Em FILHOS INGRATOS, A VERGONHA DOS PAIS - Rev. Hernandes Dias Lopes
Provérbios 19:26
- O que aflige o seu pai, ou manda embora sua mãe, é filho que traz vergonha e desonra.”
Diz que a lei de Deus pode ser sintetizada em dois mandamentos:
Amar a Deus e ao próximo.
O amor não é apenas o maior dos mandamentos, mas também o cumprimento da lei e dos profetas.
O amor não é apenas a maior das virtudes, mas também o sinal distintivo de um verdadeiro cristão.
O amor é a prova cabal de que somos convertidos, por que aquele que não ama não é nascido de Deus, já que Deus é amor.
Também não podemos amar a Deus e não amar o próximo.
E não há ninguém mais próximo de nós do que os nossos pais.
A ordem divina aos filhos é honrar pai e mãe e obedecer-lhes no Senhor. Esse é o primeiro mandamento com promessa.
Os filhos que honram os pais têm vida longa e também prosperidade.
Já!!
Um filho ingrato, porém, traz vergonha para os pais e desonra para a família.
Maltratar o pai e mandar embora a mãe são atitudes abomináveis aos olhos de Deus, crueldades sem tamanho.
Há muitos filhos ingratos, que cospem no prato em que comeram.
Agridem os pais com palavras e atitudes e abandonam-nos à própria sorte quando chegam à velhice.
Os filhos que maltratam seu pai ou tocam sua mãe de casa não tem vergonha, não prestam.
Os filhos que cometem tal desatino causam desonra para a família.
VEJA O QUE ACONTECEU COM ABSALÃO, filho de DAVI
Salmos 3
Davi escreveu este Salmo quando fugia de seu filho Absalão.
Davi ora à Deus pedindo ajuda
1 Senhor, como se têm multiplicado os meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim.
2 Muitos dizem da minha alma: Não há salvação para ele em Deus. (Selá.)
3 Porém tu, Senhor, és um escudo para mim, a minha glória, e o que exalta a minha cabeça.
4 Com a minha voz clamei ao Senhor, e ouviu-me desde o seu santo monte. (Selá.)
5 Eu me deitei e dormi; acordei, porque o Senhor me sustentou.
6 Não temerei dez milhares de pessoas que se puseram contra mim e me cercam.
7 Levanta-te, Senhor; salva-me, Deus meu; pois feriste a todos os meus inimigos nos queixos; quebraste os dentes aos ímpios.
8 A salvação vem do Senhor; sobre o teu povo seja a tua bênção. (Selá.)
O Salmo 3 fala de sofrimentos. Aborda um lamento pessoal do rei Davi, perseguido pelo próprio filho, o qual tenta matá-lo.
O foco do Salmo 3 ajuda o leitor a encarar os conflitos. Auxilia o indivíduo tanto a viver em paz, quando tudo ao seu redor está desmoronando, quanto a buscar segurança para suportar os problemas.
O Salmo 3 foi escrito pelo rei Davi. Ele também foi responsável por escrever mais de 70 dos 150 salmos encontrados na bíblia sagrada.
A escrita do Salmo 3 está ligada a uma passagem difícil enfrentada pela família do rei. Davi e o filho Absalão estavam brigados quando um exército invadiu Jerusalém.
O desentendimento começou após Absalão ficar bravo com o pai por ele não ter repreendido o irmão Amnom, que estuprou Talmai, irmã deles. Pouco depois, após a violência com a mulher, Absalão matou Amnom. Em meio a esse turbilhão, Davi, mais uma vez, recorreu a Deus.
No Salmo 3, o salmista Davi apresenta ao Senhor Deus um clamor, suplicando livramento dos seus inimigos. Este salmo foi escrito quando Davi fugiu de Jerusalém por causa de Absalão, seu filho.
O rei ora a Deus pedindo que o livre de seus adversários que são muitos. Na vida, temos muitos. E não me refiro a pessoas, pois a nossa luta não é contra elas (Efésios 6.12).
Nossos grandes inimigos são o Diabo e seus demônios, o pecado, os sentimentos maus. Todos eles procuram a todo momento nos levar para longe de Deus.
Contudo, Davi confia que o Senhor Deus o protegerá e o livrará da vergonha. Além disso, o rei acredita que o Soberano o fará voltar a triunfar.
