HONRA NA FAMÍLIA
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA –CFP - C-1280
Há
princípios críticos para o sucesso na família. Considere alguns:
O
PLANO DE DEUS É SEMPRE MELHOR. Como criador da família, Deus tem a autoridade e sabedoria para fazer
leis e dar liderança para os melhores relacionamentos possíveis.
ESFORÇANDO-SE
PARA O IDEAL.
Devemos esforçar-nos para deixar as nossas famílias o mais próximo possível do
ideal, em vez de procurar brechas ou exceções como desculpas para nossas
preferências ou falhas
EU
SOU RESPONSÁVEL POR MIM. O plano de Deus é baseado em cada indivíduo fazer o melhor. Cada um
deve cumprir com suas responsabilidades pessoais independente daquilo que
cônjuges/filhos/pais/sociedade... fazem.
OLHAR
PARA OS OUTROS.
A chave para relacionamentos bem-sucedidos e satisfatórios é considerar que os
outros são mais importantes do que nós mesmos. Ter a segurança pessoal capaz de
sacrificar pelos outros é a única base certa para uma família ideal..
COM
DEUS, TODAS AS COISAS SÃO POSSÍVEIS. Pela deterioração da família na sociedade pareceria que é impossível
ter uma família devota. Mas o cristão acredita em Deus, não em si mesmo.
Confiar em Deus e seguir seus planos é o único caminho ao sucesso verdadeiro.
QUANDO
ESSES PRINCÍPIOS SÃO NEGLIGENCIADOS, FAMÍLIAS FALHAM
Quando
uma família cresce e prospera não é por acaso. Da mesma forma quando famílias
falham não é por acaso. Muitas vezes é porque algum princípio na palavra de
Deus tem sido negligenciado.
Um
princípio crítico para o crescimento espiritual de uma família, no entanto
freqüentemente negligenciado é o da honra. Os apóstolos ensinaram que os
cristãos deviam honrar uns aos outros. “Igualmente vós, maridos, coabitai
com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como
sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida...” (1 Pedro 3:7 RC). “Filhos,
obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua
mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de
longa vida sobre a terra” (Efésios 6:1-3). “Amai-vos cordialmente
uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos
12:10).
A
DEFINIÇÃO DE HONRA
No
Velho Testamento, a palavra honra literalmente significava “pesado”. No Novo
Testamento, honra significava “um apreço”. O apóstolo Pedro disse que o sangue
do Filho de Deus era pesado, extremamente precioso e muito mais valorizado do
que “coisas corruptíveis, como prata ou ouro” (1 Pedro 1:18).
Honrar a Deus é colocar um valor maior nele do que em qualquer coisa na terra
ou no céu.
Da
mesma forma, quando “honramos” uma pessoa falamos que ela é extremamente
valiosa aos nossos olhos. Dizemos que quem ela é e o que ela diz tem um peso
grande. O apóstolo Paulo disse, “e os que nos parecem menos dignos no
corpo, a estes damos muito maior honra” (1 Coríntios 12:23). Paulo
disse aos Filipenses sobre Epafrodito, “Recebei-o, pois, no Senhor, com
toda a alegria, e honrai sempre a homens como esse” (Filipenses 2:29).
A
DEFINIÇÃO DE DESONRA
O
oposto aplica-se à desonra. Podemos, pelo o que falamos e a maneira que
tratamos uma pessoa, comunicar a ela que ela é de pouco valor para nós; que as
suas palavras e seus esforços tem “pouco peso” no nosso modo de ver.
A
palavra desonra nos dias de Jesus significava “neblina” ou “vapor” que sobe de
uma panela de água fervente. Era a coisa mais insignificante para os gregos.
Uma
grande ilustração de desonra está em Mateus 27:9-10. “…Tomaram as trinta
moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de
Israel avaliaram; e as deram pelo campo do oleiro, assim como me ordenou o
Senhor” (a palavra preço era a mesma palavra grega que honra.) Em
outras palavras, eles colocaram o valor do precioso Filho de Deus em trinta
moedas de prata. A desonra está no preço. Seu valor para Judas era apenas um
pouco mais do que o vapor que sobe de uma panela de água. Ele não tinha valor
para Judas.
