terça-feira, 24 de setembro de 2013

A PROVÁVEL CAUSA DE MUITOS DOS NOSSOS PROBLEMAS



A PROVÁVEL CAUSA DE MUITOS DOS NOSSOS PROBLEMAS
Fico me perguntando se uma das explicações para alguns dos problemas que afligem as igrejas evangélicas – qualquer que seja a sua linha – não é o fato de que tem muita gente, nos bancos e nos púlpitos, que nunca nasceram de novo.

Eu não estou dizendo que pessoas que são genuinamente regeneradas pelo Espírito, que foram iluminadas salvadoramente por Deus e que foram perdoadas e aceitas por Deus, justificadas de seus pecados e adotadas na família de Deus, - sim, não estou dizendo que elas não sejam capazes de cometer pecados, e pecados graves. Há vários exemplos disto na própria Bíblia. Mas, como Davi, estas pessoas se arrependeram, choraram seus pecados, se penitenciaram e voltaram atrás – como Pedro após negar Jesus.

Mas, é que fica realmente difícil compreender como uma pessoa que foi iluminada pelo Espírito, conheceu a graça de Deus em Cristo, experimentou o perdão de pecados, teve acesso ao trono da graça mediante Jesus, seja capaz de espalhar mentiras, agredir irmãos, levantar calúnias, falsear a verdade, espalhar a cizânia, viver na prática da imoralidade, ser movida pelo ódio, pelo amor ao dinheiro e ao poder, sem jamais demonstrar um mínimo de remorso, de arrependimento ou tristeza pelos seus atos. E isto, anos a fio.

Teoricamente, é possível alguém ter uma capa de religiosidade e, por dentro, ser um lobo devorador. É possível alguém se passar por homem ou mulher de Deus e ainda assim não conhecer a Deus e nem a seu Filho Jesus Cristo. Estou me referindo a passagens da Bíblia como estas abaixo:

“Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas”. (Fil 3:18-19 ARA).

Paulo desafiou os filipenses a imitarem a CRISTO usando seu próprio padrão ou exemplo. Isso certamente não quer dizer que deviam copiar tudo o que o apóstolo fazia, pois tinha acabado de afirmar que não era perfeito. (Filipenses 3.12 – “Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por CRISTO JESUS”). Mas, assim como direcionava sua vida buscando ser semelhante a CRISTO, os filipenses também deveriam imitá-lo. Os evangelhos talvez ainda não tivessem sido divulgados. Portanto, Paulo não poderia pedir que lessem a Bíblia para que conhecessem mais a pessoa de CRISTO. Assim sendo, restava-lhe pedir que o imitassem. E isso representa um testemunho de seu caráter.

Será que você pode fazer o mesmo?

Em que espécie de seguidor se transformaria um novo cristão que lhe imitasse?

Paulo criticava não só os judaizantes, mas também os cristãos comodistas ou autoindulgentes, aquelas pessoas que afirmavam ser cristãos, mas não viviam de acordo com o modelo de serviço e sacrifício de CRISTO. Tais pessoas satisfazem a seus próprios desejos antes de pensar nas necessidades alheias. A liberdade em CRISTO não significa liberdade para ser egoísta. Significa aproveitar todas as oportunidades para servir e se tornar a melhor pessoa possível.
“Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos”. (Rom 16:17-18 ARA).

Quando lemos livros ou ouvimos sermões, devemos verificar o conteúdo que está sendo apresentado, a fim de não nos deixarmos enganar por conversas lisonjeiras ou palavras de entusiasmo. Os cristãos que estudam a Palavra de DEUS e que pedem a ELE que revele a sua verdade não serão ludibriadas, embora isso possa facilmente acontecer com os que são superficiais. Como exemplo de cristãos que cuidadosamente conferiam a Palavra de DEUS. (Atos 17.10-12 – E logo, de noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; tendo eles ali chegado, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim. De sorte que muitos deles creram, bem como bom número de mulheres gregas de alta posição e não poucos homens”). Como você avalia os sermões e ensinamentos que recebe?

As pessoas de Beréia conferiam nas Escrituras a mensagem que ouviam. Sempre compare o que você ouve com o que está escrito na Bíblia. Um pregador ou professor que transmite a verdadeira mensagem de DEUS nunca cairá em contradição com o que a Palavra de DEUS diz.
“Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras”. (2Co 11:13-15 ARA).

