quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O Nascimento de Jesus



O Nascimento de Jesus



Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores sob o nº C-1280
Os Evangelhos de Mateus e Lucas narram o nascimento e infância de Jesus. Junto de sua mãe Maria e de seu pai José, colocam figuras que nos representam na procura, na adoração e no anúncio do Menino Jesus.
Mateus refere magos, não judeus, vindos do Oriente, guiados pela estrela, que chegam a Jerusalém e perguntam pelo Rei recém-nascido.
Lucas apresenta pastores conduzidos pelos Anjos, como primeiras testemunhas do nascimento do nosso bendito Senhor e Salvador. (Lucas 2.8-20).
São magos ou pastores sem biografia, mas sedentos de verdade, que ao contrário de outros, se interessam pelo Menino e constituem, por assim dizer, uma "parábola ambulante" no procurar, encontrar, adorar, oferecer presentes e no regressar por outro caminho à sua terra, anunciando o nascimento do Senhor (Mat. 2.1-12).
Para os Evangelistas, o importante não são os magos nem os pastores, mas sim o Menino Jesus.
O que motiva os magos, os desloca, move e conduz a Belém, é o desejo de ver, adorar e testemunhar d'Aquele que importa conhecer, amar e com Ele configurar a vida, para o anunciar sem medo, e sem constrangimentos, como Salvador, Fonte de Vida e de Esperança para nós e para o mundo.
Os magos são representantes do ser humano, sedento de verdade, de amor e de sentido para a sua existência, levado pelo desejo de ver e encontrar.
Os Evangelhos são síntese, "florilégios" de gestos e palavras de Jesus, para que, segundo João "creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e para que, crendo, tenhais vida em Seu nome" (S. João 20.31), ou segundo Lucas "para que conheças a certeza das coisas de que estás instruído" (S. Lucas 1.4).
Nestes resumos, há lugar para parábolas, alegorias, linguagem figurada e histórias exemplares em ordem a acreditar em Jesus Cristo.
Os Evangelistas acreditavam, celebravam, viviam e testemunhavam a fé no Filho de Deus, encarnado, morto e ressuscitado, na comunidade que se reunia no dia do Senhor para celebrarem o memorial de Jesus ressuscitado.
A narração da vinda dos magos guiados pela estrela é feita a partir de textos bíblicos reiterados, para exortar o homem à fé, à confissão e à adoração de Jesus, pois n'Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Em relação a Cristo, o Novo Testamento apresenta a rejeição de uns e a adesão de outros. "Mas a todos quantos o receberam, aos que crêem n'Ele, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. (S. João 1.12,13).
Todo aquele que aceitou JESUS CRISTO como SENHOR de sua vida renasceu espiritualmente, recebendo uma nova vida de DEUS. Por meio da fé em CRISTO, este novo nascimento ocorre de dentro para fora; nossas atitudes, nossos desejos e motivos são reformulados, mudados. Ao sermos gerados por nossos pais biológicos, tornamo-nos fisicamente vivos e membros de uma família terrena – João 1.13os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus”; ao sermos gerados por DEUS, tornamo-nos espiritualmente vivos e membros de uma família celestial – João 1.12Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus”.
VOCÊ JÁ PEDIU A CRISTO PARA FAZER DE VOCÊ UMA NOVA PESSOA?
Este novo nascimento está disponível a todos aqueles que crê em CRISTO.
Grandes eventos pedem grandes celebrações – festas, comidas, balões, serpentinas, matracas. Contudo, quando Deus enviou seu Filho para nascer em Belém, ele chegou com muito menos celebração na terra do que poderíamos esperar. De fato, muitas das circunstâncias do nascimento de Jesus, como registrado em Lucas 2, foram lamentáveis. O que Deus quer que aprendamos desse envio de seu Filho que ocorreu de forma inesperadamente humilde?
AQUI VÃO TRÊS LIÇÕES VINDAS DA MANJEDOURA.
PRIMEIRO, enviando Jesus em uma condição tão modesta,
Deus nos lembra de nossa extrema necessidade. Jesus veio em humildade porque se colocou no lugar de pessoas que foram abatidas pelo pecado. O povo de Deus precisa de um lembrete de humildade sempre que Deus o visita, pois podemos ser tentados a pensar que somos o máximo por causa da misericórdia de Deus. Por exemplo, quando Deus apareceu a Abraão, prometeu abençoá-lo e fazer dele uma grande nação. O povo de Israel deveria se assombrar e se humilhar diante dessas promessas; em vez disso, as pessoas se gabavam que eram filhos de Abraão (Lucas 3.8 – Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos por pai a Abrão; porque eu vos digo que até destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abrão”). De forma similar, nós ocasionalmente sentimos que gratificamos a Deus pela nossa adoração ou pelas boas ações, transformando a graça em motivo para nos gabarmos. Entretanto, ao considerarmos o Salvador na manjedoura, isto lembra que o nascimento de Jesus era todo sobre a condescendência de Deus, e não sobre o nosso merecimento.
A Virgem Maria, que aos olhos do mundo era socialmente desconhecida, entendeu isso. Quando ela contemplou a maneira como Deus a escolheu para ser a mãe do Messias, entendeu que a escolha de Deus era menos uma declaração de suas qualificações e mais uma declaração sobre quem ele estava salvando. A criança em seu interior encarnava a misericórdia de Deus para os humildes e o seu repúdio ao orgulho. Então Maria regozijou porque Deus “Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos” (Lucas 1:53).
Saber que Deus estava trazendo um Salvador para os humildes e abatidos deve ter ajudado Maria e José a perseverarem em meio às provações enviadas por Deus enquanto estavam em Belém. O que se pode dizer é: ninguém os ajudou quando chegaram à cidade. Nenhum parente de José os acolheu. Ninguém na cidade foi hospitaleiro, embora Deus tenha ordenado a Israel que cuidasse de peregrinos. Não houve alguém que os acomodasse na hospedaria. Jesus chegava como uma peça de um quebra-cabeça que não se encaixava em nenhum lugar – exceto em uma manjedoura.
Reflita a respeito da humildade inerente à manjedoura. A maioria das cenas do nascimento de Jesus retrata que a manjedoura se encontrava em um estábulo, no meio de pilhas de feno e de animais adoráveis e limpos. Contudo, muito provavelmente o local estava abarrotado, sujo e malcheiroso. Maria teve de dar à luz nessas condições! Ela envolveu o bebê com panos e o deitou em um cocho. A situação toda foi extremamente tosca e grosseira – a recepção, o nascimento e o berço.
Por quê? Deus enviou seu Filho“com diversas circunstâncias de humilhação fora do comum” (Catecismo Maior, 47) para nos mostrar quão baixo ele se inclinou para nos salvar! Isso reflete a grande bondade do Senhor e a nossa grande necessidade.

