O
ASPÉCTO ESQUECIDO DO CASAMENTO
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA –CFP - C-1280
Na grande controvérsia sobre o
casamento, divórcio e novo casamento, tão frequentemente negligenciamos o fato
de que o casamento é uma promessa solene – um
compromisso de um homem e uma mulher entre si – feita diante de Deus, para toda a vida. Mesmo se não
fosse governada pelos decretos especiais dados por Deus (que é), seria
pecaminoso quebrar tal aliança.
O conceito de honrar o compromisso é um
princípio claramente ensinado em todas as Escrituras. Como um exemplo: “Ainda
que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou
lhe acrescenta alguma coisa” (Gálatas 3:15). Em outra versão diz: “... Um testamento, embora de homem, uma vez confirmado,
ninguém o anula, nem lhe acrescenta coisa alguma”. Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum
valor enquanto o testador vive? (Hb. 9:17).
Entretanto, o casamento é muito mais do
que uma aliança meramente humana, ou um testamento sobre algo. (Mateus 19:6 – “Assim já não são mais dois, mas um só carne.
Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem”). João foi aprisionado e morto; um dos fatores que
colaboraram para isso foi a sua manifesta opinião sobre o casamento e divorcio.
Os fariseus esperavam apanhar JESUS na
mesma armadilha. Tentaram fazer com que o Mestre fosse apanhado em
controvérsias teológicas.
Duas escolas de pensamento apresentavam
diferentes opiniões sobre o divórcio. Um grupo apoiava o divórcio por qualquer
razão, enquanto o outro acreditava que só deveria ser permitido em caso de
infidelidade conjugal. Esse conflito tinha a sua origem em diferentes
interpretações do texto em Deuteronômio 24:1-4.
Entretanto, a resposta de JESUS deu
mais ênfase ao casamento do que ao divórcio. ELE afirmou que DEUS desejava que
o casamento fosse permanente e deu razões que justificavam a importância do
matrimônio – Mateus 19:4-6.
Uma vez que o pecado de quebrar tal
aliança é cometido, como a pessoa volta para um relacionamento apropriado com
Deus?
A pessoa, sendo cristão ou não, deve se
arrepender do pecado. Isto significa que deve haver uma tristeza segundo Deus
(2 Coríntios 7: 9-11 – “agora folgo, não porque fostes contristados, mas
porque o fostes para o arrependimento; pois segundo Deus fostes contristados,
para que por nós não sofrêsseis dano em coisa alguma. Porque a tristeza segundo
Deus opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a
tristeza do mundo opera a morte. Pois vêde quanto cuidado não produziu em vós
isto mesmo, o serdes contristados segundo Deus! sim, que defesa própria, que
indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança! Em tudo provastes
estar inocentes nesse negócio”).
O sofrimento por nossos pecados pode
resultar em mudanças de comportamento. Muitas pessoas sentem tristeza apenas
pelos efeitos de seus pecados ou por terem sido surpreendidas pecando (este é o
sofrimento sem arrependimento).
Compare o remorso e o arrependimento de
Pedro com a amargura e o ato suicida de Judas. Ambos negaram a CRISTO. Um se
arrependeu e foi restaurado à fé e ao serviço; o outro tirou a própria vida.
É difícil sermos confrontados em
virtude de nossos pecados, e é ainda mais difícil livrarmo-nos deles. Paulo
elogiou os coríntios por terem esclarecido uma situação especialmente
problemática.
Você tende a ser defensivo quando
confrontado?
Não deixe que o orgulho o impeça de
admitir seus pecados. Aceite a correção como uma ferramenta que auxiliará em
seu crescimento e faça tudo o que puder para corrigir os problemas que lhe são
apontados; e todo esforço de eliminar todos e quaisquer efeitos negativos
causados pelo próprio pecado.
Jesus indicou que mesmo nossas ofertas
no altar são sem sentido se nosso irmão tem alguma coisa contra nós (Mateus
5:23-24 – “Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no
altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali
diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e
depois vem apresentar a tua oferta”).
Relações rompidas podem dificultar o
nosso relacionamento com DEUS. Se tivermos uma mágoa ou uma queixa contra um
amigo, devemos solucionar o problema o mais breve possível. Aqueles que reivindicam
amar a DEUS, odiando os outros, são hipócritas.
Nossas atitudes em relação ao próximo refletem
o nosso relacionamento com DEUS – I João 4:20 – “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois
quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem não viu”).
O verdadeiro teste do nosso amor a DEUS é como tratamos
as pessoas que estão à nossa volta – os membros de nossa família e os nossos
irmãos em CRISTO. Não podemos amar verdadeiramente a DEUS enquanto
negligenciamos o amor àqueles que foram criados à sua imagem.
Nós devemos resolver estes problemas
primeiro. Quanto mais devemos resolver os problemas com aquele com quem nos
tornamos uma só carne (Gênesis 2:24 – “Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e
unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne”).
DEUS presenteou Adão e Eva com o
matrimônio. Eles foram criados perfeitos um para o outro. O casamento não foi
uma conveniência, tampouco foi criado por qualquer cultura. Ele foi instituído
por DEUS e possui três aspectos básicos:
1.
O
homem deixa seus pais e, em ato público, promete-se a si mesmo à sua esposa;
2.
O
homem e a mulher são unidos, assumindo responsabilidades pelo bem estar mútuo e
amando um ao outro antes das outras pessoas;
3.
Ambos
tornam-se uma na intimidade e no comprometimento de união sexual que são
reservados para o casamento.
Casamentos
sólidos incluem estes três aspectos.