Um escrito judaico (o apocalipse de Moisés) diz que a história da tentação de Eva inclui satanás disfarçado de anjo. Paulo pode ter pensado nesta história ou estar se referindo às artimanhas típicas de satanás. Seja qual for o caso, nada poderia ser mais enganoso do que satanás, o príncipe das trevas (Efésios 6.12 – pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes” e Colossenses 1.13 – “e que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado”). Disfarçando-se de anjo de luz. Da mesma maneira, estes falsos apóstolos estavam fingindo ser apóstolos de CRISTO, quando, na realidade, eram agentes de satanás. Satanás e seus servos podem nos enganar parecendo ser atraentes, bons e morais. Muitas pessoas incautas seguem um discurso suave, líderes que citam a Bíblia em seitas que os alienam de suas famílias e os levam à prática da imoralidade e ao engano. Não seja enganado pelas aparências exteriores. Nossas impressões não são um indicador preciso de quem é ou não um verdadeiro seguidor de CRISTO. Deste modo, as seguintes questões poder úteis:

1 – Os ensinamentos de tais pessoas ou líderes confirmam as Escrituras (Atos 17.11 – “Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim”)?

2 – O ensinador afirma e proclama que JESUS CRISTO é DEUS, que veio ao mundo como um homem, em carne e sangue, para salvar as pessoas de seus pecados (I João 4.1-3 – “Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo”)?

3 – O estilo de vida do ensinador é consistente com a moralidade bíblica (Mateus 12.33-37 – “Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom; ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras! como podeis vós falar coisas boas, sendo maus? pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca. O homem bom, do seu bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos, pois, que de toda palavra fútil que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo. Porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado”)?

“Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”. (Mat 7:22-23 ARA).

JESUS expôs as pessoas cheias de religiosidade, mas que não tinham um relacionamento pessoal com ELE. No dia do juízo, importará apenas a nossa obediência a DEUS e o relacionamento que construímos com CRISTO, a partir do momento em que o aceitamos como nosso único SALVADOR e SENHOR. Muitas pessoas pensam que se forem “boazinhas” e pregarem religião, terão como recompensa a vida eterna. Na verdade, a fé em CRISTO é o que contará no juízo. No dia do juízo, haverá o ajuste final de contas. DEUS resolverá todas as pendências, julgando o pecado e recompensando a fé.

“Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos responderá: Não sei donde sois. Então, direis: Comíamos e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas ruas. Mas ele vos dirá: Não sei donde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais iniquidades”. (Lucas 13:25-27 ARA).

Encontrar a salvação exige um esforço mais concentrado do que a maioria das pessoas está disposta a empreender. Obviamente, não podemos salvar a nós mesmos; não há o que possamos realizar para ganhar o favor de DEUS. Esforçamo-nos arduamente para entrar pela porta estreita e segui-lo, porque desejamos sinceramente conhecer JESUS pessoalmente, a qualquer custo. Não ousemos adiar esta decisão, porque a porta da graça não ficará aberta para sempre!

Não veremos necessariamente as pessoas que esperamos encontrar no Reino de DEUS. Alguns líderes religiosos bem respeitáveis, que hoje reivindicam lealdade a JESUS, talvez não estejam lá por terem sido secretamente corruptos.

As pessoas estavam ansiosas para saber quem estaria no Reino de DEUS. JESUS explicou que, embora muitos conheçam algo a respeito de DEUS, somente alguns reconhecem seus pecados e aceitam o perdão divino. Escutar as palavras de JESUS ou admirar os milagres que ELE operou não é o bastante para ir para o Céu. Devemos nos converter dos nossos pecados e confiar em DEUS para sermos salvos.

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará”. (1Co 13:1-3 ARA).

O amor é mais importante do que todos os dons espirituais exercitados na Igreja. Grande fé, atos de dedicação ou sacrifício e poder de realizar milagres têm pouco efeito se estiverem desprovidos de amor. O amor faz com que nossas ações e dons sejam úteis. Embora as pessoas tenham diferentes dons, o amor está disponível a todos.

“Surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos”. (Mat 24:24 ARA).

As advertências de JESUS a respeito dos falsos mestres ainda são válidas para nossos dias. A partir de um exame cuidadoso, torna-se claro que muitas pregações que soam tão bem não estão de acordo com a mensagem de DEUS, contida na Bíblia Sagrada. Somente um sólido fundamento na Palavra de DEUS pode capacitar-nos a perceber os erros e as distorções dos falsos ensinamentos.

