domingo, 20 de maio de 2012

AS BEM-AVENTURANÇAS E O CASAMENTO


AS BEM-AVENTURANÇAS E O CASAMENTO
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores – C-1280
Texto: Mt 5.3-9 – Bem-aventurados os humildes (pobres) de espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”.
O termo original traduzido como “Bem-aventurados” é a forma plural da palavra (μακάριος makarios), que significa estar “plenamente satisfeito”. Nas páginas do NT, é usado referindo à alegria que resulta da salvação. Esta satisfação não é resultado de circunstâncias favoráveis na vida, mas da habitação do ESPÍRITO DE CRISTO na vida da pessoa. Portanto, é inapropriado verter (makarioi) no sentido simplista como “felizes”, porque este adjetivo está diretamente associado a circunstâncias favoráveis.
Introdução
> Por que as pessoas se casam?
> Entre outras respostas, creio que as pessoas se casam para serem felizes! Em uma pesquisa sobre o assunto, penso que esta seria uma das respostas mais dadas!
> Se as pessoas se casam para serem felizes, quais são as atitudes certas para se alcançar a felicidade no casamento ou em nossa vida em geral?
> No sermão da montanha Jesus nos mostra as atitudes certas para se alcançar a felicidade na vida, mas creio que estas atitudes se aplicam perfeitamente ao casamento também!
Transição
> A vontade de Deus é a nossa felicidade no casamento.
> O texto das bem-aventuranças que foi lido, aplicado ao casamento, nos mostra algumas atitudes para se alcançar a felicidade no casamento.
JESUS começa com palavras que parecem contradizer-se. Mas o modo de vida de DEUS normalmente contradiz o do mundo. Se alguém deseja viver para DEUS, deve estar pronto para dizer e fazer o que parece estranho para o mundo.
Deve estar disposto a dar quando outros tomam, amar enquanto outros odeiam, ajudar quando outros abusam. Abrindo mão de seus direitos e benefícios a fim de servir os outros, um dia receberá tudo o que DEUS tem reservado para você.
Há pelo menos quatro considerações sobre as bem-aventuranças.
1 – São um código de ética para os discípulos e um padrão de conduta de moral para todos os cristãos;
2 – Contrastam os valores do Reino, que é eterno, com os terrenos, que são temporários;
3 – Contrastam a fé superficial dos fariseus com a fé real que CRISTO exige; e
4 – Demonstram que as expectativas do AT cumprir-se-ão no novo Reino.
As bem-aventuranças não nos permite escolher aquelas que nos agradam e desprezar as demais; devem ser consideradas como um todo, pois relacionam o que nós enfrentaremos e como devemos agir como seguidores de CRISTO.
Cada bem-aventurança diz respeito a uma bênção de DEUS. Bem-aventurança é mais do que ter alegrias. Implica o estado afortunado daqueles que fazem parte do Reino de DEUS.
As bem-aventuranças não prometem riso, prazer ou prosperidade terrena. Para DEUS, bem-aventurado é aquele que tem uma experiência de esperança e alegria, independentemente das circunstâncias exteriores. Para encontrar essa forma mais profunda de felicidade, siga JESUS a despeito do preço a pagar.
Suas atitudes são cheias de egoísmo, orgulho e cobiça pelo poder que há no mundo ou refletem a humildade e a abnegação de JESUS, o seu REI?
A bem-aventurança não é estática, é progressiva. Este progresso depende das condições estabelecidas nestas bem-aventuranças.
I.) Humildade – v. 3
“Os pobres de espírito ou os humildes de espírito” do grego (πτωχός ptōxós) indica: uma pessoa indefesa, impotente, em oposição a (πένης penes), que é “pobre, mas capaz de autodefender-se”. O primeiro passo em direção à bem-aventurança é a percepção do nosso próprio desamparo espiritual; ou seja, ter a percepção da necessidade de ter a presença de DEUS.
> Humildade para se reconhecer os erros e dizer: “Eu errei, me perdoe”. É importante fazer isso em alto em bom som e com sinceridade de coração. O contrário disso é:
> Arrogância, altivez, orgulho e independência pessoal tem o poder de destruir qualquer relacionamento.
