segunda-feira, 25 de março de 2013

PAZ E LONGANIMIDADE NO RELACIONAMENTO FAMILAR


PAZ E LONGANIMIDADE NO RELACIONAMENTO FAMILAR

Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010 sob o nº. C-1280

(Gálatas 5; Efésios 5, 6:1-4)

-O QUE É PAZ?

-PAZ NO CONCEITO DOS HOMENS

-ausência de lutas, tranqüilidade pública, concórdia, ausência de conflitos íntimos, tranqüilidade de alma, etc.

-A BUSCA DA SOCIEDADE PELA PAZ

-entre as nações, na comunidade, no campo, na família, no próprio ser humano, etc. a paz do mundo é passageira, interesseira (comercial, militar, diplomática, político, etc). A paz que Jesus dá nos faz ter paz com Deus (Rm 5.1)

-A PAZ NAS RELAÇÕES FAMILIARES

Só a paz com Deus, a paz deixada pelo Senhor Jesus, pode,verdadeiramente, fazer existir nas relações familiares os resultados dessa paz: harmonia, ausência de conflitos,concórdia, etc. Sem a paz de Jesus essas coisas não têm sustentabilidade.

-O PROBLEMA DA SUBORDINAÇÃO DA MULHER AO MARIDO

Na intimidade da vida e do lar a ética cristã é frequentemente sujeita a um teste rigoroso. A boa ordem na sociedade e em todas as relações humanas depende do reconhecimento do princípio divinamente revelado de subordinação. Esse princípio Paulo aplica, na carta aos efésios, a esposas e maridos, a filhos e a pais.

-O RELACIONAMENTO CONJUGAL

-Ef 5:22 – Talvez esta seja uma das passagens mais mal interpretadas, especialmente pelos homens não-crentes, e até por alguns irmãos. Então, o que significa essa submissão do ponto de vista cristão? Certamente não significa servidão, subserviência, inferioridade. Há que se considerar todo o contexto em que está incluído o referido texto. Logo no versículo 25 de Ef.5, o apóstolo dirige-se aos maridos da seguinte forma: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”. E no vs. 28 diz que os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo, e que os dois, no casamento, tornam-se uma só carne (v.31). Notar bem: amar a mulher como Cristo amou a igreja; amar a mulher como a seu próprio corpo.

Escreve ainda o apóstolo que “a mulher não tem poder sobre seu próprio corpo, e sim o marido; e, semelhantemente, o marido não poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher” (1 Coríntios 7:4). Devemos entender essa submissão como respeito ao marido (ver v.33), posto que, se ambos são uma só carne, existe uma interdependência entre eles, porque a Bíblia também ensina em 1 Coríntios 11:11-12: “No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher. Porque, como provém a mulher do homem, assim também o homem é nascido da mulher, e tudo vem de Deus”. Ora, diante dessa interdependência, como pode haver essa submissão literal, explícita, no sentido de subserviência, tal qual muitos querem entender? Ambos, marido e mulher, necessitam-se.

Deus estabeleceu uma certa ordem para as relações familiares, pela qual a mulher deve estar sujeita ao marido. Isso, porém, não implica inferioridade. A sanção dada para encorajar as esposas neste rumo divinamente indicado, e contra o qual o ser natural pode rebelar-se, se acha nas palavras COMO AO SENHOR, em Ef 5:22. De que forma nos submetemos ao Senhor? Em amor.

O apóstolo Paulo recomenda que “os maridos amem suas mulheres assim como Cristo amou sua igreja”. De que forma Cristo amou sua igreja? Não foi oprimindo-a, não foi suprimindo a personalidade de seus seguidores, etc. Jesus amou sua igreja ao ponto de dar a vida por ela (Jo 15:13) e tratar os seus seguidores não como servos, mas como amigos (Jo 15:15). Isso revela confiança, intimidade com o Senhor, que, todavia, é para os que O temem.

Visto que neste assunto Deus estabeleceu uma lei, o único caminho é de obedecer a essa lei por amor a Ele, e como a Ele. Muitos problemas domésticos, aparentemente insolúveis, encontrariam sua solução se este princípio lhes fosse aplicado.

A ordenação divina para a vida familiar é que o marido seja o cabeça da mulher (v.23). O marido deve basear sua conduta na de Cristo para com Sua igreja. Nesta relação não havia opressão, mas sacrifício, pois Ele é o salvador do corpo (a igreja). De notar que as responsabilidades especiais que se aplicam ao marido como cabeça são tratadas em mais detalhes do que as que se referem à subordinação da mulher.

O padrão celestial é novamente apresentado, de modo que o marido cristão deve amar sua esposa como Cristo amou a igreja. A atitude do marido para com a esposa não deve ser de domínio, mas de sacrifício próprio. Paulo salienta não os direitos, mas as responsabilidades. Na família onde os princípios cristãos não são obedecidos, não existe um lar, apenas uma casa. No mundo de hoje, há, infelizmente, muitas casas e poucos lares. A harmonia e a felicidade no lar serão adquiridas ao se cumprirem, da parte dos cônjuges, as responsabilidades antes de se insistir no direito.

A mulher, como auxiliar do homem, tem uma grande responsabilidade na paz e na longanimidade nas relações familiares e, sendo mulher sábia, edifica sua casa, como ensina a Bíblia.

-Por que não se fala sobre a mulher amar o marido?

Na cultura daquela época a mulher, desde cedo, era prometida ao homem. Ao homem foi ordenado amar a mulher; à mulher cabia o respeito ao marido. Logo, o amor não era a condição para uma mulher casar com um homem. Ela tinha que respeitar a decisão do pai em fazê-la casar com quem ele quisesse.