Ter este tipo de convicção é o que nos mantém vivos. Ao invés de se curvar diante do problema, Davi o lança sobre Deus e espera o melhor.
A confiança é tamanha que ele declara: “Eu me deito e durmo, e torno a acordar, porque é o Senhor que me sustém. Não me assustam os milhares que me cercam”.
Ele não perde o sono. Suas emoções não ficam em alvoroço. Ele não está dominado pelo medo. Tudo isso, é consequência de seu bom relacionamento com Deus.
O Salmo 3 é uma oração para pedir a ajuda de Deus e, segundo conta a história, é um dos que está diretamente ligado a fatos que aconteceram na vida de Davi. O rei teria escrito o texto quando fugia de um dos seus filhos.
Por isso, as palavras de Davi no Salmo 3 são tidas como ideais para quem busca proteção ou encontra-se em estado de desespero. Os oito versículos ajudam a encontrar respostas para momentos difíceis ou superar obstáculos que surgem na vida, além de fortalecer a fé.
O Salmo 3 é composto por oito versículos. Vamos comentar dois de cada vez para um melhor entendimento do texto de Davi.
Os versículos 1 e 2 revelam o filho de Davi se levantando para tomar o reino do próprio pai. O problema é que o rei mais famoso de Israel também precisava escapar de outros inimigos.
Após Davi ter assassinado Golias, ele se tornou o líder do exército de Saul. Venceu diversas guerras, ficou famoso e foi classificado como um guerreiro melhor do que Saul. Esse acontecimento deixou Saul com muito ciúme. Então, ele decidiu matar Davi.
O fato bíblico, traduzido para a nossa vida cotidiana, mostra que às vezes vivemos sem problemas e, em outros momentos, mergulhamos em um caos. Para fugir desse sentimento ruim, precisamos clamar a Deus para ele nos livrar de todas as angústias. Deus é capaz de nos tirar de uma enrascada. Ele nos resgata do fundo do poço.
Já nos versículos 3 e 4, Davi revela que Deus é o maior escudo do fiel. Para isso, é preciso obedecer às regras e instruções do Senhor. A lista pode incluir a oração, a conversa com os filhos, ficar mais perto com quem você ama.
No 5 e 6, Davi começa com um tom de reclamação, mas termina dizendo que confia no Senhor.
O recado é: Deus te sustenta.
Se você se levanta, tem saúde e emprego, é porque Deus ouviu as orações.
É preciso sempre ser grato ao Senhor fazendo a obra dele e fugindo do pecado.
E nos dois últimos versículos, Davi mostra que devemos repreender quem busca o mal do outro.
Afinal, a salvação vem do Senhor.
Veja o posicionamento do Rei Davi em relação ao seu filho rebelde e desaforado com o pai.
VEJA O FIM QUE LEVOU ABSALÃO.
2 Samuel 18
5 Ele deu a seguinte ordem a Joabe, Abisai e Itai:
— Se vocês gostam de mim, tratem o jovem Absalão com delicadeza.
E toda a tropa ouviu Davi dar essa ordem a todos os oficiais.
6 O exército de Davi avançou contra os israelitas no campo e lutou contra eles na floresta de Efraim.
7 E os soldados de Davi derrotaram os israelitas. Foi uma derrota terrível: vinte mil homens foram mortos naquele dia.
8 A luta se espalhou por toda aquela região, e morreram mais homens na floresta do que no campo de batalha.
9 De repente, Absalão se encontrou com alguns dos soldados de Davi. Absalão ia montado numa mula, e, ao passar por baixo de um grande carvalho, a sua cabeça ficou presa nos galhos. A mula continuou a correr, e Absalão ficou pendurado.
10 Um dos homens de Davi viu Absalão e disse a Joabe:
— Eu vi Absalão pendurado num carvalho!
11 Joabe disse:
— Você viu? Então por que não o matou ali mesmo? Eu teria dado a você dez barras de prata e um cinto.
12 Mas o homem respondeu:
— Mesmo que o senhor me desse mil barras de prata, eu não levantaria um dedo contra o filho do rei. Nós todos ouvimos o rei ordenar ao senhor, a Abisai e a Itai: “Se vocês gostam de mim, tratem o jovem Absalão com delicadeza.”
13 Se eu tivesse desobedecido e matado Absalão, o rei saberia disso — ele sabe de tudo —, e o senhor não me defenderia.
É comum, especialmente diante da morte triste de um filho como Absalão, procurar explicações para justificar sua trajetória à destruição.
