quinta-feira, 3 de maio de 2012

O Casamento Pelos Olhos de Deus

O Casamento Pelos Olhos de Deus
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – CFP – C-1280
"Porque o Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, para com a qual procedeste deslealmente sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança. E não fez ele somente um, ainda que lhe sobejava espírito? E por que somente um? Não é que buscava descendência piedosa? Portanto guardai-vos em vosso espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade". (Malaquias 2:14-15).
O povo reclamava de suas circunstâncias adversas, quando, na realidade, deveria culpar a si mesmo. As pessoas frequentemente tentam evitar sentimentos de culpa, por meio de tentativas de transferência de seu erro. Mas isto não resolve o problema.
Quando você enfrentar problemas, olhe primeiramente para si mesmo. Se você mudasse sua atitude ou comportamento, o problema não seria resolvido?
O profeta Malaquias escreveu este ensinamento por volta do ano 430 a.C.; e ele nos remete àquela época; época em que o divórcio era praticado exclusivamente por homens. Eram desleais às suas esposas e ignoravam os votos do casamento que fizeram diante de DEUS; corrompiam, deste modo, seu propósito de criar filhos tementes que amassem o SENHOR.
Os homens não só eram infiéis às suas esposas; também ignoravam o fato de que este laço de comunhão era uma ilustração de sua união com DEUS.
A frase: “e ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade” significa estabelecer com o casamento o mesmo compromisso que DEUS tem em suas promessas para o seu povo. Nosso amor conjugal deve ser exclusivamente reservado ao nosso cônjuge.
“Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre de violência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dos exércitos; e não sejais infiéis”. – Malaquias 2:16.
 Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento... para que não se interrompam as vossas orações" (1 Pedro 3:7). Outra versão diz: “Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco, como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidos as vossas orações”.
Quando Pedro chama a mulher de: “vaso mais fraco”, ele não está tratando de inferioridade moral ou intelectual, mas, sim, reconhecendo as limitações físicas da mulher.
Na época de Pedro, se as mulheres não tivessem a proteção dos homens, eram vulneráveis a ataques, abusos e ao desastre financeiro. A vida das mulheres pode ser mais fácil hoje, mas elas ainda são vulneráveis a ataques criminosos e ao abuso familiar; e apesar das oportunidades do trabalho terem aumentado, muitas mulheres ainda ganham menos do que os homens; e a vasta maioria das pessoas pobres no mundo é constituída pelas mães solteiras e seus filhos.
Um homem que honra a sua esposa como um membro do sexo mais frágil a protegerá, respeitará, ajudará e permanecerá com ela. Ele não esperará que ela trabalhe em tempo integral fora de casa e em tempo integral em casa; ele fará com que seu fardo seja o mais leve possível. Ele será sensível às necessidades dela, e a tratará com cortesia, consideração, compreensão e tato.
Se um homem não tiver consideração e respeito para com sua esposa, suas orações não serão ouvidas, porque um relacionamento vivo com DEUS depende do relacionamento correto com os outros. JESUS disse que se alguém tiver um problema com um companheiro crente, antes da adoração deve procurar se entender com tal pessoa (Mateus 5: 23,24).
Este princípio faz parte das relações familiares. Se os homens usarem sua posição para maltratarem suas esposas, suas orações não serão ouvidas.
O casamento não é invenção humana que pode ser definida e destruída conforme os caprichos egoístas dos homens. O casamento foi criado por Deus. Ele é testemunha dos nossos votos e está preparado para julgar a nossa desobediência.
Desrespeito pelos compromissos do casamento destrói a nossa comunhão com o nosso Criador.
É imprescindível que aprendamos a ver o casamento como Deus o vê.
O CASAMENTO É UM VOTO PERANTE DEUS.
NÚMEROS 30: 2 “Quando um homem fizer voto ao Senhor, ou jurar, ligando-se com obrigação, não violará a sua palavra; segundo tudo o que sair da sua boca fará”.
DEUTERONÔMIO 23: 21 “Quando fizeres algum voto ao Senhor teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o Senhor teu Deus certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado”.
SALMOS 65: 1 “A ti, ó Deus, é devido o louvor em Sião; e a ti se pagará o voto”.
ECLESIASTES 5: 4 “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. O que votares, paga-o”.
"Cada um tenha a sua própria esposa"
Em 1 Coríntios 7:2, Paulo repete o princípio que Deus estabeleceu quando criou o primeiro casal. "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2:24).
DEUS presenteou Adão e Eva com o matrimônio. Eles foram criados perfeitos um para o outro. O casamento não foi uma conveniência, tampouco foi criado por qualquer cultura. Ele foi instituído por DEUS e possui três aspectos básicos:
1.    O homem deixa seus pais e, em ato público, promete-se a si mesmo à sua esposa;
2.    O homem e a mulher são unidos, assumindo responsabilidades pelo bem-estar mútuo e amando um ao outro antes das outras pessoas;
3.    Ambos tornam-se um na intimidade e no comprometimento de união sexual que são reservados para o casamento.
Casamentos sólidos incluem estes três aspectos.
As palavras de Jesus em Mateus 19:4-6 – “Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne? Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem”. JESUS aqui afirma que DEUS desejava que o casamento fosse permanente e deu quatro razões que justificavam a importância do matrimônio; conforme foi lido.
