LÁGRIMAS
NÃO SIGNIFICAM ARREPENDIMENTO
Pr.
JACIR AILTON DA SILVEIRA- Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores sob nº.
C – 1.280
“Produzi,
pois, frutos dignos de arrependimento”. – Mateus 3.8
João Batista chamou os judeus para algo maior do
que ouvir suas palavras ou praticar rituais; disse-lhes que mudassem de
comportamento. A frase: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento”, ou
seja, façam algo que demonstre que vocês se arrependeram de seus pecados,
aponta para o fato de que DEUS vê além de nossas palavras e atividades
religiosas. Ele examina se nossa conduta é coerente com o que dizemos, julga as
nossas palavras pelas ações que as acompanham.
SUAS ATITUDES ESTÃO DE ACORDO COM
SEU DISCURSO?
Arrependimento gera frutos que condizem com o
verdadeiro arrependimento. Há arrependimento verdadeiro e há arrependimento
fingido. Os frutos diferenciam um do outro. Sendo assim, precisamos identificar
quais são os frutos que caracterizam o verdadeiro arrependimento. Se fizermos
uma identificação errada faremos uma constatação equivocada de nosso próprio
estado espiritual. Malaquias é um bom lugar para começar a entender:
“Ainda fazeis isto outra vez, cobrindo o altar
do SENHOR de lágrimas, com choro e com gemidos; de sorte que ele não olha
mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão. E dizeis: Por quê? Porque
o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu
foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher do teu pacto. E não
fez ele somente um, ainda que lhe sobrava o espírito? E por que somente um? Ele
buscava uma descendência para Deus. Portanto guardai-vos em vosso espírito, e
ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Porque o SENHOR, o Deus
de Israel diz que odeia o divórcio…”(Malaquias 2.13-16).
Os judeus tornaram-se infiéis. Embora não dissessem
abertamente que rejeitavam a DEUS, viviam como se ELE não existisse. Os homens
casavam-se com mulheres que adoravam ídolos. O divórcio era comum e acontecia
sem razão alguma que não fosse um desejo de mudança.
O povo agia como se fosse permitido fazer qualquer
coisa, sem sofrer qualquer punição. E questionava por que DEUS se recusava a
aceitar suas ofertas e abençoá-lo (2.13).
Não podemos ser bem-sucedidos, se separamos a nossa
comunhão com DEUS do restante de nossa existência. ELE deve ser o SENHOR de
tudo. Tornaram-se desencorajados e complacentes sobre a obediência de todas as
leis de DEUS vendo que as profecias não se cumpriram imediatamente sobre a
vinda do futuro Messias. Esta complacência levou-os gradualmente a pecar
ostensivamente, como no caso do casamento com as mulheres que adoravam ídolos.
Esdras e Neemias também confrontaram estes problemas nos anos anteriores –
conforme está em Esdras 9 e 10 e Neemias 13.23-31.
O povo reclamava de suas circunstâncias adversas,
quando, na realidade, deveria culpar a si mesmo. As pessoas freqüentemente
tentam evitar sentimentos de culpa, por meio de tentativas de transferência de
seu erro. Mas isto não resolve o problema. Quando você enfrentar problemas,
olhe primeiramente para si mesmo.
SE VOCÊ MUDASSE SUA ATITUDE OU
COMPORTAMENTO, O PROBLEMA NÃO SERIA RESOLVIDO?
O divórcio nesta época era praticado exclusivamente
por homens. Eram desleais às suas esposas e ignoravam os votos do casamento que
fizeram diante de DEUS; corrompia deste modo, seu propósito de criar filhos
tementes que amassem o SENHOR. Os homens não só eram infiéis às suas esposas;
também ignoravam o fato de que este laço de comunhão era uma ilustração de sua
união com DEUS.
A frase: “e
ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade” significa
estabelecer com o casamento o mesmo compromisso que DEUS tem com suas promessas
para o seu povo. Nosso amor deve ser exclusivamente reservado ao nosso cônjuge.