ILUSTRAÇÕES
DE DESONRA NA FAMÍLIA
A
gora vamos fazer algumas aplicações concretas na família. Uma pesquisa foi
feita com famílias nos Estados Unidos e perguntaram às pessoas “Quais são os
dez atos mais desonrosos no lar?” Aqui estão os resultados:
1. Ignorar ou não considerar as opiniões, os
conselhos ou as crenças de outras pessoas.
2. Envolver-se na televisão ou no jornal enquanto
outra pessoa tenta se comunicar conosco.
3. Fazer piadas sobre as fraquezas ou falhas de
uma outra pessoa.
4. Fazer ataques verbais regulares contra um
amado: criticar severamente, julgar, dar broncas sem carinho.
5. Não dar a devida importância à família do
cônjuge ou a outros parentes no seu planejamento e comunicação.
6. Ignorar ou simplesmente não expressar gratidão
por atos bons feitos para nós.
7. Praticar hábitos de mal gosto em frente da
família – mesmo quando pedem que paramos.
8. Comprometer-nos exageradamente com outros
projetos ou pessoas de maneira que tudo fora do lar pareça ser mais importante
do que aquilo dentro do lar.
9. Lutas pelo poder que deixam uma pessoa se
sentindo que é uma criança ou que está sendo severamente dominada.
10. Falta de vontade de admitirmos que estamos errado ou de
pedir perdão.
A
maioria de nós já observou até certo ponto esse tipo de comportamento seja nos
nossos lares ou nos dos outros. Às vezes são os filhos desonrando os pais, e
outras vezes são os pais desonrando os próprios filhos.
AS
CONSEQÜÊNCIAS DE NEGLIGENCIAR ESSE PRINCÍPIO
Cada
decisão que tomamos ignorando o plano de Deus traz conseqüências. No caso de
uma família onde não há honra, casamentos são arruinados e filhos se rebelam.
Paulo avisou aos pais para “não provoqueis vossos filhos à ira” (Efésios
6:4) e “não irriteis os vossos filhos” (Colossenses 3:21).
Certamente isso acontece quando os pais rebaixam seus filhos, ignoram-os,
criticam-os severamente, dão broncas sem carinho, comprometem-se exageradamente
a outras coisas, ou quando um pai comete um erro e se recusa a pedir o perdão
dos seus filhos. Raiva, irritação e rebelião resultam porque o que nós dizemos
ou a maneira que tratamos uma criança mostra-lhe que é de pouco valor para nós.
Também não é incomum ver um cônjuge deixar um casamento porque é
maltratado.
Por
que tratamos as pessoas que “amamos tanto” com tão pouco respeito? Às
vezes é o que aprendemos dos nossos pais. Às vezes é relacionado a ego. Uma
pessoa que tem pouco respeito para ela mesma às vezes tentará se sentir maior
humilhando outra pessoa. Seja qual for o motivo, os danos são incalculáveis.
COMO
PODEMOS RESTAURAR A HONRA NOS NOSSOS LARES?
1.
DECIDIR
honrar ou valorizar mais as outras pessoas. Enfatizamos a palavra decidir porque
honra não é um sentimento, é uma decisão. Deus não ordena sentimentos, mas nos
ordena a pensarmos e agirmos de certa formas. Deus disse, “tratai todos
com honra” (1 Pedro 2:17), “preferindo-vos em honra uns aos
outros” (Romanos 12:10), “considerando cada um os outros
superiores a si mesmo” (Filipenses 2:3), e “os que nos parecem
menos dignos no corpo, a estes damos muito maior honra” (1 Coríntios
12:23). Primeiro temos de decidir que as pessoas são valiosas e principalmente
aquelas que Deus pôs sobre nossos cuidados.
Alguém
teve uma idéia brilhante. Decidiram chamar móveis velhos de “antigüidades”.
Agora pessoas compram esse móveis velhos por preços absurdos. Até pagam
quantidades razoáveis para restaurar os móveis antigos para fazê-los parecerem
novos. O que aconteceu para aqueles móveis antigos se tornarem antigüidades?
Seu valor aumentou. Por que? Porque decidimos que eles são mais valiosos para
nós do que antes. Se podemos fazer isso com móveis, podemos fazer com pessoas.