O GRANDE PODER DE DEUS

SEGUNDO, Deus enviou Jesus em humildade para nos mostrar que a salvação é desenvolvida mediante o seu poder, e não por mera força humana. Quando Deus enviou seu Filho ao mundo, ele se empenhou para evitar um aspecto que fornecesse credenciais messiânicas a Cristo ou que permitisse outro, além de Deus, o legitimar. Os anjos anunciaram a Cristo – mas imediatamente voltaram para os céus. Os pastores testemunharam de Cristo – mas a influência deles não levou o depoimento até Belém. Os magos adoraram a Cristo – mas Deus disse a eles que retornassem ao seu país de origem por outro caminho. Ana e Simeão acolheram a Cristo – mas eles não eram figuras influentes. O fato é que nenhuma instituição política ou religiosa jamais esteve por trás de Jesus, tanto em seu nascimento quanto durante o seu ministério.
É verdade que um homem muito poderoso, César Augusto, surgiu na história. Ele publicou um decreto para que todas as pessoas no mundo conhecido fossem registradas (Lucas 2.1 – Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado”). Isso sim é poder! No entanto, Deus apenas se utiliza de César para levar Maria e José até Belém, a fim de que Jesus nascesse na cidade predita por Miqueias 5.2 – Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. César, com todo o seu poder, apenas funcionou para levar o plano de Deus adiante. O bebê recém-nascido na manjedoura encarna muito mais poder que o maior dos decretos de César. O poder de Deus, revelado em um frágil bebê, nos lembra de que o reino de Cristo não requer uma validação humana e não avança com esforços humanos.
Isso se aplica ao modo como planejamos o nosso trabalho na igreja. Eu suspeito que Deus abençoou a sua igreja com uma ordem bíblica de adoração, pregação e bons padrões doutrinários. Nossas igrejas também podem desfrutar de programas eficazes, edifícios bonitos e uma receita toda azul. Isso são bênçãos, mas Deus não conta com nenhuma dessas coisas mais do que contou com o decreto de César. Certamente nós tentamos servir a Deus com fidelidade, mas o trabalho dele não depende de nossos melhores esforços. O trabalho na igreja baseia-se inteiramente em seu poder e graça.
O mesmo se aplica à nossa vida cristã. Talvez seu encorajamento espiritual vacile consideravelmente, baseado em sua percepção sobre sua santidade pessoal. Em certo sentido, isso é natural, porque os cristãos amam o Salvador e se sentem felizes quando o agradam. Por outro lado, altos e baixos extremos podem vir, em parte, de uma percepção inadequada da grandeza do nosso Rei. Nós realmente acreditamos que nossa salvação depende dele e que ele é plenamente capaz de realizá-la?
Mais uma vez, considere a cena da manjedoura: Cristo como um bebê já era maior que o maior governador do mundo! Ele é o rei de Deus. Jesus é o centro e o poder da igreja – humilhado por nossos pecados em sua encarnação e, agora, ressuscitado dos mortos e derramando seu Espírito Santo sobre nós. A igreja existe por intermédio do seu poder e para a sua glória. Congregações individuais podem prosperar ou decair. A vitalidade espiritual pessoal pode subir ou descer. Todavia, Jesus Cristo é o mesmo Salvador ontem, hoje e sempre para todo o sempre. Seu trabalho não depende de nosso poder; e sim, é nosso privilégio participar do seu reino. Quanto melhor compreendemos isso, mais alegria e liberdade serão entregues no nosso serviço na igreja! O trabalho é dele. Esta é outra mensagem da manjedoura.