Aqui Deus reclamou daqueles que, sem causa justa,
divorciavam-se de suas esposas. Deus diz que isso é infidelidade, uma
transgressão do pacto. Mas com quem Deus falava aqui? Com um povo completamente
indiferente a situação? Não! Ele falava com um povo que, diante da situação,
estava imerso nas lágrimas, no choro e no gemidos. Mas ainda assim, eles eram
rejeitados por Deus: “Ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com
prazer da vossa mão”. Isso nos ensina que nenhuma dessas coisas podem ser reconhecidas
como sendo, em si mesmos, sinal do genuíno. Lágrimas, choro ou mesmo gemidos
não são sinais de um genuíno arrependimento. O povo contra quem Deus fala
aqui faziam todas essas coisas. Isso é confirmado na epístola aos hebreus:
“E ninguém seja devasso (fornicador), ou
profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de
primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a
bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que
com lágrimas o buscou”. (Hebreus 12.16-17).
Nos dois versículos anteriores – Hebreus 12.14-15
nos mostra que o povo estava familiarizados com o ritual de limpeza cerimonial
que os preparava para a adoração, e sabiam que tinham que ser santos e estar
limpos a fim de entrarem no Templo.
O pecado sempre bloqueia a nossa visão em relação a
DEUS; por esta razão, se quisermos vê-lo, deveremos renunciar ao pecado e
obedecê-lo.
No Salmos 24.3-4 – “Quem subirá ao monte do SENHOR ou quem estará em seu lugar santo?
Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à
vaidade, nem jura enganosamente”.
O salmista Davi aqui está falando de todas as
mentiras, especialmente àquelas ditas sob juramento – como é o caso do
casamento. Como DEUS estima a honestidade!
A desonestidade surge facilmente, especialmente
quando a veracidade completa pode custar algo, incomodar ou colocar-nos sob uma
ótica desfavorável. A comunicação desonesta dificulta os relacionamentos. Sem
honestidade, é impossível ter um relacionamento com DEUS. Se mentirmos,
começaremos a enganar a nós mesmos. DEUS não pode ouvir-nos ou falar conosco se
estivermos construindo uma parede de engano.
A santidade anda lado a lado com a paz. Um
relacionamento correto com DEUS nos leva a relacionamentos corretos com os
nossos irmãos – seu cônjuge é antes de tudo seu irmão. Embora nem sempre amamos
os nossos irmãos de forma apropriada, à medida que nos tornamos mais parecidos
com CRISTO deveremos procurar a paz com todos.
Como uma pequena raiz que cresce e se torna uma
grande árvore, a amargura surge em nosso coração e obscurece até os nossos
relacionamentos cristãos mais profundos. Uma “raiz de amargura” surge quando
permitimos que a decepção se transforme em ressentimento ou quando alimentamos
rancores relacionados a mágoas passadas. A amargura traz consigo o ciúme, a dissensão
e a imoralidade. Porém, quando o ESPÍRITO SANTO nos enche, ELE pode curar a
mágoa que causa a amargura.
A história de Esaú nos mostra que os erros e os
pecados têm conseqüências mais duradouras do que imaginamos (Leiam Gn.
25.29-34; 27.36). Mesmo o arrependimento e o perdão nem sempre eliminam as
conseqüências do pecado.
Com que freqüência você toma
decisões baseando-se naquilo que deseja agora, em vez de tomá-las baseando-se
naquilo que é necessário em longo prazo?
Avalie os efeitos de longo prazo de suas decisões e
ações.
Esaú, com
lágrimas, buscou voltar atrás. Mas seu arrependimento não era genuíno.
O texto diz que ele era “devasso” e “profano” e, portanto, “foi rejeitado”. Lágrimas, choro ou
mesmo gemidos, em si mesmos, não são sinais de um genuíno arrependimento. Podem
acompanhar o genuíno arrependimento, mas por si só não significam absolutamente
nada.
O texto de Malaquias nos ensina qual é o verdadeiro
fruto: “Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel
para com a mulher da sua mocidade. Porque o SENHOR, o Deus de Israel diz que
odeia o divórcio…”
O fruto do genuíno arrependimento não é o colapso
emocional (ainda que isso possa acompanhar), mas é a obediência. O
verdadeiro arrependido não é caracterizado pelo emocionalismo, mas por um firme
propósito de abandonar a iniqüidade. O caso de Zaqueu ilustra isso bem:
“E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor,
eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho
defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje
veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão”. (Lucas
19.8-9).