Muitos culpam a sociedade, os pais ou o próprio Senhor. Sem dúvida, outros seres humanos, e até os próprios pais, freqüentemente contribuem ao fracasso de um filho.
Mas tais fatores não podem servir como desculpas ou justificativas. Apesar de qualquer circunstância de sua vida e independente das falhas dos outros, Absalão foi desobediente e rebelde.
Ele tomou as decisões que o levaram ao seu fim trágico. Teve muitas oportunidades durante vários anos para arrepender-se e reconciliar-se com seu pai, mas não o fez.
Poderia ter humilhado-se diante de Deus, diante Davi, e diante do povo de Israel, mas não venceu seu próprio orgulho e egoísmo. Absalão foi perdido porque Absalão foi rebelde.
Em alguns casos, bons pais servem ao Senhor e fazem de tudo para guiar seus filhos no caminho de Deus, mas o próprio filho, no seu livre arbítrio, rejeita a instrução do seu pai e se destrói.
A compaixão de um pai falou mais alto do que a justiça de um rei e servo do Senhor. Aplicou a lei com parcialidade, dando a Absalão uma certa liberdade para pecar.
Poucas exigências de Deus são mais difíceis, na prática, do que a aplicação de disciplina dura aos próprios filhos.
Na Antiga Aliança, os próprios pais tiveram que entregar os filhos rebeldes ao julgamento e à morte.
Hoje em dia, não matamos filhos rebeldes, mas não podemos ser cúmplices dos seus erros (Efésios 5:11).
No caso de filhos cristãos que voltam ao pecado, os pais têm obrigação de pôr a comunhão com Deus acima da relação com o filho, até o ponto de se afastarem do filho rebelde (1 Coríntios 5:1-13; 2 Tessalonicenses 3:6-15).
O amor verdadeiro confiará no Senhor para fazer tudo que ele exige na tentativa de resgatar o filho rebelde. O mesmo amor porá Deus acima do homem, acima do próprio filho (Mateus 22:37-40).
Qualquer pai poderá chegar à tristeza que Davi sofreu, mas não precisa acontecer. Enquanto temos vida, vamos mostrar um exemplo de pais fiéis e fazer de tudo para instruir os nossos filhos. E vamos esperar que os filhos que tropeçam aceitem a correção de Deus para voltar antes de ser tarde demais.
Davi desejava a comunhão eterna com Deus, e certamente queria a mesma salvação para os seus filhos.
Mas Absalão não deu valor à palavra de Deus, e não buscou as bênçãos espirituais que seu pai tanto ansiava.
Absalão se mostrou um homem vão e carnal, e jogou fora a sua vida na busca por satisfação passageira.
Quando Davi soube da morte de Absalão, toda a esperança por aquele filho rebelde morreu.
Até aquele momento, ainda alimentava a esperança, como fazem todos os pais de filhos desobedientes, do arrependimento e volta de Absalão. Mas a morte é o fim. Não teria outra chance.
Absalão se tornou inimigo do próprio pai.
Durante anos, agiu como um filho rebelde, desrespeitando o pai, o rei de Israel e, pior ainda, desrespeitando o próprio Senhor.
Seu egoísmo e sua rebeldia chegaram ao ponto de forçar uma guerra civil que custou a vida de 20.000 homens.
Nesta guerra, as forças do rei mataram Absalão.
Quando Davi recebeu a notícia da morte de Absalão, ele não se gloriou na vitória sobre um inimigo.
Ele lamentou a morte de um filho. “Então, o rei, profundamente comovido, subiu à sala que estava por cima da porta e chorou; e, andando, dizia: Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!” (2 Samuel 18:33).
Para refletir
O filho insensato é a calamidade do pai; e as rixas da mulher são uma goteira contínua. Grande miséria é para o pai o filho insensato, e um gotejar contínuo, as contenções da mulher. Um filho sem juízo pode levar o pai à desgraça.
Provérbios 19
- 12 - Como o rugido do leão jovem é a indignação do rei, mas como o orvalho sobre a relva é a sua benevolência.
- 13 - O filho insensato é uma desgraça para o pai, e um gotejar contínuo as contendas da mulher.
- 14 - A casa e os bens são herança dos pais; porém do SENHOR vem a esposa prudente.
Amém!!!!
Deus os abençoe grandemente.
E nos livre de tais coisas.