A COMUNHÃO DE DEUS COM OS HUMILDES

TERCEIRA - Uma última mensagem da manjedoura é que Deus não hesita em entrar nos lugares e comungar com pessoas que parecem inferiores aos olhos do mundo. Jesus veio para que até mesmo “o menor desses” possa ter esperança.
O mundo classifica as pessoas de acordo com o respeito e admiração que elas adquirem. Aos olhos do mundo, grandes jogadores, como César, são muito importantes. Camponeses, pastores e aldeões são considerados sujos, pobres e ignorantes demais para receberem muita atenção. No entanto, Deus gosta de usar um pequeno palco para fazer um grande show. Em Belém, Deus entrou em um lugar pouco notável e o tornou extraordinário por sua presença salvadora. Ele esteve em comunhão com os humildes e os ergueu à grandeza através do seu favor.
Considere a condição de sua vida. Em última instância, não importa se ela parece significativa em termos mundanos. O verdadeiro significado da sua vida flui a partir de sua conexão à vida de Jesus. Se Deus te uniu a Jesus pela fé, então ele está fazendo algo grandioso em você. O Espírito Santo silenciosamente aplica os benefícios de Jesus Cristo em você. Ele continua a te apontar o amor de Cristo e a te ensinar a obedecê-lo. Ele garante que você é um filho de Deus. Ele te dá propósito na vida. Ele assegura o seu progresso rumo à glória. O que pode ser maior que o poder de Deus trabalhando em você?
De forma similar, a grandeza da obra salvadora de Deus nos dá esperança em meio às desordens, complexidades e decepções da vida. No estábulo, ninguém realmente tinha uma auréola em torno da cabeça (apesar dos cartões de Natal!). Maria e José chegaram àquele local por causa de rejeição e contratempos. A cena da manjedoura capta algo que é real da vida em um mundo caído. Alegria se mistura com privação. Promessa se mistura com bagunça. Ainda assim, em Belém, é Jesus quem entra em cena para cumprir a promessa e para providenciar a alegria em meio a uma situação que, em outro caso, seria triste e imperceptível.
Nós servimos a esse mesmo Salvador, e, portanto, não devemos ficar desencorajados quando a vida parece difícil, confusa ou deficiente de glória exterior. Nunca devemos dizer: “Minha vida não é importante o bastante para ser usada por Jesus.” Ou “Algo deve estar errado porque minhas experiências espirituais não são muito dramáticas.” Ou “Minha vida é muito confusa para glorificar a Deus.” Quando pensamos sobre como Jesus nasceu num estábulo, na companhia de pessoas humildes, percebemos que Deus não evita as bagunças. O Seu trabalho não depende de nossas qualificações, e sim de sua graça.
Jesus vem diretamente às vidas confusas. A todos que se arrependem de seus pecados e acreditam nele, vem com uma promessa de acabar com a bagunça, com a culpa, e com o medo da morte e do julgamento. Ele vem para nos restaurar com Deus e para nos levar ao seu reino. Esta é a maior lição da manjedoura.
O pequeno e impotente bebê cresceu, teve uma vida surpreendente, morreu por nós, ressuscitou, ascendeu aos céus e voltará a este mundo como Rei dos reis. CRISTO governará o mundo e julgará todas as pessoas de acordo com a decisão que cada uma tomou a respeito DELE.
Você ainda vê JESUS como um bebê em uma manjedoura ou ELE é o seu SENHOR e SALVADOR?
Tenha a certeza de não subestimar JESUS. Deixe-o crescer em sua vida!
Amém!!!
Para nos convidar para ministrar em sua igreja ou eventos, nossos contatos são:
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
Nossos contatos: 
e-mail: prjacirailtonsilveira@gmail.com
Telefone: 0xx44 99900-9947

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Fornicação Negociando o corpo



Fornicação Negociando o corpo

Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores sob o nº C-1280

Os estudantes dos dias de hoje têm, em muitos momentos, desprezado os significados das raízes de palavras bíblicas com o aviso de que estas idéias nunca se passaram pela cabeça dos cristãos do primeiro século. Eles nos dizem, por exemplo, que os discípulos primitivos jamais associaram a idéia de “chamados” com a palavra ekklesia (igreja), quando os apóstolos usaram este termo para denotar o povo de Deus.

Eles pensavam em um “grupo”, “congregação” ou “assembléia”. O mesmo, dizem eles, pode ser dito da palavra “parábola” (“colocado ao lado de”) – uma narrativa de um evento da vida colocado ao lado de uma idéia ou verdade espiritual. Meramente pensavam em uma “ilustração” ou estória “desenhada”. Então, estou confiante, pode também dizer que não pensaram automaticamente nas origens de palavras traduzidas como “sinagoga” (“trazer”+”juntos”), despenseiro ("casa" + "lei"), "apóstolo" ("de" + "um enviado"), etc. 

Até certo ponto podemos concordar com essas observações, mas precisamos acrescentar um aviso: aqueles que negligenciam o estudo das origens das palavras assim o fazem para seu próprio detrimento como estudantes da Bíblia. Estão roubando de si mesmas imagens e ilustrações que aumentam a compreensão destes conceitos bíblicos básicos.

Aqueles que nos lembram que ekklesia nunca criou uma imagem de “chamados” nas mentes dos discípulos são rápidos em apontar nas Escrituras que a igreja consiste daqueles que foram “das trevas para a sua [de Deus] maravilhosa luz” (veja 1 Pedro 2:9-10 – “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós que outrora nem éreis povo, e agora sois de Deus; vós que não tínheis alcançado misericórdia, e agora a tendes alcançado”). Os cristãos às vezes falam do “sacerdócio real”. Nos tempos de AT, as pessoas não se aproximavam de DEUS diretamente. Um sacerdote agia como intermediário entre DFEUS e os seres humanos pecadores. Com a vitória de CRISTO na cruz, tal padrão foi mudado.

Agora podemos estar diretamente na presença de DEUS, sem medo. Em Hebreus 4.16 – “Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno”. A oração é o meio pelo qual nos aproximamos de DEUS, e devemos nos chegar a ele “com confiança”. Alguns cristãos se aproximam de DEUS humildemente com suas cabeças curvadas, com medo de pedir-lhe que atenda às suas necessidades. Outros oram de forma irreverente, sem pensar naquilo que estão dizendo. Aproxime-se do SENHOR com reverência, porque ELE é o seu Rei. Mas aproxime-se também com confiança, porque ELE é o seu Amigo e Conselheiro.

