COMO PODEMOS AGRADAR AO
SENHOR?
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA, membro do
CFP – Conselho Federal de Pastores sob o Nº. C-1280
Vemos uma situação estranha hoje em dia
entre os que acreditam nas Escrituras como a palavra inspirada por Deus – os
ensinamentos das mesmas Escrituras freqüentemente são ignorados. Porém a mesma
passagem que afirma a inspiração divina das Escrituras também afirma a sua
utilidade para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a educação
na justiça (2 Timóteo 3:16-17 – “Toda
Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender,
para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja
perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra”).
A Bíblia não é uma coleção de histórias,
fábulas, mitos ou idéias meramente humanas a respeito de DEUS. Não é um livro
humano. A Bíblia é a PALAVRA DE DEUS. Através do ESPÍRITO SANTO, DEUS revelou
sua pessoa e seu plano para certos crentes, os quais escreveram sua mensagem
para o seu povo.
2ª Pedro 1.20-21 – “sabendo primeiramente isto: que nenhuma
profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca
foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram
movidos pelo Espírito Santo”. A frase: “os homens santos de DEUS falaram
inspirados pelo ESPÍRITO SANTO” significa que a ESCRITURAS não resultam do
trabalho criativo de invenção ou interpretação própria dos profetas. DEUS
inspirou os escritores, então sua mensagem é autêntica e confiável. DEUS usou
os talentos, a educação e a formação cultural de cada escritor (eles não eram
robôs sem cérebro); e ELE cooperou com os escritores de forma a assegurar que
sua mensagem fosse fielmente comunicada através das próprias palavras que
escreveram.
Este processo é conhecido como
inspiração divina. Os autores escreveram levando em conta seus próprios
contextos pessoais, históricos e culturais. Embora tivessem usado suas próprias
mentes, talentos, linguagem e estilo, eles escreveram o que DEUS queria que
escrevessem. A ESCRITURA é completamente fidedigna porque DEUS estava no
controle do que estava sendo escrito. Suas palavras têm toda a autoridade sobre
nossa vida e fé. A Bíblia foi escrita sob completa orientação e inspiração de
DEUS. Leia-a e use-a os ensinos dela para guiar sua conduta.
A Bíblia inteira é a PALAVRA inspirada
de DEUS. Por ser inspirada e fidedigna, devemos lê-la e aplicá-la à nossa vida.
A Bíblia é o nosso padrão para testar tudo o que é declarado como sendo verdade.
É a proteção contra os falsos ensinos e a fonte de direção para o nosso modo de
viver. É a nossa única fonte de conhecimento sobre como podemos ser salvos.
DEUS quer lhe mostrar o que é verdadeiro e lhe capacitar a viver para ELE.
Quanto tempo você dedica ao estudo da
PALAVRA DE DEUS?
Leia-a regularmente para descobrir a
verdade de DEUS e se tornar confiante em sua vida e em sua fé. Dedique-se a ler
a Bíblia inteira, não apenas as passagens que você já conhece.
Em nosso zelo pela verdade da ESCRITURA,
nunca devemos esquecer seu propósito – nos equipar para fazer o bem. Não
devemos estudar a PALAVRA DE DEUS simplesmente para ampliar o nosso
conhecimento ou para nos preparar para vencer as discussões. Devemos estudar a
Bíblia de forma que venhamos a saber como fazer a Obra de CRISTO no mundo.
Nosso conhecimento da PALAVRA DE DEUS não será útil a menos que fortaleça nossa
fé e nos leve a fazer o bem.
Certamente, Deus não teria deixado
para que nós decidíssemos como tratar a sua palavra.
Deixe-me sugerir uma experiência.
Eu consigo pensar em apenas quatro
maneiras de como podemos utilizar a palavra de Deus.
Coloquemos estas possibilidades diante
de nós e examinemos cada uma delas à luz do ensinamento bíblico para vermos
qual é agradável (ou quais são agradáveis) a Deus.
Quais são estas quatro possibilidades?
1. FAZER
O QUE DEUS MANDA NÃO FAZER.
2. FAZER
O QUE DEUS NÃO MANDOU FAZER.
3. FALHAR
EM FAZER O QUE DEUS MANDOU FAZER.
4. FAZER O QUE DEUS MANDOU FAZER.
Há exemplos de todas estas abordagens
de como servir a Deus, então deveremos encontrar como Deus reage a cada uma
delas.
1 – FAZER O QUE DEUS MANDA NÃO
FAZER.
Nos dez mandamentos, Deus disse: “Não farás para ti imagem de escultura” (Êxodo
20:4). Durante os próximos dias Deus fez uma aliança com os israelitas que
teria como base a obediência do povo à palavra do Senhor (Êxodo 19:5-6;
24:3,7). Quando a aliança estava feita, Deus chamou Moisés para a montanha por
quarenta dias (Êxodo 24:13-18). Ao final deste tempo o povo se tornou mais
impaciente e exigiu que Arão fizesse um bezerro de ouro para eles (Êxodo 32:1).
Arão fez uma escultura de um bezerro de ouro, e as pessoas a adoraram (Êxodo
32:2-6).
Claramente, o povo fez o que Deus
mandou não fazer.
Como Deus se sentiu sobre o
comportamento de Israel? Ele disse a Moisés que “o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu” (Êxodo
32:7). Então Deus disse a Moisés, “Deixa-me,
para que se acenda contra eles o meu furor, e eu os consuma” (Êxodo
32:10). Obviamente Deus não se agradou. Moisés juntou os levitas, e saíram no
meio do povo e mataram cerca de três mil pessoas, talvez as mais envolvidas
(Êxodo 32:25-29). Pela leitura de Êxodo 32 a 34, é muito claro que esta
abordagem à palavra de Deus não funcionou.
