos e sempre podemos depender de sua ajuda em qualquer momento de nossa vida.

                        Lembre-se das palavras do rei Davi, quando incentivou seu filho Salomão a construir o templo do Senhor: Sê forte e corajoso e faze a obra; não temas, nem te desanimes, porque o SENHOR Deus, meu Deus, há de ser contigo; não te deixará, nem te desamparará, até que acabes todas as obras para o serviço da Casa do SENHOR(1 Crônicas 28:20)

3.     Todo Empreendimento Tem Riscos e Adversidades

"Quando o faraó deixou sair o povo, Deus não o guiou pela rota da terra dos filisteus, embora este fosse o caminho mais curto, pois disse: "Se eles se defrontarem com a guerra, talvez se arrependam e voltem para o Egito".

Assim, o Senhor fez o povo dar a volta pelo deserto, seguindo o caminho que leva ao mar Vermelho. Os israelitas saíram do Egito preparados para lutar". Êxodo 13:17,18

                        Deus viu que se fosse pelo caminho mais curto, eles iriam voltar para o Egito, para o sofrimento. Deus em sua sabedoria não nos dá de pronto os resultados, ele sempre vai nos levar para um treinamento, é para que não desistamos quando chegar as primeiras dificuldades.

                   "O DESÂNIMO NÃO PODE ENTRAR ANTES QUE A INSPIRAÇÃO OU DA VISÃO DO SUCESSO; SE ELE CHEGAR ANTES DE VOCÊ VER O QUE JÁ FOI CAPAZ DE PERCORRER E DO QUANTO ESFORÇO DESPENDEU, VERÁ QUE A DIFICULDADE QUE APARECEU VALE A PENA ENFRENTÁ-LA EM VEZ DE DESISTIR; SE O DESÂNIMO CHEGAR ANTES DE HAVER LUTADO, VOCÊ DESISTE SEM TENTAR PRIMEIRO".

                        Deus nos trata assim para que esgotemos todos os nossos meios e recursos lutando pelo nosso objetivo a ser alcançado; lá na frente, após percorrido um bom trajeto do seu objetivo, Deus vem com solução de sabedoria para você atingir o sucesso.

                        Em todas as situações da vida nós vamos encontrar dificuldades; mas Deus não dá ênfase aos problemas e às dificuldades que teremos no nosso caminhar; Ele não dá moral para o problema e para as dificuldades; Ele dá ênfase para o final e o objetivo alcançado; isto é para que você não desista sem que tenha antes empenhado e lutado sem que tenha aprendido com as dificuldades encontradas pelo caminho.

 

4.     Ninguém Nasce Grande e Sabendo de Tudo - é Um aprendizado

"Ainda tenho muitas coisas para lhes dizer, mas vocês não poderiam suportar isso agora. Porém, quando o Espírito da verdade vier, ele ensinará toda a verdade a vocês. O Espírito não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que ouviu e anunciará a vocês as coisas que estão para acontecer". João 16:12-13

                        Se Deus nos revelasse tudo o quanto teremos para passar e viver no transcorrer e realização de um projeto e até mesmo em relação a nossas vidas, não teríamos estrutura física e emocional e até espiritual para suportar de imediato esta informação por inteira.

                        Se Deus for exageradamente honesto em relação a tudo em um nosso projeto e aspiração, ele desestabiliza o emocional do ser humano; na medida que vamos avançando na realização dos nossos objetivos, Ele vai dosando as informações quanto o que há de acontecer. Conforme os acontecimentos chegam, Ele chega com a sabedoria para nos conduzir, e nós teremos só que avançar, como deve ser para o objetivo daquilo que projetamos e desejamos realizar; é uma simbiose entre o executar e o dirigir para a execução, que são coisas realizadas por nós, mas com orientação divina para alcançar o objetivo.

                        Se em um projeto focarmos com muita ênfase somente nos problemas e dificuldades que enfrentaremos, certamente desistiremos; mas se focarmos em cada etapa a ser transposta e a cada uma indo executando dentro do prognosticado e planejado, teremos os resultados desejados. é preciso obedecer a sequencia dos fatos e atos focando exclusivamente no que é imediatamente preciso realizar; diferente disto, certamente não chegaremos a um bom resultado, o esperado e desejado.

 

A M É M  !!!!!!!

MINISTRAÇÃO PARA EMPRESÁRIOS - 06/01/2021

 

 

Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA

Teólogo e Pastor

Membro do CFP - Conselho Federal de Pastores

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