E recebemos a responsabilidade de aproximar outras pessoas a ELE. Em 2ª Coríntios 5.18-21 – “Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação; pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”.

DEUS nos reconcilia consigo mesmo tirando os nossos pecados. E Efésios 2.13-18 – Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para criar, em si mesmo, dos dois um novo homem, assim fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, tendo por ela matado a inimizade; e, vindo, ele evangelizou paz a vós que estáveis longe, e paz aos que estavam perto; porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito”. E nos torna justo diante si.

Quando confiamos em CRISTO, deixamos de ser inimigos de DEUS, e não somos mais estranhos nem estrangeiros para ELE. Por sermos reconciliados com DEUS, temos o privilégio de encorajar outros a fazerem o mesmo. Deste modo, temos “o ministério da reconciliação”. Como crentes somos embaixadores de CRISTO, enviados a pregar  sua mensagem de reconciliação ao mundo.

Como você está cumprindo a sua missão de ser um embaixador de CRISTO?

Quando confiamos em CRISTO, fazemos uma troca: ELE toma nossos pecados e nos torna justos para com DEUS. Nosso pecado foi lançado sobre CRISTO em sua crucificação. Recebemos sua justiça por ocasião de nossa conversão. Isso é o que os cristãos querem dizer quando se referem à expiação que CRISTO fez pelo pecado. No mundo as permutas só são bem sucedidas quando as pessoas trocam bens de valor relativamente igual. Mas DEUS se oferece para trocar sua justiça pelos nossos pecados – algo de valor incomensurável por algo completamente desprezível.

Quão agradecidos devemos ser por sua generosidade para conosco!

Quando nos unimos a CRISTO como membros de seu corpo, nos unimos à sua obra sacerdotal de reconciliar as pessoas com DEUS.

As pessoas freqüentemente baseiam seu conceito próprio em suas realizações. Mas o nosso relacionamento com CRISTO é muito mais importante do que o nosso trabalho, sucesso, riqueza ou conhecimento. Fomos particularmente escolhidos por DEUS e chamados para representá-lo às outras pessoas. Lembre-se de que seu valor se origina de você ser um filho de DEUS. E não daquilo que você pode alcançar. Você tem valor pelo que DEUS faz, não por aquilo que você faz.

O conhecimento da origem de uma palavra e das utilizações antigas fornece aos evangelistas e professores materiais básicos com os quais podem trazer os estudantes da Bíblia de volta à essência da igreja do Senhor. E é assim com muitas outras palavras. 

Uma verdade importante, por exemplo, está inculcada nas mentes dos nossos jovens na idéia original da palavra “fornicação”. O seu significado, neste caso, é mais que uma ilustração; é a base para a compreensão da natureza essencial deste pecado. Os termos “prostituta”, “fornicação”, “fornicar” e “fornicador” todos vêm de uma palavra que significava “vender” e é a base da palavra em português “pornografia”. Compreendemos a relação destas palavras a “prostituta” – uma pessoa que vende o seu corpo, um que negocia o corpo por dinheiro. 

Sim, sabemos que as imagens de “negociar” ou “transação” de negócios nunca passou pela cabeça dos cristãos quando ouviram a palavra porneia ("fornicação"). Eles, certamente, pensaram em “imoralidade sexual” e imaginaram homens e mulheres unindo seus corpos sexualmente em relações fora do casamento. E eles, pela palavra em si, nunca pensaram em pessoas tendo relações sexuais por dinheiro.

Tudo isso é claro. Mas o que não foi visto, ao negligenciar o significado da raiz da palavra, é que a fornicação é essencialmente uma venda do corpo; é uma negociação ou transação feita entre uma ou mais pessoas. 

Para compreender isso, devemos pensar no plano original de Deus para o casamento. A mulher foi feita para o homem, e o seu corpo foi feito para se juntar ao dele para popular a terra e fornecer prazer físico e pessoal.

Mas aquele relacionamento só poderia ser aproveitado como uma bênção e privilégio no casamento – depois que os dois tivessem decidido a “tornarem uma só carne” até a morte (Gênesis 2:24 – “Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne”. DEUS presenteou Adão e Eva com o matrimônio. Eles foram criados perfeitos um para o outro. O casamento não foi uma conveniência, tampouco foi criado por qualquer cultura. Ele foi instituído por DEUS e possui três aspectos básicos:

1 – O homem deixa os seus pais e, em ato público, promete-se a si mesmo à sua esposa;

2 – O homem e a mulher são unidos, assumindo responsabilidades pelo bem estar mútuo e amando um ao outro antes das outras pessoas;

3 – Ambos tornam-se um na intimidade e no comprometimento de união sexual que são reservados para o casamento.

Casamentos sólidos incluem estes três aspectos.

Em Romanos 7:1-3 – “Ou ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que ele vive? Porque a mulher casada está ligada pela lei a seu marido enquanto ele viver; mas, se ele morrer, ela está livre da lei do marido. De sorte que, enquanto viver o marido, será chamado adúltera, se for de outro homem; mas, se ele morrer, ela está livre da lei, e assim não será adúltera se for de outro marido”. Paulo mostrou que a lei é impotente para salvar o pecador. O pecador é condenado pela lei; aqueles que observam a lei não conseguem cumpri-la completamente. Não importa quem somos, somente JESUS CRISTO nos pode libertar e salvar.