De fato foi um desastre.
2 – FAZER O QUE DEUS NÃO
MANDOU FAZER.
Repare a diferença entre esta abordagem
e a anterior. Neste caso, não estamos pensando em fazer o que Deus proibiu.
Estamos pensando em alguém fazer algo no louvor que Deus não mandou.
A Bíblia conta a história da
consagração de Arão e seus filhos ao sacerdócio (Levítico 8 e 9). Deus havia
instruído cuidadosamente a Moisés, Arão e seus filhos o que fazer para as
cerimônias de consagração (Êxodo 29), e estas instruções haviam sido
cuidadosamente seguidas (Levítico 8 e 9). No mesmo dia em que Arão começou no
seu papel, a Bíblia diz: “Nadabe e
Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e
sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que
lhes não ordenara” (Levítico 10:1). A coisa estranha sobre o fogo
foi que Deus não havia ordenado. Nadabe e Abiú fizeram o que Deus não
mandou fazer.
Deus se agradou? “Então, saiu fogo de diante do Senhor e os
consumiu; e morreram perante o Senhor” (Levítico 10:2).
Obviamente, Deus não apreciou o que
haviam feito.
Nos versículos seguintes Deus implica
claramente que, quando Nadabe e Abiú fizeram uma oferta de louvor que ele não
havia mandado, isso não o santificou (Levítico 10:3). Assim temos um veredicto
claro de Deus de como ele vê quando os homens fazem o que ele não mandou. Esta
abordagem não funciona.
3 – FALHAR EM
FAZER O QUE DEUS MANDOU FAZER.
Quando os filhos de Israel saíram do
Egito, viajaram até Monte Sinai. No caminho os amalequitas esperaram escondidos
e pegaram os desfalecidos entre os israelitas, os abatidos e afadigados.
(Deuteronômio 25:17-18). Josué levou o povo a uma batalha para afastar Amaleque
(Êxodo 17), e naquela hora Deus disse a Moisés: “Escreve isto para memória num livro e repete-o a Josué; porque eu hei
de riscar totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu” (Êxodo
17:14,16).
Deus é o Deus de toda a terra, e o
juiz de todas as nações. Ele determina se as nações se levantam ou caem. Nos
dias do rei Saul, Deus decidiu cumprir a sua palavra e executar a sua vingança
em Amaleque (1 Samuel 15). As suas instruções para com Saul foram: “Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e
destrói totalmente a tudo o que tiver, e nada lhes poupes; porém matarás homem
e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos” (1
Samuel 15:3). Esta ação não envolvia apenas uma ação militar contra um inimigo,
em que se tomaria os bens de um inimigo conquistado. Nesta campanha, Saul e
Israel agiriam como o braço de Deus. Assim, não poderiam tomar bem algum, nem
poupar inimigo algum.
Saul desceu e “destruiu” os filhos de
Amaleque, com exceção do rei, Agague. Ele matou todos os seus animais, com
exceção dos melhores de suas manadas (1 Samuel 15:8-9). Saul não destruiu tudo
conforme Deus lhe havia mandado. Quando Deus observou a falha de Saul em fazer
o que lhe havia sido mandado, ele disse a Samuel: Saul “não executou as minhas palavras”
(1 Samuel 15:11). Samuel foi encontrar Saul e lhe contar do desagrado de Deus.
Quando Saul encontrou a Samuel, o rei disse: “Bendito sejas tu do Senhor; executei as palavras do Senhor”
(1 Samuel 15:13).
Saul disse que havia cumprido o
mandamento do Senhor, e Deus disse que Saul não havia cumprido seu mandamento.
Samuel disse a Saul: “Visto que rejeitaste a palavra do Senhor,
ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei” (1 Samuel
15:23). Claramente, esta abordagem não agradou a Deus, e não lhe agradará
agora.
Temos que ter certeza quando louvamos
a Deus que fazemos de acordo com o que ele disse, e não com o que ele não
disse.
4 – FAZER O QUE DEUS MANDOU
FAZER.
A través da Bíblia, a única abordagem
que agrada a Deus é lhe obedecer no que ele manda. Porém esta questão envolve
muito mais do que isso. Deve-se lembrar que ao lidar com a palavra de Deus,
estamos lidando com Deus. A coisa que Deus exige é uma reverência para com ele
que comove até a obediência, seja esta obediência em relação a uma proibição,
ou uma questão de honrar o silêncio de Deus, ou de examinar as Escrituras para
ter certeza daquilo que ele quer.
Quando Deus repetiu a Isaque as
promessas dadas a Abraão, ele disse que cumpriria estas promessas, “Porque Abraão obedeceu à minha palavra e
guardou os meus mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas
leis” (Gênesis 26:4-5). Quando Saul falhou em cumprir o que Deus lhe
havia dito, Samuel disse a ele: “Tem,
porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se
obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o
atender, melhor do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15:22).
O coração de um filho amável procura
obedecer ao pai. Se amarmos a Deus, vamos querer fazer a sua vontade,
independente de como ele expressá-la. Jesus falou daqueles que estavam
dispostos a fazer a vontade do Pai (João 7:17). A prova mais verdadeira da
devoção a Deus não é simplesmente fazer a sua vontade, mas fazer a sua vontade
porque assim desejamos.
Amém!!!
DEUS
abençoe...
Amém!!!
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
Nossos contatos:
e-mail: jacirailtondasilveira@gmail.com
Telefones: 0xx44 99900-9947
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