A família é o bloco fundamental da
nossa sociedade. A criação de vida nova é confiada por Deus a uma unidade
familiar legítima e apenas a esta
unidade.
Isso é tão importante que Deus foi bem
além das considerações dadas acima para nos fornecer a orientação adicional:
Mateus 5:31-32 – “Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu,
porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de
infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério”.
O divórcio é tão nocivo e destrutivo
hoje, quanto foi na época que JESUS esteve fisicamente entre nós. DEUS deseja
que o casamento seja um compromisso para toda a vida (Gn 2:24).
Ao se casarem, as pessoas jamais deveriam
pensar em divórcio como opção para resolver os problemas ou como saída para uma
relação que parece morta.
No V. 32 – JESUS também aproveitou para
repreender aqueles que, propositadamente, abusam do contrato de casamento,
usando o divórcio para satisfazer o desejo luxurioso de casar-se com outra
pessoa.
Suas ações estão colaborando com o
fortalecimento de seu casamento ou você o está destruindo?
JESUS disse que o divórcio não é
permissível, exceto em caso de infidelidade. Isto não significa que deva acontecer
automaticamente quando um cônjuge comete adultério. A palavra traduzida por
“infiel” sugere um estilo de vida sexualmente imoral, não um ato isolado de
adultério, do qual a pessoa se arrependeu.
Aqueles que descobrem que seu parceiro
foi infiel devem primeiro fazer todo o esforço para perdoar, reconciliar-se e
restaurar o relacionamento. Devemos sempre procurar razões para restaurar o
casamento, ao invés de procurar desculpas para terminá-lo.
Mateus 19:3-9; 1ª Coríntios 7; Hebreus
13:4 – “Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem
mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará”. O verdadeiro amor aos outros produz ações tangíveis:
1.
Hospitalidade aos irmãos;
2.
Empatia por aqueles que estão na prisão
e por aqueles que foram maltratados;
3.
Respeito por seus votos de casamento; e
4.
Contentamento com aquilo que você tem.
Certifique-se de que seu amor seja
suficientemente profundo, a ponto de afetar sua hospitalidade, empatia,
fidelidade e contentamento.
Aqueles que pensam em casar-se devem
dar a isto uma consideração mais séria.
O casamento é para a vida toda. Se você
não puder aceitar este fato, cancele seus planos até que aceite. Aqueles que
estão mantendo este compromisso agradecem a Deus pelo seu projeto excelente e
reconhecem como são abençoados vivendo dentro da lei de Deus.
Esposas, honrem seus maridos; maridos,
amem suas esposas (Efésios 5:22-33 – “Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como
ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça
da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo”).
Submeter-se a outra pessoa é muitas
vezes um conceito mal interpretado em nossos dias. Não significa tornar-se um
capacho. CRISTO – perante esse nome se dobrará “todo joelho dos que estão nos
céus, e na terra, e debaixo da terra” (Fp 2:10) – submeteu sua vontade ao Pai.,
e honramos a CRISTO quando seguimos seu exemplo.
Quando nos submetemos a DEUS,
tornamo-nos mas disposto a cumprir sua ordem de nos submeter aos outros, isto
é, de subordinar nossos direitos ao do próximo.
No relacionamento do matrimônio, tanto
o marido como a esposa devem se submeter.
No caso da esposa, isso significa que
ela deve prontamente obedecer à liderança do marido em CRISTO.
Para o marido, significa deixar de lado
seus próprios interesses à fim de cuidar da esposa.
A submissão raramente se transforma em
problema em lares onde ambos os cônjuges mantêm um forte relacionamento com
CRISTO e cada um está preocupado com a felicidade do outro.
Esse tipo de submissão mútua preserva a
ordem e a harmonia na família enquanto aumenta o amor e o respeito entre os
seus membros.
Algumas pessoas distorcem o ensino de
Paulo, dizendo que ele transfere uma autoridade ilimitada aos maridos; o que
não é verdade. Paulo diz que a esposa deve obedecer a seu marido, isso devido
ao fato do marido ser o líder. De acordo com a Bíblia, o homem é o cabeça da
família, e a mulher deve reconhecer a sua liderança.
Assim como JESUS serviu aos seus
discípulos a ponto de lavar-lhes os pés, também o marido deve servir à esposa.
Um marido prudente, que ama a CRISTO, não tirará vantagem de seu papel de
líder, assim como uma esposa prudente, que ama a CRISTO, não tentará minar a
liderança do marido.
Qualquer abordagem errônea causará
desunião e atrito ao matrimônio.
É claro que ambos, marido e esposa,
devem submeter-se e amar-se mutuamente.
Se você não está vivendo pela lei de
Deus, reconheça qual destruição você está trazendo sobre você mesmo, sua família,
e a sociedade.
Mais importante, pense sobre seu
desrespeito para com Deus. “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois
aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7).
A lei natural diz que colhemos o que
plantamos, e isso também é verdadeiro para todas as áreas de nossa vida.
Aqueles que fazem mexericos a respeito de seus amigos perderão a amizade deles.
Toda ação tem uma conseqüência.
Se plantar para satisfazer seus
próprios desejos, terá uma colheita de tristezas e pecados.
Se plantar para agradar a DEUS, colherá
alegria e vida eterna.
Que espécie de sementes você está
semeando?
Amém!!!
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
Nossos contatos:
e-mail: jacirailtondasilveira@gmail.com
Telefones: 0xx44 99900-9947
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
Nossos contatos:
e-mail: jacirailtondasilveira@gmail.com
Telefones: 0xx44 99900-9947