Paulo usou o casamento para ilustrar nosso relacionamento com a lei. Quando um dos cônjuges morre, o contrato de casamento fica anulado. Ao morrermos com CRISTO, a lei não pode mais nos condenar, estando unidos à CRISTO, seu ESPÍRITO nos capacita praticar as boas obras para DEUS. Então, servimos ao SENHOR não porque obedecemos a um conjunto de regras, mas porque nosso renovado coração e mente transbordam de amor por ELE.

1 Coríntios 7:39 – “A mulher está ligada enquanto o marido vive; mas se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor”).

Deus revela assim que o casamento é digno de honra e a cama ou a união de dois corpos é pura no santo matrimônio. O casamento não era um compromisso com o “corpo”, mas com a “pessoa inteira” – para toda a vida, inclusive em épocas de doença, pobreza, tristeza, como também em épocas de prosperidade, prazer e felicidade.

A “fornicação”, a união dos corpos na ausência de um compromisso “pessoal” para sempre, é condenada por Deus, e ele julgará aqueles que a praticam (veja Hebreus 13:4 – “Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará”).

Tais pessoas, diz ele, não herdarão o reino de Deus (veja Gálatas 5:19-21 – “Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus”. Todos nós temos desejos pecaminosos e não podemos ignorá-los. A fim de podermos seguir a orientação do ESPÍRITO SANTO, devemos, decididamente, enfrentá-los – crucificá-los. Esses desejos incluem pecados evidentes como imoralidade sexual e atividades demoníacas. Incluem, também, outros que são menos óbvios, como hostilidade, ciúme e ambição egoísta. Aqueles que ignoram esses pecados, ou se recusam a enfrentá-los, mostram que não receberam o dom do ESPÍRITO que leva a uma vida transformada.

Em 1ª Coríntios 6:9-10 – “Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus”). 

Aqui Paulo descreve as características dos incrédulos. Em 1ª. Coríntios 6.1 Paulo mostra claramente que mesmo aqueles que pecaram deste modo podiam ter sua vida transformada por CRISTO. Aqueles, porém, que se diziam cristãos, mas persistiam em tais práticas sem sinal de arrependimento algum, não herdariam o Reino de DEUS. Essas pessoas precisam reavaliar sua vida para verificar se realmente crêem em CRISTO.

Em uma sociedade permissiva, é fácil para os cristãos ignorar ou tolerar algum comportamento imoral (a cobiça, a embriaguez, e outros mais) enquanto se mostram indignados com outros (por exemplo: furto e homossexualidade). Não devemos participar de qualquer forma de pecado ou tolerá-lo; não podemos ser seletivos naquilo que condenamos ou perdoamos. Afastar-se das formas mais “aceitáveis” de pecado é penoso, porém não é mais difícil para nós do que foi para os coríntios. DEUS espera que seus seguidores, de todas as épocas, tenham elevados padrões morais.

Portanto, o apóstolo Paulo lembra os cristãos que os seus corpos devem ser santuários do Espírito Santo – que não pertencem a eles. O corpo, portanto, não é para a prostituição, mas para o Senhor (veja 1 Coríntios 6:12-20Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas. Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém aniquilará, tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, mas para o Senhor, e o Senhor para o corpo. Ora, Deus não somente ressuscitou ao Senhor, mas também nos ressuscitará a nós pelo seu poder. Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei pois os membros de Cristo, e os farei membros de uma meretriz? De modo nenhum. Ou não sabeis que o que se une à meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque, como foi dito, os dois serão uma só carne. Mas, o que se une ao Senhor é um só espírito com ele. Fugi da prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete, é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo”).

Aparentemente, algumas igrejas têm citado e aplicado de forma equivocada as palavras: “todas as coisas me são lícitas”. Alguns cristãos em Corinto procuravam justificar os seus pecados dizendo que:

1 – CRISTO eliminou todos os pecados, e, assim, eles tinham completa liberdade para viver como quisessem; e

2 -  Que suas ações não estavam estritamente proibidas pelas ESCRITURAS.

Paulo respondeu às duas desculpas:

1 – O fato de CRISTO ter tirado os nossos pecados não nos dá a liberdade para continuarmos fazendo o que sabemos ser errado. O NT proíbe especificamente muitos pecados (1ª Coríntios 6.9,10) que eram proibidos no AT (Romanos 12.9-21 – “O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros; não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; acudi aos santos nas suas necessidades, exercei a hospitalidade; abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis; alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram; sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altivas mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios aos vossos olhos; a ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas dignas, perante todos os homens. Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor. Antes, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”. e Romanos 13.8-10 – “A ninguém devais coisa alguma, senão o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a lei. Com efeito: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal ao próximo. De modo que o amor é o cumprimento da lei”);

2 – Algumas ações não são pecaminosas em si, porém não são apropriadas porque podem controlar nossa vida e afastar-nos de DEUS; e

3 – Algumas ações podem magoar as pessoas. Qualquer coisa que magoe em vez de ajudar os outros não é correta.

Muitas religiões ensinam que a alma e o espírito são importante, mas o corpo não é; e o cristianismo é, as vezes influenciado por essas idéias. Na verdade, o cristianismo considera o aspecto físico de modo muito sério. Adoramos a um DEUS que criou o mundo físico e o declarou como sendo bom. ELE nos promete uma nova terra, onde as pessoas terão seu corpo transformado – não uma nuvem cor de rosa onde almas desencarnadas ouvirão a música de uma harpa. No âmago do cristianismo, encontra-se a história do próprio DEUS, que teve um corpo, carne e sangue. ELE veio viver conosco, oferecendo tanto a cura física como a restauração espiritual.