> Em Isaías 57.15 – Porque assim diz o Alto e o Excelso, que habita na eternidade e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito, e também com o contrito e humilde de espírito, para vivificar o espírito dos humildes, e para vivificar o coração dos contritos”. O Reino dos Céus é a recompensa.
> “… Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4.6).
II.) Sensibilidade – v. 4
“Os que choram”, são os que lamentam os seus pecados e os de outros. No AT em Isaías 61.1-2 o profeta escreve palavras de consolo; quando JESUS citou estas palavras em Lucas 4.18-19, ao lê-las na sinagoga, interrompeu no meio de Isaías 61.2, após as palavras “apregoar o ano aceitável do SENHOR”, cerrando o rolo, completou que ELE: “cumpriu as Escrituras aos ouvidos”. A próxima frase: “o dia da vingança de nosso DEUS”, se cumprirá quando JESUS voltar à terra. Estamos hoje vivendo o favor da graça de DEUS, Sua ira ainda está por vir.
> Sensibilidade para se importar com a dor, os medos, as limitações, as fraquezas, as inseguranças, etc do cônjuge. Algo que para você pode ser fácil de superar, para o seu cônjuge pode ser muito difícil. É necessário sensibilidade.
> Sensibilidade para se colocar no lugar da outra pessoa.
> Existem pessoas que são muito insensíveis no casamento, geralmente os homens. Em II Coríntios 1.4 Paulo nos ensina o seguinte: DEUS é aquele
que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus”. Esta é a recompensa de DEUS para todos que tem e agem em sensibilidade para com o próximo.
O contrário de sensibilidade é cada um individualmente buscar a sua felicidade a qualquer custo, sem se importar com o outro.
> “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações” (1 Pe 3.7).
Se o homem não tiver consideração e respeito para com sua esposa, suas orações não serão ouvidas, porque um relacionamento vivo com DEUS depende do relacionamento correto com os outros. JESUS disse que se alguém tiver um problema com um companheiro crente, antes da adoração deve procurar se entender com tal pessoa (Mateus 5.23-24). Este princípio faz parte das relações familiares. Se os homens usarem sua posição para maltratarem suas esposas, estejam certos de que suas orações não serão ouvidas por DEUS.
Um homem que honra a sua esposa como um membro do sexo mais frágil a protegerá, respeitará, ajudará e permanecerá com ela em todos os momentos difíceis dela.
III.) Mansidão – v. 5
Os “mansos” desejam ver-se como realmente são. Este conceito que eles têm de si mesmos está evidenciado na submissão à DEUS e à sua Palavra, bem como nas suas atitudes com os outros. No Salmos 37-5 – Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará”. E 37.9 – “Porque os malfeitores serão exterminados, mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra”.
> Manso = brando, amansado.
> Mansidão na hora de falar, na hora de expressar uma opinião contrária.
> Não usar gritos, ironia, estupidez, ira, etc.
> “Abandonem toda amargura, todo ódio e toda raiva. Nada de gritarias, insultos e maldades!” (Ef 4.31 – NTLH – Nova tradução Linguagem de Hoje). Podemos entristecer o Espírito Santo pela forma como vivemos.
Paulo nos adverte a evitar a linguagem imoral, a amargura, a ira, as palavras ásperas, a calúnia e as más atitudes em relação ao próximo. Em vez de agirmos dessa maneira devemos ser benignos e compassivos, exatamente como DEUS, que nos perdoou.
Será que você está causando tristeza ou agradando a DEUS com suas atitudes e ações com o seu cônjuge?
Aja com amor em se tratando de seus irmãos em CRISTO assim como DEUS agiu com amor ao enviar seu FILHO para morrer pelos nossos pecados – ou você está achando que o seu cônjuge não é primeiramente um(a) filho(a) de DEUS?
> É um dos aspectos do fruto do Espírito Santo. Se estivermos cheios do Espírito vamos manifestá-lo.
O modelo de relacionamento matrimonial está em Mateus 11.27-30 – Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve”. No AT conhecer significa mais do que saber sobre alguém, porque conhecer implica relacionar-se intimamente com alguém ou alguma coisa.