2. AGIR
de acordo com nossa decisão. Enfatizamos a palavra agir
porque honra envolve fazer, mostrar e expressar. O apóstolo Paulo disse para os
maridos serem o cabeça, amarem suas esposas, sacrificarem-se por elas,
alimentarem e cuidarem delas (Efésios 5:22-31). Às esposas foi dito para serem
submissas, temerem e respeitarem seus maridos (Efésios 5:22-33). É dito aos
filhos que devem obedecer seus pais (Efésios 6:1). Há muitas outras coisas que
podemos fazer para mostrar que valorizamos as pessoas da nossa família. Como
seria se quando o marido voltasse do trabalho, sua família o encontrasse na
porta, os filhos demonstrassem alegria com a sua chegada e a esposa se
arrumasse para mostrá-lo que ele é valioso para ela? E como seria se quando a
esposa chegasse do mercado encontrassem-na na porta com um tapete vermelho,
encorajassem a a sentar e descansar enquanto os filhos guardassem as compras e
o marido preparasse um jantar especial para ela? Como seria se, quando os
filhos chegassem da escola, os pais parassem o que tivessem fazendo, preparassem
um lanche e ouvissem enquanto os filhos lhes dissessem como foi seu dia?
A
atitude de honra e as ações que acompanham criarão um ambiente saudável e
aconchegante onde a família possa crescer.
E
SE AS PESSOAS NÃO MERECEM HONRA?
É
verdade que algumas pessoas possam não merecer honra devido a sua conduta.
Talvez um cônjuge agiu com ódio ou sem amor, ou um filho foi rebelde. Mas é
interessante o que Pedro disse: “tratai todos com honra” (1 Pedro
2:17). Ele continuou a dar exemplos de quem devemos respeitar. Ele disse “Servos,
sede submissos, com todo o temor ao vosso senhor...também ao perverso” (1
Pedro 2:18). Ele disse “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso
próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem
palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa,” (1 Pedro 3:1).
Parece que Pedro estava indicando que nossa obrigação a mostrar honra aos
outros não depende da maneira que eles nos tratam.. Paulo disse a Timóteo “Não
repreendas ao homem idoso” quando ele precisasse de correção (1 Timóteo
5:1), e para “Todos os servos que estão debaixo de jugo considerem dignos
de toda honra o próprio senhor, para que o nome de Deus e a doutrina não sejam
blasfemados” (1 Timóteo 6:1). As pessoas talvez não mereçam honra, mas
nossa preocupação com Deus e sua glória nos levará a tratar até as pessoas
desonrosas com respeito.
Vale
a pena observar que o próprio Deus nos deu valor quando não merecíamos nada.
“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido
por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8). Isso torna todos os
homens iguais. Somos todos pecadores. Nenhum de nós merece honra pela virtude
de obediência perfeita ao Senhor. O apóstolo João disse, “Nisto consiste
o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou
o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal
maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros” (1 João
4:10-11). Apenas quando nos vemos como receptores do favor não merecido de
Deus, podemos decidir a amar e honrar as pessoas da nossa família mesmo que
elas não “mereçam” nosso amor.
CONCLUSÃO
No
Velho Testamento, muitas vezes, Deus nos deixou olhar pela janela de várias
famílias – Adão e Eva, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Davi. Suas janelas
freqüentemente eram deixadas abertas para que pudéssemos ver como elas foram
abençoadas quando obedeciam a Deus e como tiveram dificuldades quando
desobedeciam. Freqüentemente sofreram porque não estavam olhando para as coisas
uns dos outros, mas apenas para as próprias. Às vezes, pelo fato de não
honrarem uns aos outros, havia amargura, ciúmes e até assassinato.
O
que uma pessoa veria se olhasse pela sua janela? Mais importante ainda é: o que
Deus vê quando observa os pais e filhos no seu lar? Ele vê amor, respeito,
consideração, valorização e honra? Se não, você deve considerar o primeiro
princípio mencionado neste artigo – o plano de Deus é sempre melhor. Se
queremos famílias fortes, saudáveis e felizes, teremos de reconhecer que o
plano de Deus é o melhor, implantar esse plano nas nossas próprias vidas e
depois dividir esse plano com os outros na nossa família.
Amém!!!
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
Nossos contatos:
e-mail: jacirailtondasilveira@gmail.com
Telefones: 0xx44 99900-9947
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
Nossos contatos:
e-mail: jacirailtondasilveira@gmail.com
Telefones: 0xx44 99900-9947