Nós humanos, como Adão, somos uma combinação de pó e espírito. Da mesma maneira que o nosso espírito afeta o nosso corpo, este afeta o nosso espírito. Não podemos cometer pecados com o nosso corpo sem prejudicar nossa alma, porque corpo e alma estão inseparavelmente unidos. Na nova terra, teremos o corpo ressurreto, que não foi corrompido pelo pecado. Então apreciaremos a plenitude da nossa salvação.

A liberdade é uma marca da fé cristã – liberdade do pecado e da culpa, e liberdade de usar e apreciar qualquer coisa que venha de DEUS. Mas os cristãos não devem abusar dela e afligir a si mesmos ou às outras pessoas. Os excessos trazem sérias conseqüências. A glutonaria, por exemplo, leva à obesidade. Tenha cuidado para não transformar o que DEUS lhe permitiu apreciar em um hábito ruim que passe a controlar a sua vida. No capítulo 8 de 1ª Coríntios tem uma instrução completa sobre a liberdade cristã.

A imoralidade sexual é uma tentação que está sempre diante de nós. No cinema, na televisão, nas ruas, em todos os lugares que vamos, ela está lá. O sexo fora do casamento é tratado pela sociedade como algo normal, desejável, como parte da vida. Por outro lado, já o casamento é freqüentemente mostrado como limitado, monótono e triste. Podemos até ser tratados com desprezo pelos outros se formos considerados puros. Mas DEUS não proíbe os pecados sexuais somente para dificultar. ELE conhece o poder que o pecado tem de destruir-nos física e espiritualmente.

Ninguém deve desprezar o poder de destruição da imoralidade sexual.

Ela devastou incontáveis vidas, destruiu famílias, igrejas, comunidade e até nações. DEUS quer proteger-nos para não prejudicarmos a nós mesmos e aos outros. Assim ELE oferece a realização de que necessitamos livrando-nos de nossa solidão e desejos ímpios. O SENHOR promete satisfazer-nos por meio de sua presença em nossa vida.

Este ensino a respeito da imoralidade sexual e das prostitutas era especialmente importante para a igreja coríntia porque o templo da deusa do amor, Afrodite, ficava em Corinto. Esse templo empregava mais de mil prostitutas como sacerdotisas, e o sexo era parte do ritual de adoração. Paulo declarou claramente que os cristãos não devem tomar parte na imoralidade sexual, ainda que isso seja aceitável e popular em nossa cultura.

Os cristãos são livres para ser tudo o que puderem para DEUS, mas não estão livres de DEUS. O SENHOR criou o sexo para ser um belo e essencial ingrediente do casamento, mas o pecado sexual – a prática de sexo fora do casamento – sempre fere alguém. É uma atitude que magoa a DEUS porque mostra que preferimos seguir nossos próprios desejos a colocar-nos sob a direção do ESPÍRITO SANTO. Fere também aos outros porque viola o comprometimento tão necessário a um relacionamento sadio. Além disso, freqüentemente traz doenças às pessoas. Ainda afeta profundamente a personalidade, que responde através da angústia por esses ferimentos de caráter físico e espiritual.

O que Paulo quis dizer quando mencionou que o nosso corpo pertence a DEUS?

Muitas pessoas dizem que têm o direito de fazer o que quiserem com seu corpo. Embora pensem que isso seja liberdade, estão na realidade escravizadas por seus próprios desejos. Quando nos tornamos cristãos, o ESPÍRITO SANTO passa a habitar em nós. Assim sendo, o nosso corpo não nos pertence mais. O fato de DEUS ter nos comprado “por bom preço” alude nossa condição de escravos adquiridos em um leilão. A morte de CRISTO nos libertou do pecado, mas nos obriga a servi-lo. Se alguém viver em um edifício de propriedade de outra pessoa, procurará evitar violar as regras do edifício. Por seu corpo pertencer a DEUS, você não deve violar os padrões de vida estabelecidos pelo SENHOR.

O que é, então, a “fornicação”, além da imoralidade sexual – a sua violação dos princípios morais e eternos de Deus? É, também, um “acordo” entre duas pessoas que envolve vender o corpo; não obviamente, nem necessariamente por dinheiro, mas por outras comodidades. Quando é vendido por dinheiro é chamado de “prostituição”, mas para outras coisas é julgada por muitos como inocente. 

Por que os jovens, ou pessoas de qualquer idade, unem os seus corpos fora do casamento e fora de um compromisso à “pessoa” – corpo e alma – para sempre?

Uma jovem oferece o seu corpo para um jovem como um negócio: para que ela possa ir a uma festa com um rapaz popular, para que ela possa se divertir ou ter prazer, que ele possa viver com ela e dividir o aluguel, para que ele possa comprar presentes para ela e levá-la a restaurantes chiques, para que ele possa deixá-la dirigir o seu carro esportivo, para que ele possa gostar dela e ser o seu namorado.

O mesmo, para estas e talvez para outras razões, faz com que um jovem cometa fornicação com uma moça. Nenhum dos dois une o seu corpo a outro fora do casamento num vazio ou numa situação neutra. Há sempre na mente de um ou dos dois um acordo, uma transação, uma negociação do corpo. 