A julgar pela reação da multidão, Zaqueu deve ter
sido um publicano muito desonesto. Mas depois que conheceu JESUS, percebeu que
sua vida precisava ser completamente corrigida. Ao ofertar aos pobres com
generosidade e fazer as devidas restituições àqueles a quem enganou, Zaqueu
demonstrou mudança interior por meio de uma ação exterior.
Não é suficiente seguir a JESUS apenas no
pensamento ou no coração. É necessário demonstrarmos nossa fé por meio de uma
mudança de comportamento.
Sua fé resultou em ação?
Que mudanças você precisa fazer?
Ao JESUS dizer que Zaqueu era um filho de Abraão,
contudo estava perdido, JESUS deve ter chocado seus ouvintes, que não deve ter
gostado de reconhecer que aquele publicano impopular era um irmão e que um
filho de Abraão pudesse perder-se.
Mas uma pessoa não é salva por que nasceu em uma
boa família nem condenada devido a uma herança ruim; a fé é mais importante do
que a genealogia. JESUS veio salvar os perdidos, a despeito do passado ou
estilo de vida que cada um teve anteriormente. Por meio da fé os perdidos podem
ser perdoados e transformados em novas criaturas.
Zaqueu era um ladrão. Mas quando ele se arrependeu
genuinamente, o fruto disso não foi o de entrar em um colapso emocional como se
isso fosse suficiente. Jesus reconheceu que seu arrependimento era verdadeiro
porque o seu firme propósito era o de obedecer a Lei de Deus.
“Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Quando
alguma pessoa pecar, e transgredir contra o SENHOR, e negar ao seu próximo o
que lhe deu em guarda, ou o que deixou na sua mão, ou o roubo, ou o que reteve
violentamente ao seu próximo, Ou que achou o perdido, e o negar com falso
juramento, ou fizer alguma outra coisa de todas em que o homem costuma pecar;
Será pois que, como pecou e tornou-se culpado, restituirá o que roubou, ou o
que reteve violentamente, ou o depósito que lhe foi dado em guarda, ou o
perdido que achou, Ou tudo aquilo sobre que jurou falsamente; e o restituirá
no seu todo…” (Levítico 6.1-5).
Em Colossenses 3.9-10 – “Não mintais uns aos
outros, pois que já vos despistes do velho homem com os vossos feitos e vos
vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele
que o criou”.
Devemos nos livrar de todas as práticas más e da
imoralidade. Então poderemos nos comprometer com o que CRISTO ensina. Paulo
estava rogando aos crentes a permanecerem verdadeiros e coerentes à sua confissão
de fé. Deveriam se livrar da vida velha e se revestirem da nova natureza dada
por CRISTO.
Será que você tem permanecido fiel ao compromisso
assumido com CRISTO?
Mentir uns aos outros rompe a unidade destrói a
confiança. A mentira destrói os relacionamentos e pode levar a um sério conflito
em sua igreja, em sua casa, em seu local de trabalho, em seus relacionamentos,
em sua família. Então não exagere as estatísticas,, não espalhe boatos ou fofocas,
nem diga algo a fim de aumentar a sua própria imagem. Comprometa-se em dizer a
verdade.
O que significa revestir-se do novo homem?
Significa que a sua conduta deve estar de acordo
com a sua fé. Se você é um cristão, deve agir como um cristão. Ser um cristão
significa mais do que apenas tomar decisões e ter boas intenções; significa
tomar as atitudes certas. Este é um passo direto que é tão simples quanto
vestir suas roupas.
Todo cristão está participando de um programa de
educação contínua. Quanto mais conhecemos a CRISTO e a sua obra, mais estamos
sendo mudados para ser como ELE. Como esse processo dura toda a vida, nunca
devemos parar de aprender e de obedecer. Não há nenhuma justificativa para
ficarmos alienados, mas há um incentivo para encontrarmos os ricos tesouros de
nosso crescimento NELE.
Manter-se alienado com a vontade do SENHOR exige prática,
revisão contínua, paciência e concentração.
Amém!
DEUS abençoe.
Amém!!!
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
Nossos contatos:
e-mail: jacirailtondasilveira@gmail.com
Telefones: 0xx44 99900-9947
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
Nossos contatos:
e-mail: jacirailtondasilveira@gmail.com
Telefones: 0xx44 99900-9947