A comunhão entre o PAI e o FILHO é o âmago de um relacionamento íntimo. Para que alguém conheça o PAI, este precisa revelar-se à pessoa por meio do FILHO. Como somos afortunados por JESUS claramente ter nos revelado DEUS, sua verdade e o modo como podemos prosseguir em conhecê-lo!
O jugo é um arreio pesado de madeira que se coloca sobre as espáduas de um ou mais bois. Este instrumento é atrelado a uma parte do equipamento que os animais devem puxar. Uma pessoa pode estar carregando um jugo de pecados, excessivas exigências dos líderes, opressões e perseguições e/ou cansaço na busca a DEUS. O alívio que ELE promete é o amor, a cura e a paz com DEUS, e não o fim de toda labuta. O relacionamento com DEUS mudará o trabalho enfadonho e sem sentido, transformando-o em objetiva produtividade espiritual.
O casamento é um protótipo de relacionamento íntimo como o do PAI com o FILHO JESUS e ESPÍRITO SANTO; assim deve ser o relacionamento no matrimônio.
IV.) Justiça – v. 6
A expressão: “os que tem fome” (do grego: hoi peinõntes ou oi de peinaõ) é melhor traduzida por: “os famintos”. Isto indica uma satisfação constante e recorrente com a justiça de DEUS; o alimento que se recebe, quando estamos satisfeitos, é gasto em uma nova fome que pede nova satisfação.
Em Isaías 11.4-5 – mas julgará com justiça os pobres, e decidirá com equidade em defesa dos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio. A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins”. DEUS julgará com equidade e verdade.
Como podemos esperar receber dos outros um tratamento justo, se não agirmos com eles do mesmo modo?
Odiamos aqueles que baseiam o seu julgamento na aparência, nas falsas evidências ou nos boatos.
Mas será que também não somos rápidos ao julgar os semelhantes, usando os mesmos padrões?
Apenas CRISTO pode ser perfeitamente junto em seu julgamento. Somente quando ELE governar nosso coração, poderemos ser tão justos no tratamento que dispensamos aos outros e que esperamos deles para conosco – no casamento deve ser assim, antes de julgar o seu cônjuge, julgue a si mesmo!
Para um julgamento ser correto e justo, quem julga deve despir-se de todo egoísmo e tratar o outro com justiça. A virtude que agrade a DEUS exige mais que evitar o pecado; é voltar-se ativamente aos demais e oferecer-lhes a ajuda necessária.
> Temos que procurar ser justos em nosso relacionamento. Não fazer com que a balança venha a pender para o nosso lado com argumentos injustos, com atitudes injustas.
> A Bíblia diz que o verdadeiro amor “… não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade” (1 Co 13.6).
> Para sermos justos devemos permitir que a verdade venha à tona em nosso casamento. Qualquer tipo de mentira corrói a confiança no relacionamento. Procurar satisfazer as suas necessidades pessoais em detrimento a outras pessoa é algo contra a justiça divina.
V.) Misericórdia – v. 7
Os “misericordiosos” são caracterizados por uma atitude carinhosa por ou com aqueles que estão em sofrimento. Eles assumem os sofrimentos dos outros e os tornam seus. No Salmos 41.1 – Bem-aventurado é aquele que considera o pobre; o Senhor o livrará no dia do mal”. Na Bíblia frequentemente vemos a preocupação de DEUS com o fraco, com o pobre e com o necessitado, e sua bênção para aqueles que compartilham suas preocupações. DEUS deseja que a nossa generosidade reflita a DELE. Assim como ELE nos abençoou, devemos abençoar os outros.
> Misericordioso para perdoar, para entender as falhas, entender as limitações.
> Devemos manifestar misericórdia ao nosso cônjuge assim como desejamos que ele demonstre para conosco.
> Devemos ser misericordiosos “porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também” (Lc 6.38b). Em Efésios 5.1-2 –
Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave”.
Assim como os filhos imitam os pais, devemos seguir o exemplo de DEUS para o nosso casamento. Seu grande amor por nós levou-o a sacrificar-se para que pudéssemos viver. Nosso amor por nossos semelhantes deve ser da mesma espécie – um amor que vai além do afeto, que é capaz de sacrificar-se em benefício dos outros.