Afirmam que a intenção de Deus desde a criação de Adão e Eva era que o homem fosse fiel a uma esposa legítima até a morte. As palavras que descrevem o primeiro casamento mostram que o Senhor pretendia que outros seguissem o mesmo padrão.
Adão não tinha pais para deixar, mas os filhos de centenas de gerações posteriores têm cumprido este aspecto do princípio perpétuo estabelecido no Éden. Mesmo em sociedades corrompidas por anarquia e iniquidade, o casamento mantém uma posição honrada (Hebreus 13:4 – “Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará”). Respeito por seus votos de casamento; contentamento com aquilo que você têm. Certifique-se de que seu amor seja suficientemente profundo, a ponto de afetar sua hospitalidade, empatia, fidelidade e contentamento.
A relação do casamento: Dois se tornam um
Juntar duas pessoas numa união completa descreve vividamente a beleza do casamento que Deus planejou. Deus não pretendia deixar o homem sozinho; então ele lhe deu a companheira perfeitamente adequada.
Quando um homem e uma mulher se casam, eles formam uma nova e única unidade. Eles dividem uma relação sexual especial que jamais deve ser compartilhada com outros (1 Coríntios 7:3-5 – “O marido pague à mulher o que lhe é devido, e do mesmo modo a mulher ao marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não vos negueis um ao outro, senão de comum acordo por algum tempo, a fim de vos aplicardes à oração e depois vos ajuntardes outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência”).
É difícil resistir às tentações sexuais porque elas apelam para os desejos naturais e normais que DEUS nos deu. O Casamento é o meio concedido por DEUS para satisfazer esses desejos e para fortalecer os cônjuges contra a tentação.
Os cônjuges têm a responsabilidade de cuidar um do outro. Sendo assim, marido e esposa não devem recusar-se um ao outro sexualmente, e sim suprir as necessidades e os desejos mútuos.
Quando a mulher segue a liderança de amor do marido (Efésios 5:22-33), os dois participam juntos de sonhos e sofrimento, de conquistas e calamidades, do vigor da juventude e da fragilidade da velhice. Para este par privilegiado, a vida não se define mais com a palavra eu, e sim com a palavra nós.
Ao longo dos anos, a fusão de duas mentes na busca da mesma meta eterna cria uma intimidade e compreensão sem igual em relações humanas. A faísca de admiração no olhar de uma jovem noiva é apenas uma sombra do brilho constante no olho de uma mulher que superou décadas de desafios da vida com o homem que ela ama.
O prazer que o noivo sente quando toma a mão da sua noiva é meramente um presságio do carinho que sentirá anos depois quando toma a mão de sua mulher, então envelhecida, para firmar os seus passos incertos.
O perigo de desconsiderar os princípios divinos
Aqueles que desprezam a perfeição do plano divino sofrem as tristes conseqüências de lares quebrados, corações esmagados, e espíritos quebrantados.
Uma sociedade que apóia divórcios pecaminosos e incentiva casamentos ilícitos ceifará o que semeia.
O sacrifício necessário para casamentos bem-sucedidos é sufocado pelo egoísmo que os destrói.
O amor que fornece segurança é substituído pela lascívia que deixa esposas e filhos inocentes abandonados e desprotegidos num mundo cruel.
Nem leis humanas nem doutrinas engenhosas podem mudar o fato que Deus permite apenas dois motivos para contrair novas núpcias: morte do primeiro companheiro (Romanos 7:3 – De sorte que, enquanto viver o marido, será chamado adúltera, se for de outro homem; mas, se ele morrer, ela está livre da lei, e assim não será adúltera se for de outro marido”; 1º Coríntios 7:8-9,39 – Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu. Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se. A mulher está ligada enquanto o marido vive; mas se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor”); ou divórcio porque o parceiro cometeu adultério (Mateus 19:9 – Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, e casar com outra, comete adultério; [e o que casar com a repudiada também comete adultério.]”).
Outros abusos da vontade de Deus também causam destruição. O sexo antes do casamento, incluído no termo bíblico fornicação ou relações sexuais ilícitas, sempre está errado (1º Coríntios 6:9-11,18; 7:2; Gálatas 5:19; Hebreus 13:4).
Mesmo quando perdoado pela graça de Deus, o sexo antes do casamento, muitas vezes, traz graves conseqüências. Além das possíveis conseqüências físicas, a fornicação pode roubar o casamento posterior da intimidade especial que Deus fez para ser dividida exclusivamente por pessoas casadas.
Relações sodomitas são outra perversão do plano de Deus. Todas as tentativas de "autoridades" humanas a defender a conduta sodomita como algo "natural" não podem apagar as palavras nítidas de Romanos 1:26-27 – Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza; semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro”. e 1º Coríntios 6:9-11 – Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”.
Sodomitas, como fornicadores, adúlteros e todos os outros pecadores, precisam se arrepender para buscar o perdão de Deus (Lucas 13:3 – Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.”; Atos 2:38 – Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.”; 8:22 – Arrepende-te, pois, dessa tua maldade, e roga ao Senhor para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração”; Mateus 3:8 – Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento”).
Abençoados por nosso Criador
O casamento é uma das ricas bênçãos preparadas para nós pelo benevolente Criador. Quando seguimos o plano dele, gozamos das maravilhas do amor e da segurança nesta vida, e a expectativa de um lar perfeito na eternidade.

Amém!!!
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
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