Em tempos de perseguições, até mesmo os cristãos mais convictos enfrentarão dificuldade para manter a sua fidelidade. Para evitar que sejamos enganados por falsos messias, devemos entender que a volta de JESUS será inconfundível (Marcos 13.26 – Então verão vir o Filho do homem nas nuvens, com grande poder e glória”). Nesta ocasião, ninguém duvidará da identidade DELE. Portanto, se alguém lhe disser que o Messias chegou, estará mentindo (Mateus 24.27 – “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem”). A volta de CRISTO será evidente para todos.

“Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos”. (Mat 24:5 ARA).

JESUS estava no monte das Oliveiras, exatamente no lugar onde o profeta Zacarias havia predito que o Messias estaria quando viesse estabelecer o seu Reino (Zacarias 14.4 – Naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; se o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, do oriente para o ocidente e haverá um vale muito grande; e metade do monte se removerá para o norte, e a outra metade dele para o sul”). Era o momento apropriado para os discípulos perguntarem a JESUS quando ELE viria com todo o seu poder e o que poderiam esperar DELE. A resposta de JESUS enfatizou os acontecimentos antes do final daquela era. Ele lhes recomendou que se preocupassem menos com a data exata, e mais em estar preparados para a ocasião; deveriam viver totalmente de acordo com os mandamentos de DEUS, para que estivessem prontos para a sua volta.

“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graça”. (1Timóteo 4:1-3 ARA).

Os “últimos tempos” começam com a ressurreição de CRISTO e continuarão até sua volta, quando estabelecerá o seu Reino e julgará toda a humanidade.

Os falsos mestres eram e ainda são uma ameaça para a Igreja. JESUS e os apóstolos fizeram repetidas advertências contra eles; por exemplo: (Marcos 13.21-23 – Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo ali! não acrediteis. Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão sinais e prodígios para enganar, se possível, até os escolhidos. Ficai vós, pois, de sobreaviso; eis que de antemão vos tenho dito tudo”; Atos 20.28-31 – “Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue. Eu sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão rebanho, e que dentre vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas para atrair os discípulos após si. Portanto vigiai, lembrando-vos de que por três anos não cessei noite e dia de admoestar com lágrimas a cada um de vós”; II Tessalonicenses 2.1-12 – “Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus. Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado. Pois o mistério da iniqüidade já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora; e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda; a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para serem salvos. E por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na injustiça”; e II Pedro 3.3-7 – “sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores com zombaria andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Pois eles de propósito ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste; pelas quais coisas pereceu o mundo de então, afogado em água; mas os céus e a terra de agora, pela mesma palavra, têm sido guardados para o fogo, sendo reservados para o dia do juízo e da perdição dos homens ímpios”).

O perigo que Timóteo enfrentou em Éfeso parece ter vindo de certas pessoas na igreja que seguiam alguns filósofos gregos defensores da ideia de que o corpo era mau e somente a alma tinha importância. Os falsos mestres se recusavam a crer que o DEUS da criação fosse bom, porque seu contato com o mundo físico o teria maculado. Apesar de alguns membros da igreja influenciados pelos gregos honrarem a JESUS, não podiam crer que ELE era verdadeiramente humano. Paulo sabia que se estes ensinamentos não fossem refutados, a verdade cristã seria contaminada.

Não é suficiente que um professor pareça saber sobre o que está falando, que seja disciplinado e tenha moral, ou diga que está falando da parte de DEUS. Se suas palavras contradizem a Bíblia, seu ensino é falso. Como Timóteo, devemos nos afastar de qualquer ensino que leve os crentes a se enfraquecerem ou a rejeitarem qualquer aspecto de sua fé. Tal ensino falso pode ser direto ou extremamente sutil.

Acho que as passagens lidas são suficientes para mostrar a preocupação do Senhor Jesus e dos seus apóstolos para com a presença de pessoas que não eram realmente convertidas em meio ao povo de Deus.