VI.) Pureza – v. 8
A “pureza de coração” somente pode ser obtida pela contínua purificação que os crentes vivenciam depois de cumpridas as condições prévias da bem-aventurança. Quanto mais pura uma pessoa se torna, mais claramente consegue ver a DEUS. Somente os limpos de coração verão a DEUS; no Salmos 24.3-4 – Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente”.
Os votos feitos para o casamento são únicos e diante de DEUS são compromissos eternos de aliança eterna com DEUS; não devem ser levianamente feitos. Nos versículos lidos, Davi diz que não pode haver mentiras, especialmente àquelas ditas sob juramento. Como DEUS estima a honestidade! A desonestidade surge facilmente, especialmente quando a veracidade pode custar algo, incomodar ou colocar-nos sob uma ótica desfavorável.
A comunicação desonesta dificulta os relacionamentos. Sem honestidade, é impossível ter um relacionamento com DEUS. Se mentirmos, começaremos a enganar a nós mesmos. DEUS não pode ouvir-nos ou falar conosco se estivermos construindo uma parede de engano.
> Pureza para não dar lugar à malícia.
> No casamento, se dermos lugar à pensamentos impuros, olhares impuros, palavras impuras, desejos impuros, relacionamentos impuros com outras pessoas do sexo oposto, estaremos abrindo a porta para a destruição do nosso casamento.
> A Pureza deve existir antes do casamento e deve continuar existindo inclusive depois do casamento.
> “Que o casamento seja respeitado por todos, e que os maridos e as esposas sejam fiéis um ao outro. Deus julgará os imorais e os que cometem adultério” (Hb 13.4 – NTLH). O verdadeiro amor aos outros produz ações tangíveis; dentre elas: o respeito por seus votos de casamento e contentamento com aquilo que você tem. Certifique-se de que seu amor seja suficientemente profundo, a ponto de afetar sua hospitalidade, empatia, fidelidade e contentamento.
DEUS não se agrada de tolos – aquele que vota e não cumpre é tolo – Números 30.2 – Quando um homem fizer voto ao Senhor, ou jurar, ligando-se com obrigação, não violará a sua palavra; segundo tudo o que sair da sua boca fará”.
VII.) Pacificação – v. 9
Um “pacificador” não é simplesmente alguém que tenta interromper as guerras ou as contendas entre as nações e as pessoas. É um crente que sentiu paz de DEUS e que traz esta paz aos seres humanos, seus companheiros.
Em Tiago 2.12-13 – Falai de tal maneira e de tal maneira procedei, como havendo de ser julgados pela lei da liberdade. Porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia; a misericórdia triunfa sobre o juízo”. A tradução literal destes versículos é: “Assim falai e assim procedei, como devemos ser julgados pela lei da liberdade e da liberalidade”.
Tiago assevera que os crentes serão julgados. O Juiz, naturalmente, é JESUS CRISTO. Contudo, ELE não será absolutamente rígido, mas irá exercer liberalidade ou generosidade em muitos casos para com os que são julgados. Tiago explica como este juízo será decidido: “Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia”. Isto explica a quinta bem-aventurança, v.7 – “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”. A generosidade do Juiz para com um crente será proporcional a misericórdia que o cristão exibiu na terra.
Se ele não foi misericordioso, então não receberá nenhuma misericórdia. A entrada ao céu é resultado unicamente da obra expiatória de CRISTO, mas o gozo do crente nas regiões célicas e as recompensas advindas serão frutos do que ele fez por CRISTO, na vida de fé, aqui na terra. Tiago literalmente afirma: “A misericórdia triunfa sobre o juízo”. Isto significa que o filho de DEUS cuja vida esteve cheia de misericórdia enfrentará sem receio o julgamento, porque o juiz, em sua generosidade, levará em conta a misericórdia que o fiel exibiu na terra.
> Pacificação para buscar a paz de todas as formas.
> Não estar sempre pronto a brigar, a discutir, a encrencar!