Deus nunca planejou homens ou mulheres para venderem os seus corpos. Deus criou o homem para amar a sua esposa como o seu próprio corpo, exaltá-la e as suas necessidades acima de si mesmo, e “grudar nela como cola” (“unir-se” a ela).

Ele planejou a mulher para mostrar afeição a seu marido, respeitá-lo, reverenciá-lo, e se submeter a ele e às suas necessidades (veja Efésios 5:22-33Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos. Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Pois nunca ninguém aborreceu a sua própria carne, antes a nutre e preza, como também Cristo à igreja; porque somos membros do seu corpo. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu falo em referência a Cristo e à igreja. Todavia também vós, cada um de per si, assim ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie a seu marido”).

Submeter-se a outra pessoa é muitas vezes um conceito mal interpretado. Não significa tornar-se um capacho. CRISTO – perante este nome se dobrará “todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra – Filipenses 2.10” – submeteu sua vontade ao PAI, e honramos a CRISTO quando seguimos seu exemplo. Quando nos submetemos a DEUS, tornamo-nos mais dispostos a cumprir sua ordem de nos submeter aos outros,, isto é, de subordinar nossos direitos aos do próximo.

No relacionamento do matrimônio, tanto o marido como a esposa devem se submeter. No caso da esposa, isso significa que ela deve prontamente obedecer à liderança do marido em CRISTO. Para o marido, significa deixar de lado seus próprios interesses a fim de cuidar da esposa. A submissão raramente se transforma em problema em lares onde ambos os cônjuges mantém um forte relacionamento com CRISTO e cada um está preocupado com a felicidade do outro.

Nos dias de Paulo, mulheres, crianças e escravos deveriam se submeter ao chefe da família. Os escravos deveriam obedecer até que se tornassem livres; os meninos, até que se tornassem adultos; e as mulheres e as meninas, durante toda a vida. Paulo insistiu na igualdade de todos os crentes em CRISTO (Gálatas 3.28), mas não sugeriu que deveriam subverter à sociedade romana para alcançá-la. Ao contrário, ele aconselha a todos os crentes a submeterem-se mutuamente por sua livre escolha – esposas aos maridos e também os maridos às esposas; escravos aos seus senhores e também os senhores aos seus escravos; os filhos aos pais e também os pais aos filhos. Esse tipo de submissão mútua preserva a ordem e a harmonia na família quanto aumenta o amor e o respeito entre os seus membros.

Algumas pessoas distorceram o ensino de Paulo, dizendo que ele transfere uma autoridade ilimitada aos maridos, e não podemos concordar com elas. Paulo diz à esposa que ela deve obedecer ao marido. Ora, o fato de um ensinamento não ser muito popular não nos dá o direito de ignorá-lo. De acordo com a Bíblia, o homem é o cabeça da família, e a mulher deve reconhecer a sua liderança. Assim como JESUS serviu aos seus discípulos a ponto de lavar-lhes os pés, também o marido deve servir à esposa. Um marido prudente, que ama a CRISTO, não tirará vantagem de seu papel de líder, assim como uma esposa prudente, que ama a CRISTO, não tentará minar a liderança do marido. Qualquer abordagem errônea causará desunião e atrito ao matrimônio.

Por que Paulo diz às esposas que devem obedecer e aos maridos que devem amar?

Talvez as esposas cristãs, recentemente libertas em CRISTO, considerassem muito difícil obedecer; e talvez os homens cristãos, acostumados com a tradição romana que concedia poder ilimitado ao chefe da família, não estivessem habituados a tratar suas esposas com respeito e amor. É claro que ambos, maridos e esposas, devem submeter-se e amar-se mutuamente.

Alguns cristãos pensavam que Paulo adotasse uma posição contrária ao casamento por causa de seu conselho em 1ª Coríntios 7.32-38. Entretanto, estes versículos de Efésios mostram seu alto conceito sobre o casamento. Aqui o casamento não representa uma necessidade prática ou a cura para a luxúria, mas o retrato do relacionamento entre CRISTO e sua Igreja!

Mas por que essa aparente diferença?

O conselho de Paulo em 1ª Coríntios foi elaborado sob uma situação de emergência durante o período da crise da perseguição. O conselho de Paulo aos efésios, por outro lado, traduz o ideal bíblico do matrimônio. Para ele, o casamento é uma união santificada, um símbolo vivo, um precioso relacionamento que necessita de terno e abnegado carinho, um relacionamento sacrificial.

Paulo dedica o dobro de palavras para aconselhar os maridos a amar às esposas do que para pedir às esposas que obedeçam aos maridos.

Como um homem deve amar sua esposa?

1 – Deve estar disposto a sacrificar tudo por ela;

2 – Dar a maior importância ao seu bem estar; e

3 – Cuidar dela como cuida do seu próprio corpo.

Nenhuma esposa deve temer submeter-se a um homem que a trata dessa maneira.

A morte de CRISTO tornou a igreja pura e santificada. Ela nos purifica dos velhos hábitos do pecado e nos separa para seu serviço especial e sagrado.

Em Hebreus 10.29 e 13.12 – de quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do pacto, com que foi santificado, e ultrajar ao Espírito da graça? Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta”. CRISTO purificou a igreja, e isso é simbolizado pelo batismo. Pelas águas batismais, preparamo-nos para fazer parte da igreja, assim como as noivas do antigo Oriente Próximo eram preparadas para o casamento por um banho cerimonial. É a Palavra de DEUS que nos purifica.