Acredito que há pessoas que resolveram se tornar cristãs, mas não pelo motivo correto. Foram admitidas nas igrejas, o que é extremamente fácil em umas e relativamente mais difícil em outras. Mas, uma vez dentro, assumiram um papel religioso externo – um descrente pode orar em voz alta, usar linguagem evangélica, contribuir para a igreja, cantar e ouvir sermões. E por serem pessoas de talento, capacidade ou terem tido sucesso na vida secular, foram consagradas pelas igrejas como presbíteros, pastores, líderes – em algumas igrejas isto é muito fácil. Pode ser que alguns deles consigam manter o papel por muito tempo sem causar problemas, mas a natureza não regenerada cedo ou tarde vai se manifestar na forma de ódio, amor ao poder, dissimulação, falsos ensinos, perseguição, intolerância, autoritarismo e a busca da própria glória.

Fica muito difícil dizer que uma pessoa não é convertida por causa de atitudes erradas e pecados cometidos, pois admitimos que um verdadeiro crente pode errar. Mas, pensemos bem: não será que a razão pela qual algumas destas pessoas continuam anos a fio fazendo estas mesmas coisas sem arrependimento e mudança de vida, indo, na verdade, de mal a pior, sem quebrantamento e contrição sincera, não é resultado de uma natureza não regenerada?
Infelizmente, tenho a impressão de que temos mais gente não convertida nos bancos e nos púlpitos do que imaginamos.



Amém!!!!

Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
Nossos contatos: 
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Telefone: 0xx44 99900-9947

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O APÓSTOLO PAULO ADMOESTOU CONTRA O DESEJO DE SER RICO



O APÓSTOLO PAULO ADMOESTOU CONTRA O DESEJO DE SER RICO.

E por implicação, advertiu contra pregadores que incitam o desejo de ser rico ao invés de ajudar as pessoas a se livrarem disso.

Ele alertou: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”. (1Timóteo 6:9-10).

Apesar da opressiva evidência contrária, a maioria das pessoas ainda acredita que o dinheiro traz felicidade. As pessoas ricas que almejam uma riqueza maior podem estar aprisionadas em um circulo vicioso que somente termina em ruina e destruição.

Como você pode se manter afastado do amor ao dinheiro?

Paulo nos dá algumas diretrizes:

1 – Entenda que um dia todas as riquezas terão fim (I Timóteo 6.7,17 – Porque nada trouxe para este mundo, e nada podemos daqui levar; manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos”);

2 – Fique satisfeito com aquilo que possui (I Timóteo 6.8 – “tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes”);

3 – Controle o que você está disposto a fazer para conseguir mais dinheiro (I Timóteo 6.9,10 – “Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”);

4 – Ame mais as pessoas do que o dinheiro (I Timóteo 6.11 – “Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão”);

5 – Ame mais a obra de DEUS do que o dinheiro (I Timóteo 6.11); e

6 – Partilhe livremente o que você possui com as outras pessoas (I Timóteo 6.18 – “que pratiquem o bem, que se enriqueçam de boas obras, que sejam liberais e generosos”).

Provérbios 3.7-9 – “Duas coisas te peço; não mas negues, antes que morra: Alonga de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: dá-me só o pão que me é necessário; para que eu de farto não te negue, e diga: Quem é o Senhor? ou, empobrecendo, não venha a furtar, e profane o nome de Deus”.

É fundamental sempre distinguir entre necessidades e desejos. Mesmo tendo tudo o que precisamos para viver, podemos nos tornar ansiosos e descontentes apenas por querermos alguma outra coisa. Como Paulo, podemos escolher ficar satisfeitos sem ter tudo o que queremos. A única outra alternativa é ser escravo dos nossos desejos.

A cobiça leva a todos os tipos de males: problemas no casamento, roubo, destruição de relacionamentos. Para dominar a cobiça, você deve controla-la desde a raiz. Livre-se do desejo de ser rico.

Essas são palavras muito sérias, mas não parecem encontrar um eco na pregação do evangelho da prosperidade.

Não é errado para o pobre querer medidas de prosperidade para que tenha o que precisa, e possa ser generoso e dedicar tempo e energia a tarefas que exaltem a Cristo em vez de lutar para sobreviver.

Não é errado buscar ajuda em Cristo para isso.

Ele se importa com nossas necessidades (Mateus 6:33 – Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”). Buscar em primeiro lugar o Reino de DEUS e a sua justiça significa priorizar DEUS em nossa vida, de modo que nossos pensamentos estejam voltados para sua vontade, nosso caráter seja semelhante ao do SENHOR, sirvamos e obedeçamos a DEUS em tudo.