Em Isaías 60.17 –Por bronze trarei ouro, por ferro trarei prata, por madeira bronze, e por pedras ferro; farei pacíficos os teus oficiais e justos os teus exatores”. Em Isaías 57.18-19, vemos DEUS descendo ao nível do homem; nos mostra como DEUS se relaciona com os humildes e arrependidos – os contritos – O supremo e santo DEUS desceu ao nosso nível para nos salvar,, já que é impossível o homem ir até o nível DELE para alcançar a salvação.
> Todas as outras coisas você pode comprar, mas a paz não tem preço. Portanto, mantenha a paz de todas as formas possíveis.

Amém!!!
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
Comunidade Cristã de Umuarama
Membro do CFP – Conselho Federal de Pastores desde 07/2010, sob nº C-1280
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quarta-feira, 16 de maio de 2012

FILHOS QUE DÃO PRAZER AO SENHOR


FILHOS QUE DÃO PRAZER AO SENHOR
Pr. Jacir Ailton da Silveira – Membro do CFP-Conselho Federal de Pastores - C-1280
Um grande navio está partindo do porto. Adiante deste navio vai um navio pequenino abrindo caminho. Tendo navegado nesse porto muitas vezes, o capitão do navio menor conhece cada perigo do porto e assim é capaz de ajudar o capitão do navio maior a evitar sério contratempo. De modo muito semelhante, os pais estão preparando os filhos para levarem vidas independentes num mundo perigoso.
A Bíblia observa que "o ornato dos jovens é a sua força, e a beleza dos velhos, as suas cãs” (Provérbios 20:29). Cabelos grisalhos, por serem de costume associados com idade avançada, representam freqüentemente sabedoria e experiência. Os pais já aprenderam sobre alguns dos perigos da vida e experimentaram outros, e estão assim capacitados a ajudar seus filhos a evitar muitos erros sérios . . . se os filhos aceitarem ser guiados por seus pais!
FILHOS, OBEDECEI A VOSSOS PAIS!
O apóstolo Paulo afirmou que os filhos têm responsabilidade em obedecer a seus pais. Ele escreveu aos efésios, "Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo" (Efésios 6:1). É interessante que Paulo não escreveu, "Pais, façam com que vossos filhos vos obedeçam."
Naturalmente os pais são responsáveis por ensinar e corrigir seus filhos, mas Paulo dirigiu-se aos filhos e colocou sobre eles a responsabilidade por obedecer a seus pais. É certamente verdade que esses pais têm que instruir seu filhos a seguir a trilha da justiça, mas os filhos não são robôs. Eles também têm uma vontade e podem resolver não aceitar a disciplina de seus pais. Assim, o apóstolo Paulo mandou que os filhos se submetam à vontade de seus pais.
Os filhos têm que obedecer a ambos os pais. Freqüentemente os filhos obedecem ao pai que é mais provável que os castiguem e desatendem as instruções do outro! A palavra que é traduzida "pais" em Efésios 6:1 é uma palavra geral que inclui ambos, mãe e pai. Os primeiros nove capítulos do livro de Provérbios foram escritos como se um pai estivesse escrevendo ao seu filho.
O autor começa seu conselho a seu filho com o seguinte: "Filho meu, ouve o ensino do teu pai e não deixes a instrução de tua mãe. Porque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço" (Provérbios 1:8-9). Observe que o filho precisa seguir a instrução de ambos, pai e mãe.
Aos Colossenses, Paulo escreveu a respeito do alcance desta obediência dos filhos: "Filhos, em tudo obedecei a vossos pais, pois fazê-lo é grato diante do Senhor" (Colossenses 3:20).
Os filhos deverão obedecer a seus pais quer entendam ou não a razão da ordem dos pais, quer concordem e gostem ou não da ordem dos pais. A verdadeira prova de obediência é quando nos é mandado fazer alguma coisa contra nossas inclinações ou vontade.
Observamos que Paulo escreveu aos efésios que os filhos deveriam obedecer a seus pais "no Senhor." A frase "no Senhor" deveria estar ligada com "obedecer" antes que com a palavra "pais." Paulo não estava sugerindo que os filhos deveriam obedecer a seus progenitores somente se seus pais e mães fossem cristãos (“no Senhor") mas, que os filhos devem obedecer a seus pais enquanto tal obediência não conflite com seus deveres para com Cristo. Pedro exprimiu o mesmo princípio quando reprovado pelo Sinédrio judeu por pregar Jesus Cristo; "antes, importa obedecer a Deus do que aos homens" (Atos 5:29). "No Senhor" constitui a única limitação imposta à obediência de um filho.