-O RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E FILHOS

Sobre a obediência dos filhos

Ef 6:1-2 – A obediência aos pais é fundamental para a preservação da ordem na sociedade. Os filhos devem obedecer aos pais a fim de aprender a autodisciplina e de crescer na vida física, emocional e espiritual. Os filhos adultos têm a obrigação de respeitar e amar os pais, mas não devem depender deles da mesma maneira. Bem criados, podem tomar as decisões da vida diária com sabedoria e independência.

Os filhos não devem rejeitar a disciplina dos pais. Diz a Bíblia: “Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enfades da sua repreensão. Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai, aos filhos a quem quer bem” (Pv 3:11-12).

Essa relação entre pais e filhos, que nas gerações passadas era tão intimamente mantida, tem perdido, em nossos dias, muito de sua solidariedade e influência (especialmente a da mídia). Qual o comportamento e atitudes de muitos filhos em relação aos pais hoje em dia?

Os pais são autoridade no lar. Quando o apóstolo Paulo usa o termo obedecer, no original grego está implícito o sentido de reconhecimento de autoridade. A própria lei da natureza outorga autoridade ao pai e exige obediência da prole; e a lei de Deus, especificamente, engloba a injunção no quinto mandamento, reforçando-o com a promessa de vida longa e prosperidade para aquele que for obediente.

Sobre a disciplina e admoestações dos pais

Ef 6:4 – A obediência perfeita, especialmente nas crianças, depende, em grande parte, do exercício correto de autoridade pelos pais. Uma disciplina áspera e inconstante pode facilmente desanimar a criança (v. Cl 3:21).

A Bíblia ensina que Deus repreende e disciplina a quanto ama (Ap 3:19). Disciplinar, repreender, admoestar, são atos de amor. Quem ama, disciplina. O cuidado dos pais com os filhos envolve, também, a vida espiritual dos filhos. Ver o exemplo de Jó (Jó 1:5).

Provérbios 22:6 nos oferece uma excelente lição sobre como ensinar a criança: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. O que aprendemos desse texto:

1-o ensino deve começar bem cedo, em tenra idade.

2-os pais devem ensinar no caminho, e não apenas o caminho.

3-esse ensino desde criança, se feito conforme os padrões de Deus, ficará indelevelmente gravado no coração de criança, o que a impedirá de afastar-se dele.

Ocorre que há pais que ensinam qual o caminho, mas não andam nele com o filho. Coisas como: faça o que digo e não faça o que faço. Esse ensinamento não funciona. Os pais têm que servir de modelo, da mesma forma que Jesus sempre ensinou-nos NO caminho, e Ele era e é o caminho.

-O QUE É LONGANIMIDADE?

Tendemos a confundir o significado das palavras. Inclinamo-nos a dar a elas o sentido que mais nos convêm. Isto acontece, por exemplo, com a palavra “longanimidade”. Gostamos de pensar que ela significa a mesma coisa que “tolerância”. Entretanto, estas palavras expressam coisas diferentes. Confundir o significado destas pode nos levar a fazer confusão com o caráter do próprio Deus tornando-o tolerante ao invés de longânimo.

A tolerância não produz nenhum efeito, senão uma falsa paz. Tolerar é tornar-se passivo diante de uma determinada situação ou de uma ofensa; é ser conivente com atitudes e situações erradas. Definitivamente, passividade nada tem a ver com o caráter de Deus. Principalmente com referência ao pecado.

Longanimidade, por seu turno, reúne em si mesma duas qualidades: paciência e misericórdia. As duas juntas formam o caráter do que é longânimo.

Pais não devem ser tolerantes com os erros dos filhos. Devem, com longanimidade, paciência, admoestá-los, ensinando-os no caminho em que devem andar. Fazer vistas grossas para com os erros dos filhos põe em perigo a formação deles. Com o erro dos filhos a tolerância é zero. Atente-se para o caso do sacerdote Eli em relação aos seus dois filhos (1 Samuel 2:12-17, 22-26, 27-36; 4:5-11, 12-18).

Veja-se, também, o caso da Igreja em Tiatira (Ap 2:20), onde o Senhor admoesta aquela igreja por conta da tolerância em relação a Jezabel, figura de uma profetisa que enganava os crentes.

Veja-se o exemplo de alguns pais em relação ao comportamento e estudo escolar de seus filhos, sendo coniventes com sua má educação na escola, quando chegam até à agressão a professores. A televisão tem nos mostrado casos em que os pais foram à escola tomar satisfações com a diretoria por que seus filhos foram disciplinados.

Devemos amar e ser pacientes com nossos filhos, mas sem fazer vistas grossas para seus erros, sem passar a mão por cima, sem admoestá-los. Nossos filhos serão os maridos de amanhã; nossas filhas serão as esposas de amanhã. Os pais nunca devem esquecer-se dessa verdade. Maridos, esposas e pais de amanhã estão sendo formados hoje, e os pais atuais são os responsáveis por isso.

Alguém já escreveu que “o problema não é que mundo entregaremos aos nossos filhos, mas que filhos entregaremos ao mundo”.

Eles terão a responsabilidade de não se amoldarem ao presente século, de ser luz do mundo e sal da terra, de dar continuidade à obra de anunciar o Evangelho da salvação.

Longanimidade, sim; tolerância, não. E isso deve prevalecer, também, nas relações familiares.

Amém!!!!

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Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
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“Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai”. – MATEUS 10·8