O que é realmente importante para você?

Pessoas, metas, desejos e até objetos disputam lugares em nossa vida e, se não formos firmes e escolhermos dar ao SENHOR o primeiro lugar em cada área de nossa vida, qualquer um desses interesses pode ocupar rapidamente o lugar de DEUS.

Mas todos nós — pobres e ricos — estamos em constante perigo de firmar nosso amor (1 João 2:15-16 – Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo”) e nossa esperança (1Timóteo 6:17 – manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos”) nas riquezas ao invés de em Cristo.

Algumas pessoas pensam que o mundanismo está limitado ao comportamento exterior – as pessoas com que nos associamos, os lugares que frequentamos, as atividades que apreciamos. O mundanismo é também interior, porque começa no coração, e é caracterizado por três atitudes:

1 – A cobiça pelo prazer físico – preocupação com a satisfação dos desejos físicos;

2 – A cobiça por tudo que vemos – almejar e acumular coisas, curvando-se ao deus do materialismo; e

3 – O orgulho por nossas posses – obsessão pela condição, posição ou por ser importante.

Quando a serpente tentou Eva (Gênesis 3.6 – Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu”); tentou-a nestes aspectos. Semelhantemente, quando o diabo tentou JESUS no deserto, estas foram suas três áreas de ataque (Mateus 4.1-11).

Em contraste, DEUS estima o autocontrole, um espírito de generosidade, e o compromisso de servir com humildade. É possível dar a impressão de evitar os prazeres mundanos e ao mesmo tempo abrigar atitudes mundanas no coração. É também possível, como JESUS, amar os pecadores e dedicar-lhes tempo, enquanto mantemos um forte compromisso com os valores do Reino de DEUS.

Quais são os valores mais importantes para você?

Suas ações refletem os valores de DEUS ou os valores do mundo?

Esse “desejo de ser rico” é tão forte e tão suicida que Paulo usa a linguagem mais forte para nos alertar.

Minha súplica é para que os pregadores da prosperidade façam o mesmo.

Amém!!!



Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
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COMO TER O CÉU NO SEU LAR



COMO TER O CÉU NO SEU LAR

Referência: Efésios 5.22-23- Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo”.

INTRODUÇÃO

1. O Contexto Histórico

• Um dos maiores problemas da civilização antiga era o pequeno valor que era dado às mulheres. Elas eram vistas não como pessoas, mas como propriedade do pai e depois do marido.

1.1. Cultura judaica

• Os judeus tinham um baixo conceito das mulheres. Os judeus pela manhã agradeciam a Deus por ele não lhes ter feito: “um pagão, um escravo ou uma mulher”. As mulheres não tinham direitos legais. Elas eram propriedade do pai quando solteiras e do marido quando casadas.

• Na época em que a igreja cristã nasceu, o divórcio era tragicamente fácil. Um homem podia divorciar-se da sua mulher por qualquer motivo, pelo simples fato da mulher ter colocado muito sal em sua comida, ao sair em público sem véu. A mulher não tinha nenhum direito ao divórcio mesmo que seu marido se tornasse um leproso, um apóstata ou se envolvesse em coisas sujas. “O marido podia divorciar-se por qualquer motivo enquanto a mulher não podia divorciar-se por nenhum motivo”.

• Quando nasceu a igreja cristã, o laço matrimonial estava em perigo dentro do judaísmo.

1.2. Cultura grega

• A situação era pior dentro do mundo helênico. A prostituição era uma parte essencial da vida grega.

Demóstenes disse: “Temos prostitutas para o prazer; concubinas para o sexo diário e esposas com o propósito de ter filhos legítimos”.

Xenofonte disse: “A finalidade das mulheres é ver pouco, escutar pouco e perguntar o mínimo possível”.

Os homens gregos esperavam que a mulher cuidasse da casa e dos filhos, enquanto eles iam buscar prazer fora do casamento.

• Na Grécia não havia processo para divórcio. Era matéria simplesmente de capricho. Na Grécia o lar e a vida familiar estavam próximos de extinguir-se, e a fidelidade conjugal era absolutamente inexistente.

1.3. Cultura romana

• Nos dias de Paulo a situação em Roma era ainda pior. A degeneração de Roma era trágica. A vida familiar estava em ruínas.

Sêneca disse que: “As mulheres se casavam para divorciar e se divorciavam para casar”.