Paulo escreveu que os filhos obedecerem "é justo" (Efésios 6:1). Aos Colossenses ele escreveu que obedecer assim "é grato diante do Senhor" (3:20). Muitas pessoas, incluindo alguns pais, acreditam que a desobediência é uma coisa natural com os filhos e precisa ser tolerada pelos pais. Contudo, a Bíblia revela que Deus considera ser a desobediência pelos filhos uma coisa séria.
O escritor de Provérbios oferece a seguinte dura advertência a quem desobedecer qualquer dos pais: "os olhos de quem zomba do pai ou de quem despreza a obediência à sua mãe, corvos no ribeiro os arrancarão e pelos pintões da águia serão comidos" (Provérbios 30:17). O ponto do autor é claro: aqueles que desobedecem a seus pais sofrerão! Ainda que ninguém vivendo hoje em dia seja responsável por guardar a Lei de Moisés, suas instruções a respeito da desobediência e desrespeito filiais demonstram bem vivamente a atitude do Senhor.
A penalidade aplicada a um filho desobediente e rebelde era a morte (Deuteronômio 21:18-21 – Se alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedeça à voz de seu pai e à voz de sua mãe, e que, embora o castiguem, não lhes dê ouvidos, seu pai e sua mãe, pegando nele, o levarão aos anciãos da sua cidade, e à porta do seu lugar; e dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é contumaz e rebelde; não dá ouvidos à nossa voz; é comilão e beberrão. Então todos os homens da sua cidade o apedrejarão, até que morra; assim exterminarás o mal do meio de ti; e todo o Israel, ouvindo isso, temerá”)
O filho que amaldiçoasse ou batesse em seu pai ou em sua mãe era morto por apedrejamento (Êxodo 21:15, 17 – Quem ferir a seu pai, ou a sua mãe, certamente será morto. Quem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, certamente será morto”.; Levítico 20:9 – Qualquer que amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, certamente será morto; amaldiçoou a seu pai ou a sua mãe; o seu sangue será sobre ele.”). Quando Paulo relacionou os vários pecados comuns entre os gentios, ele incluiu "desobedientes aos pais" (Romanos 1:30); veja também (2º Timóteo 3:2 – pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios,”).
FILHOS, HONRAI VOSSOS PAIS!
Muitos países têm certas medalhas de honra para conferir àqueles cidadãos ou soldados que tenham desempenhado algum serviço meritório em favor de seu país. Os pais são pessoas que oferecem serviço especial dia após dia, tomando decisões e fazendo sacrifícios no melhor interesse de seus filhos. Muitos pais prefeririam a honra e o respeito de seus filhos a qualquer medalha de honra. As Escrituras, de fato, ordenam aos filhos que honrem seus pais. O apóstolo Paulo escreveu: "Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra" (Efésios 6:2-3).
Qual é a diferença entre obedecer e honrar nossos pais?
O que está envolvido com honrar pai e mãe?
Honrar, como a palavra grega sugere, significa valorizar ou considerar altamente, ter em grande estima. Um filho pode submeter-se à vontade de seus pais sem tê-los em alta consideração. Seu motivo para submissão pode ser egoísta por natureza. As Escrituras revelam-nos que a obediência do filho deverá originar-se da alta estima que ele tem por seus pais. Pais nem sempre agem de tal modo que encorajem o respeito de seus filhos, mas os filhos deverão estimar seus pais altamente ... por causa dos mandamentos de Deus a este respeito.
Certamente honrar pai e mãe incluirá obediência, mas esta responsabilidade acarreta muito mais. Os filhos deverão dirigir-se a seus pais com respeito, sem grosseria, sarcasmo ou ridículo. Os filhos demonstram respeito por seus pais ouvindo o que eles têm a dizer. Os escritor de Provérbios aconselhou: "Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe quando vier a envelhecer" (23:22). Os filhos honram a seus pais ajudando-os naquelas tarefas do lar que têm que ser feitas diariamente.