Em João 17.17 e Tito 3.5 – “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. não em virtude de obras de justiça que nós houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou mediante o lavar da regeneração e renovação pelo Espírito Santo”. Um seguidor de CRISTO se torna puro e santo por meio da fé e da obediência à Palavra de DEUS (Hebreus 4.12). Ele já aceitou o perdão advindo da morte sacrificial de CRISTO (Hebreus 7.26,27).

Mas a aplicação diária da Palavra de DEUS tem um efeito purificador em nossa mente e em nosso coração. As Escrituras tornam os pecados manifestos, motivam-nos a confessá-los e nos guiam de volta ao caminho certo, renovando o nosso relacionamento com CRISTO. Todos os nossos pecados, não somente alguns, são lavados. Entendemos que a lavagem se refere à água do batismo, que é sinal da salvação. Ao se tornar cristão, o crente reconhece a CRISTO como SENHOR e também sua obra salvífica. Ganhamos a vida eterna com todos os tesouros. Temos uma nova vida através do ESPÍRITO SANTO, e ELE continuamente renova os nossos corações. Nada disso acontece por termos recebido um pagamento ou por algum mérito de nossa parte; tudo isso é dom de DEUS.

A união pelo matrimônio faz com que o marido e a esposa tornem-se uma só pessoa, de tal forma que muito pouco pode afetar a uma delas sem afetar a outra. A unidade no matrimônio não significa que os cônjuges percam a própria personalidade. Ao contrário, significa cuidar da outra pessoa com o mesmo cuidado dispensado a si mesmo, aprender a prever e a antecipar as necessidades do outro, fazendo com que este se torne aquilo q           eu foi idealizado. A história da criação nos fala do plano de DEUS em que o marido e a esposa devem ser uma única pessoa (Gênesis 2.24 – Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne”). JESUS também se referiu a esse plano em Mateus 19.4-6 – Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne? Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem”.

Quando estão dispostos a se entregarem um ao outro – não usar ou negociar um ao outro pelos seus corpos – então podem se unir como uma só carne, um privilégio e um selo do seu comprometimento para toda a vida. 

Qualquer outra coisa é meramente negociar os seus corpos para favores temporais; “prostituição”, como o Senhor chama. E disso, os cristãos devem “fugir”, como fez José, para que não cometam “tamanha maldade” e pecar contra Deus (veja Gênesis 39:9 – “ele não é maior do que eu nesta casa; e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto és sua mulher. Como, pois, posso eu cometer este grande mal, e pecar contra Deus?”. A esposa de Potifar não conseguiu seduzir José, que resistiu à tentação afirmando que isto seria um pecado contra DEUS. José não disse: “Eu estaria magoando você”, ou “Eu estaria pecando contra Potifar”, ou “Eu estaria pecando contra mim mesmo”. Sob pressão, tais desculpas são facilmente racionalizadas. O pecado sexual não é somente entre dois adultos que consentem; é um ato de desobediência a DEUS.

Em 1ª Coríntios 6:18 – “Fugi da prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete, é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo”). Os cristãos são livres para ser tudo o que puderem para DEUS, mas não estão livres de DEUS. O SENHOR criou o sexo para ser um belo e essencial ingrediente do casamento, mas o pecado sexual – a prática de sexo fora do casamento – sempre fere alguém. É uma atitude que magoa a DEUS porque mostra que preferimos seguir nossos próprios desejos a colocar-nos sob a direção do ESPÍRITO SANTO. Fere também aos outros porque viola o comprometimento tão necessário a um relacionamento sadio. Além disso, freqüentemente traz doenças às pessoas. Ainda afeta profundamente a personalidade, que responde através da angústia por esses ferimentos de caráter físico e espiritual.

Em Romanos 13.8-10, por que o amor aos semelhantes é considerado um dever?

É pelo fato de que estamos permanentemente em débito com CRISTO por causa do pródigo amor que ELE derramou sobre nós. A única forma que temos de expressar esse amor é amando o nosso próximo. Como o amor de CRISTO sempre será infinitamente maior do que o nosso, teremos sempre a obrigação de amar os nossos semelhantes.

De alguma forma, muitos cristãos aceitaram a idéia de que o amor próprio é errado. Mas se fosse assim, não haveria sentido amar ao próximo como a nós mesmos. Paulo explicou as implicações do amor próprio. Mesmo que este esteja em baixa, você não estará disposto a passar fome voluntariamente. Cada um de nós cuida de seu corpo ao alimentar-se, descansar, fazer exercícios, vestir-se razoavelmente bem e abrigar-se. Também nos protegemos contra enganos e ofensas. Este é o tipo de amor que devemos ter por nosso próximo.

Mas será que verificamos se ele está bem alimentado, vestido e abrigado?

Estamos preocupados com questões de justiça social?

Amar os outros como a nós mesmos significa trabalhar ativamente para que as necessidades alheias sejam atendidas. É interessante notar que as pessoas que se dedicam aos outros mais do que a si mesmas raramente sofrem de baixa auto-estima.

Os cristãos devem obedecer à lei do amor, que suplanta tanto as leis civis quanto as religiosas. É muito fácil procurar desculpar nossa indiferença para com os outros, simplesmente por não termos a obrigação legal de ajudá-los; também é comum nos justificarmos quando prejudicamos os outros por nossos atos tecnicamente legais. Mas JESUS não deixa brechas em sua lei do amor; devemos ir além da lei humana e imitar o DEUS do amor.

DEUS os abençoe, ame mais a si mesmo e ao próximo; deixe a prostituição, a fornicação, largue o pecado; aceite JESUS CRISTO como o seu SENHOR e SALVADOR.

Amém!!!!

Amém!!!
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
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