• Os romanos ordinariamente não datavam os anos com números, mas com os nomes dos cônsules.

Sêneca disse que: “As mulheres datavam seus anos com os nomes de seus maridos”.

O poeta romano Marcial nos fala de uma mulher que teve dez maridos.

Juvenal fala de uma que teve oito maridos em cinco anos.

Jerônimo afirma que em Roma vivia uma mulher casada com seu vigésimo terceiro marido.

• A fidelidade conjugal em Roma estava quase em total bancarrota.

• Paulo escreve Efésios 5:22-33 – “Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo”; nesse contexto de falência da virtude e desastre da família. Paulo estava apontando para algo totalmente novo e revolucionário naqueles dias.

1.4. Cultura Pós-Moderna

• O conceito de família estava confuso hoje. Há confusão de papéis. O novo código civil parece não reconhecer a diferença de papéis. Reconhece-se a legitimidade de relações que a Bíblia chama de adultério. As relações homossexuais estão se tornando cada vez mais aceitáveis. A infidelidade atinge mais de 50% dos casais. O índice de divórcio aumenta assustadoramente. A cultura pós-moderna está voltando às mesmas práticas reprováveis nos tempos primitivos.

I. O PAPEL DA ESPOSA – V. 22-24 – “Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos”.

1. O que não é submissão

• Submissão não é inferioridade – Devemos desinfetar a palavra “submissão” de seus sentidos adulterados. A mulher não é inferior ao homem. Ela é tão imagem de Deus quanto o homem. Ela foi tirada da costela do homem e não dos pés. Ela é auxiliadora idônea (aquela que olha nos olhos) e não uma escrava. Aos olhos de Deus ela é co-igual ao homem (Gl 3:28 – Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”; 1 Pe 3:7 – Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”).

• Submissão não é obediência incondicional – A submissão da esposa ou de cada crente a Jesus é uma submissão absolutamente exclusiva. Todos nós somos servos de Cristo (doulos). Nunca se afirma, porém, que a esposa deva ser escrava ou serva do marido. Nossa relação com Jesus é uma relação de submissão completa, inteira e absoluta. Não é essa a exortação dirigida às esposas. Se a submissão da esposa ao marido implicar na sua insubmissão a Cristo, ela precisa desobedecer ao marido, para obedecer a Cristo.

2. O que é submissão

• É ser submissa ao marido por causa de Cristo – A submissão da esposa ao marido não é igual a Cristo, mas por causa de Cristo. É uma expressão da submissão da esposa a Cristo. A esposa se submete ao marido por amor e obediência a Cristo. A esposa se submete ao marido para a glória de Deus (1 Co 10:31 – Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus”). A esposa se submete ao marido para que a Palavra de Deus não seja blasfemada, (Tito 2:3-5 – as mulheres idosas, semelhantemente, que sejam reverentes no seu viver, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do bem, para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos, a serem moderadas, castas, operosas donas de casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja blasfemada”).

• A submissão da esposa ao marido é sua liberdade – A submissão não é escravidão, mas liberdade. A verdade liberta. Exemplo: Eu só sou livre quando obedeço às leis do meu país. Um trem só é livre quando corre em cima dos trilhos.

• A submissão da esposa ao marido é sua glória – Efésios 5:24 – Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos”; assim como a glória da igreja é ser submissa a Cristo, assim também com a esposa. A igreja só é bela quando se submete a Cristo. A submissão da igreja a Cristo não a desonra nem a desvaloriza. A igreja só é feliz quando se submete a Cristo. Quando a igreja deixa de se submeter a Cristo ela perde a sua identidade, seu nome, sua reputação, seu poder. A submissão não é a um senhor autoritário, autocrático, déspota e insensível, mas a alguém que a ama ao ponto de dar sua vida.

• A submissão da esposa não é a um tirano, mas a um marido que a ama como Cristo ama a igreja – O cabeça do corpo é o salvador do corpo; a característica da sua condição de cabeça não é tanto a de Senhor quanto a de Salvador.

II. O PAPEL DO MARIDO – Efésios 5.25-33 – “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Pois nunca ninguém aborreceu a sua própria carne, antes a nutre e preza, como também Cristo à igreja; porque somos membros do seu corpo. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu falo em referência a Cristo e à igreja. Todavia também vós, cada um de per si, assim ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie a seu marido”.