Jesus ensinou que honrar os pais envolvia apoio financeiro em casos de necessidade. Os fariseus criticaram os discípulos de Jesus porque eles não lavavam as suas mãos antes de comer, como exigia a tradição dos antigos. Jesus respondeu observando que os fariseus, eles próprios, invalidavam os mandamentos de Deus de modo a manter suas próprias tradições (Marcos 7:1-8 – Foram ter com Jesus os fariseus, e alguns dos escribas vindos de Jerusalém, e repararam que alguns dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar. Pois os fariseus, e todos os judeus, guardando a tradição dos anciãos, não comem sem lavar as mãos cuidadosamente; e quando voltam do mercado, se não se purificarem, não comem. E muitas outras coisas há que receberam para observar, como a lavagem de copos, de jarros e de vasos de bronze. Perguntaram-lhe, pois, os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos anciãos, mas comem o pão com as mãos por lavar? Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim; mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Vós deixais o mandamento de Deus, e vos apegais à tradição dos homens.”).
Com exemplo de sua prática, Jesus citou da Lei de Moisés o mandamento para honrar pai e mãe. Ele observou que os fariseus tinham concebido a tradição pela qual invalidavam este mandamento. Os fariseus ensinavam que um homem poderia declarar como "Corbã" parte dos seus bens com os quais deveriam ajudar seus pais. "Corbã" significava que aqueles bens estavam dedicados ao Senhor e, assim, "santificados," não podiam ser usados para sustentar seus pais. A pior parte desta tradição era que o homem que assim declarasse seus bens como "Corbã" poderia ficar com estes bens e usá-los para si! É fácil de ver que o ponto desta tradição era simplesmente evitar a responsabilidade de uma pessoa para com pai e mãe. A reprovação de Jesus ilustra claramente que a responsabilidade por honrar pai e mãe também incluía assistência financeira quando necessitada.
Escrevendo a Timóteo, Paulo também ressaltou a responsabilidade dos filhos em cuidar de seus pais idosos. Falando da igreja ajudar as viúvas, ele instruiu: "Honra as viúvas verdadeiramente viúvas. Mas se alguma viúva tem filhos ou netos, que estes aprendam primeiro a exercer piedade para com a própria casa e a recompensar a seus progenitores, pois isto é aceitável diante de Deus ... ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente" (1 Timóteo 5:3-4, 8).
Nesta passagem, Paulo usou a palavra "honrar" no sentido de auxílio financeiro (veja o versículo 16 – Se alguma mulher crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que esta possa socorrer as que são verdadeiramente viúvas.”). Ao mesmo tempo, ele asseverou claramente o dever dos filhos de ajudar ("honrar") seus pais. Tal auxílio é também uma forma de compensação pelo que os pais fizeram por seus filhos. A importância desta responsabilidade é vista na afirmação de Paulo que o crente que não cuida dos membros de sua própria família negou a fé.
É evidente que as responsabilidade de um jovem para com pai e mãe não termina quando ele sai de casa. Em conclusão, é impossível servir a Deus aceitavelmente enquanto se negligencia os próprios pais! Não se pode honrar a Deus enquanto se recusa a obedecer Seus mandamentos, incluindo o dever de honrar seus pais.
O PLANO DE DEUS É MELHOR
Jesus, nosso grande exemplo, foi submisso a seus pais. Ainda que Ele fosse a Divindade em carne, ele seguia o plano de Deus para a família (Lucas 2:51 – Então, descendo com eles, foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava todas estas coisas em seu coração.”).
Deus estabeleceu seu plano para nossas famílias porque ele deseja nossa felicidade e sabe que tipo de relações são mais satisfatórias e mais recompensadoras para nós. Quando a vontade de Deus é negligenciada, resultam a aflição e a miséria. É verdade geral que os filhos que obedecem e honram seus pais vivem mais, têm vidas mais felizes e, mais importante, estão agradando a Deus!

Amém!!!
Pr. JACIR AILTON DA SILVEIRA – Teólogo
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