• Se a palavra que caracteriza o dever da esposa é submissão, a palavra que caracteriza o do marido é amor. O marido nunca deve usar sua liderança para esmagar ou sufocar a esposa ou para frustrá-la de ser ela mesma. A ênfase de Paulo não está na autoridade do marido, mas no amor do marido (v. 25,28,33 – Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Todavia também vós, cada um de per si, assim ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie a seu marido”). O que significa ser submisso? É entregar-se a alguém. O que significa amar? É entregar-se por alguém. Assim submissão e amor são dois aspectos da mesmíssima coisa.

1. Os cinco verbos que definem a ação do marido

Amar – O amor de Cristo pela igreja foi proposital, sacrificial, santificador, altruísta, abnegado e perseverante.

Entregar-se – Um amor não egoísta, mas devotado à pessoa amada.

Santificá-la – O amor visa o bem da pessoa amada.

Purifica-la – O amor busca a perfeição da pessoa amada.

Apresentá-la – O amor visa a felicidade plena com a pessoa amada. O casamento judaico tinha quatro etapas: noivado + preparação + procissão + núpcias.

2. O marido deve cuidar da vida espiritual da esposa – v. 25b-27 – “como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”.

• O marido é o responsável pela vida espiritual da esposa e dos filhos. Ele é o sacerdote do lar. O marido precisa buscar a santificação da esposa. Deve ser a pessoa que mais exerça influência espiritual sobre ela.

Deve ser uma bênção na vida dela

Provérbios 31

Os conselhos que a mãe do rei Lemuel deu a seu filho 

1 As palavras do rei Lemuel, rei de Massá, que lhe ensinou sua mãe.

2 Que te direi, filho meu? e que te direi, ó filho do meu ventre? e que te direi, ó filho dos meus votos?

3 Não dês às mulheres a tua força, nem os teus caminhos às que destroem os reis.

4 Não é dos reis, ó Lemuel, não é dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte;

5 para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de quem anda aflito.

6 Dai bebida forte ao que está para perecer, e o vinho ao que está em amargura de espírito.

7 Bebam e se esqueçam da sua pobreza, e da sua miséria não se lembrem mais.

8 Abre a tua boca a favor do mudo, a favor do direito de todos os desamparados.

9 Abre a tua boca; julga retamente, e faze justiça aos pobres e aos necessitados.

10 Álefe. Mulher virtuosa, quem a pode achar? Pois o seu valor muito excede ao de jóias preciosas.

11 Bete. O coração do seu marido confia nela, e não lhe haverá falta de lucro.

12 Guímel. Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.

13 Dálete. Ela busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com as mãos.

14 Hê. É como os navios do negociante; de longe traz o seu pão.

15 Vave. E quando ainda está escuro, ela se levanta, e dá mantimento à sua casa, e a tarefa às suas servas.

16 Zaine. Considera um campo, e compra-o; planta uma vinha com o fruto de suas mãos.

17 Hete. Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços.

18 Tete. Prova e vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite.

19 Iode. Estende as mãos ao fuso, e as suas mãos pegam na roca.

20 Cafe. Abre a mão para o pobre; sim, ao necessitado estende as suas mãos.

21 Lâmede. Não tem medo da neve pela sua família; pois todos os da sua casa estão vestidos de escarlate.

22 Meme. Faz para si cobertas; de linho fino e de púrpura é o seu vestido.

23 Nune. Conhece-se o seu marido nas portas, quando se assenta entre os anciãos da terra.

24 Sâmerue. Faz vestidos de linho, e vende-os, e entrega cintas aos mercadores.

25 Aine. A força e a dignidade são os seus vestidos; e ri-se do tempo vindouro.

26 Pê. Abre a sua boca com sabedoria, e o ensino da benevolência está na sua língua.

27 Tsadê. Olha pelo governo de sua casa, e nao come o pão da preguiça.

28 Côfe. Levantam-se seus filhos, e lhe chamam bem-aventurada, como também seu marido, que a louva, dizendo:

29 Reche. Muitas mulheres têm procedido virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.

30 Chine. Enganosa é a graça, e vã é a formosura; mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.

31 Tau. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e louvem-na nas portas as suas obras.
3. O marido deve cuidar da vida emocional da esposa – v. 28-29 – “
Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Pois nunca ninguém aborreceu a sua própria carne, antes a nutre e preza, como também Cristo à igreja”.

• O marido fere a si mesmo ferindo a esposa. Crisóstomo “O olho não trai o pé colocando-o na boca da cobra”. Mas como o marido cuida da esposa?

• Como o homem deve tratar a sua esposa?

1) Ele não deve abusar dela – Um homem pode abusar do seu corpo, comendo em excesso, bebendo em excesso. Um homem que faz isso é néscio, porque ao maltratar o seu corpo, ele mesmo vai sofrer. O marido que maltrata a esposa é néscio. Ele machuca a si mesmo ao ferir a esposa. Exemplo: Um marido pode abusar da esposa: sendo rude, não dando tempo, atenção, carinho, usando palavras e gestos grosseiros, sendo infiel.

2) Ele não deve descuidar dela – Um homem pode descuidar do seu corpo. E se o faz é néscio e vai sofrer por isso. Exemplo: Se você tiver com a garganta inflamada não pode cantar nem pregar. Todo o seu trabalho é prejudicado. Você tem idéias, mensagem, mas não pode transmiti-la. O marido descuida da esposa com reuniões intérminas, com televisão, com internet, com roda de amigos. Há viúvas de maridos vivos. Maridos que querem viver a vida de solteiros. O lar é apenas um albergue.

3) O marido deve zelar pela esposa – alimenta e dela cuida – Como o homem sustenta o corpo?

a) A dieta – Um homem deve pensar em sua dieta, em sua comida. Deve tomar suficientes alimentos e tomá-los regularmente. Assim também o marido deveria estar pensando no que ajudará sua esposa.

b) Prazer e deleite – Quando ingerimos nossos alimentos não só pensamos em termos de calorias, ou proteínas. Não somos puramente científicos. Pensamos também naquilo que nos dá prazer. Desta maneira o marido deve tratar a esposa. Ele deve estar pensando no que a agrada. O marido deve ser criativo no sentido de sempre alegrar a agradar a esposa.

c) Exercício – A analogia do corpo exige mais este ponto. O exercício é fundamental para o corpo. O exercício é igualmente essencial para o casamento. É o diálogo. É a quebra da rotina desgastante. A comunicação no casamento é vital = saber ouvir + saber falar + transparência + perdão + verbalizar amor.

d) Carícias – A palavra cuidar só aparece aqui em 1 Ts 2:7 – antes nos apresentamos brandos entre vós, qual ama que acaricia seus próprios filhos”. Significa acariciar. O marido precisa ser sensível às necessidades emocionais e sexuais da esposa. 98% das mulheres reclamam da falta de carinho. O marido precisa a aprender a ser romântico, cavalheiro, gentil, cheio de ternura.

4. O marido deve cuidar da vida física da esposa – v. 30 – “porque somos membros do seu corpo”.

O marido deixa todos os outros relacionamentos para concentrar-se na sua esposa, ou seja, deve amar a esposa com um amor que transcende todas as outras relações humanas – Ele deixa pai e mãe. Sua atenção se volta para a sua mulher. Seu propósito é agradá-la.

O marido se une à sua mulher – uma união heterossexual, monogâmica, monossomática e indissolúvel.

Os dois se tornam uma só carne – O sexo é bom e uma bênção divina na vida do casal. Deve ser desfrutado plenamente em santidade e pureza. 1 Coríntios 7:3-5 – O marido pague à mulher o que lhe é devido, e do mesmo modo a mulher ao marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não vos negueis um ao outro, senão de comum acordo por algum tempo, a fim de vos aplicardes à oração e depois vos ajuntardes outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência” e Provérbios 5:15-19 – Bebe a água da tua própria cisterna, e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam as tuas fontes para fora, e pelas ruas os ribeiros de águas? Sejam para ti só, e não para os estranhos juntamente contigo. Seja bendito o teu manancial; e regozija-te na mulher da tua mocidade. Como corça amorosa, e graciosa cabra montesa saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê encantado perpetuamente”; mostram como deve ser abundante essa relação sexual.

CONCLUSÃO

• Numa época como a nossa de falência da virtude, enfraquecimento da família e explosão de divórcio, esta idéia cristã do casamento deve ser com mais frequência difundida entre o povo.

• O dever da esposa é respeitar e o dever do marido é merecer o respeito – v. 33 – Todavia também vós, cada um de per si, assim ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie a seu marido”.

Amém!!!!



Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
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